Categorias
Arquitetura de Interiores Arquitetura Sustentável Decisão de compra Dicas

De quem é a responsabilidade sobre a obra? O Método Nesta para construir a casa dos seus sonhos

De quem é a responsabilidade sobre a obra? O Método Nesta para construir a casa dos seus sonhos

Quando o assunto é execução de obras, há muitas dúvidas e nebulosidade na forma que os profissionais e as empresas de construção atuam. Mas afinal, de quem é a responsabilidade pela obra?

Montamos aqui o Guia Definitivo para você fazer a sua obra de sucesso [de preferência conosco ;)] e explicamos como e por que criamos nosso método, que é a prova de bala, para fazer sua obra sem sustos.

Vamos começar por alguns conceitos…

Existem apenas duas formas de contratar a execução de uma obra e, para quem não é do mercado de construção, ou seja, 99% dos nossos clientes, no momento de decidir há muitas dúvidas quanto às responsabilidades pela obra. Você provavelmente deve estar se perguntando:

E se minha casa tiver algum problema, a quem eu me reporto?

Calma, já vamos responder! Como isso depende da forma de contratação dos serviços, criamos esse guia para te ajudar! 

Segundo o CAU – Conselho de Arquitetura e Urbanismo, órgão que regulamenta o exercício da profissão dos Arquiteto e Urbanista no país, você pode contratar sua obra de duas formas: por empreitada ou por administração. 

Antes, é muito importante esclarecermos o conceito de execução. Segundo o CAU, é a atividade em que o Profissional, por conta própria ou a serviço de terceiros, realiza trabalho técnico ou científico visando à materialização do que é previsto nos projetos de um serviço ou obra. 

Ou seja, somente se trata de uma execução quando a contratação se dá por uma dessas modalidades. Todas as demais se enquadram na categoria de gestão, o que significa que, seja qual for a empresa ou profissional que vá executar a sua obra, quem ficará responsável por materializar o seu projeto deverá recolher o RRT – Registro de Responsabilidade Técnica pela sua obra através de uma dessas modalidades. 

Este mesmo profissional ou o profissional que responde tecnicamente pela empresa responderá pela execução da sua obra perante o órgão Municipal responsável pela emissão do seu Alvará de Construção, que é o documento que autoriza sua obra a acontecer. Este profissional não precisa ser o autor do projeto. 

Isso também significa que qualquer empresa que você contratar para execução dos serviços deverá ter um responsável técnico, com registro no Conselho de Arquitetura ou Engenharia para responder pela execução da sua obra. 

Conceitos esclarecidos! Agora sim vamos explicar como funcionam as modalidades de execução de obras:  

Execução por empreitada 

É realizada quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço total de material e mão de obra ou preço total de mão de obra. Seu uso se verifica geralmente em contratações de objetos mais comuns, quando os quantitativos de materiais empregados são poucos sujeitos a alterações durante a execução da obra ou da prestação dos serviços e podem ser aferidos mais facilmente. (Fonte: CAU-BR)

 

dica da nesta

Este tipo de contratação normalmente é utilizado pelas construtoras, que entregam a obra pronta conforme materiais descritos em um Memorial Descritivo, sem grandes margens para modificação ou troca de materiais. 
Mesmo que você opte por esta modalidade, sempre contrate o autor do projeto para uma das modalidades de Gestão de Obra para acompanhar se está tudo sendo cumprido de acordo com o contrato, bem como o Memorial Descritivo e as especificações do seu Projeto Arquitetônico. 

Execução por administração 

Consiste no regime de contratação na qual o construtor é remunerado pelo seu trabalho de administração e responsabilidade técnica da obra mediante um percentual dos valores de materiais e mão de obra efetivamente aplicados. (Fonte: CAU-BR)

Nesta modalidade, você tem total domínio dos materiais empregados, uma vez que o papel do administrador da obra é representar você no canteiro de obras. 

A responsabilidade sobre a administração de obra geralmente engloba: 

  • contratação da mão de obra;
  • compra de materiais;
  • gerenciamento de prazos.

Consequentemente, o administrador da sua obra deverá: 

  • recusar serviços feitos em desacordo;
  • conferir todos os materiais que chegam na obra;
  • solicitar pagamentos dos materiais comprados;
  • gerar relatórios mensais de pagamento de serviços.
Abaixo estpa a tabela indicada pelo CAU para pagamento de honorários por serviços de administração de obra. 

 

TABELA DE HONORÁRIOS PARA EXECUÇÃO DE OBRAS POR ADMINISTRAÇÃO Fonte: CAU-BR

dica da nesta

Essa é modalidade que escolhemos para executar obras, pois ela traz transparência aos processos, permite que você só pague o que foi efetivamente executado, e ainda escolha cada um dos materiais que vai ser empregado na sua obra.

Quando você é o comprador, também há o benefício da não bitributação dos materiais, tornando sua obra mais barata. 

Importante: Somente estas duas modalidades de contrato tratam da execução, ou seja, a materialização da obra. Todas as demais não demandam ao profissional autor do projeto responsabilidade sobre a execução. 

Modalidades de Gestão 

Para todas as demais atividades que não sejam de execução, há diferentes níveis de responsabilidade. Abaixo explicamos as principais.

Supervisão

Atividade exercida por profissional ou empresa de Arquitetura e Urbanismo que consiste na verificação da implantação do projeto na obra ou serviço técnico, visando assegurar que sua execução obedeça fielmente às definições e especificações técnicas nele contidas.

Direção ou Condução

Atividade técnica que consiste em determinar, comandar e essencialmente decidir com vistas à consecução de obra ou serviço, definindo uma orientação ou diretriz a ser seguida durante a sua execução por terceiros.

Gerenciamento

Atividade que consiste no controle dos aspectos técnicos e econômicos do desenvolvimento de uma obra ou serviço técnico, envolvendo a administração dos contratos e incluindo um rigoroso controle do cronograma físico-financeiro estabelecido.

Acompanhamento de obra ou serviço técnico

Atividade exercida por profissional ou empresa de arquitetura e urbanismo para verificação da implantação do projeto na obra, visando assegurar que sua execução obedeça fielmente às definições e especificações técnicas nele contidas.

Fiscalização

Atividade que envolve a inspeção e o controle técnicos sistemáticos de obra ou serviço, com a finalidade de examinar ou verificar se sua execução obedece ao projeto e às especificações e prazos estabelecidos. Consiste no serviço de acompanhamento técnico, certificação ou reprovação, indicação das retificações pertinentes e autorização de pagamentos a cada etapa da obra.

Nunca é demais lembrar que se você contratar qualquer forma de gestão de obra, o papel do administrador provavelmente será seu, e isso implica em estar presente a todas as decisões, controlar pagamentos, aprovar serviços, conferir materiais, entre outras atividades. 

O método NESTA 

Aqui na Nesta, trabalhamos com duas formas de contratação dos serviços: 

  • Acompanhamento de Obra ou Serviço Técnico
  • Execução de obra por Administração

Nosso “pulo do gato” consiste em nossa metodologia de trabalho, na qual realizamos algumas etapas pouco convencionais de planejamento em todas as obras que nos envolvemos, sejam projetos autorais ou de terceiros, colocando em fluxo as informações de todas as demandas a serem definidas e o estudo de viabilidade financeira da obra. 

A metodologia Nesta foi elaborada com base em dois conceitos principais:

  1. O fluxo correto de informações para planejar projetos e obras, baseado na metodologia BIM – Definição > Desenho > Entrega 
  2. O custo da obra sendo o principal meio de tornar viável a execução do objeto

Explicando melhor, não é possível decidir quem fará o serviço sem ter certeza do que será feito, certo? 

Parece óbvio, mas não é. Quando um cliente nos procura para fazer uma obra em light steel frame, por exemplo, mas já tem um projeto pronto para orçarmos no sistema, muitas vezes antes disso precisamos definir (ou redefinir) todos os materiais para podermos orçar de forma correta esta obra. 

Um exemplo que pode te ajudar a entender estas diferenças são as fundações em concreto: se você tem um projeto para alvenaria, possivelmente o seu projeto estrutural de fundações está projetado para 4 vezes mais cargas do que se a obra for em light steel frame. Possivelmente terá que ser recalculado para que possa ser orçado. 

Por isso não importa em que estágio o seu projeto esteja, ao colocarmos o seu projeto em rota, sempre é possível ainda tomar as melhores decisões.

Dizemos que nossa metodologia é blindada pois fazemos assim: 

DEFINIÇÃO

Assessoramos você na escolha de tudo o que estiver ainda em aberto: sistema construtivo, climatização, materiais, revestimentos, projetos complementares… Sempre te orientando para o sucesso, com base no SEU BRIEFING, ou seja, você é quem decide o rumo da sua obra. Estas decisões geram o EVF – Estudo de Viabilidade Financeira, que permite que você ajuste a rota para seguir em frente.

DESENHO

Nesta fase realizamos o projeto executivo e as compatibilizações de todos os sistemas, detalhamos tudo o que foi decidido e geramos os projetos necessários para o canteiro. 
Geralmente são gerados aqui 4 cadernos técnicos:
1 – Arquitetura
2 – Interiores
3 – Instalações
4 – Estruturas 

Mas isso poder variar conforme a complexidade de cada obra. 

ENTREGA

Os produtos gerados na fase de desenho são entregues e explicados às equipes selecionadas e, caso você escolha a Nesta para administrar a sua obra, nesta etapa geramos os principais documentos do Planejamento da Obra:

1- Cronograma físico-financeiro
2- Orçamento executivo 

O orçamento executivo é a versão atualizada e revisada do EVF, com os prestadores e produtos já definidos em caráter final de execução. 

Isso permite levantarmos dentro do SEU ORÇAMENTO qual a melhor forma de contratação, quais os prestadores de serviços ideais para sua obra, e também te empoderar sobre o valor a investir para ter a obra pronta, sem sustos

Assim, não há surpresas, mas sim decisões baseadas em fatos e números, o que resulta em um planejamento real, à prova dos “achismos”, estimativas e chutes que tanto ouvimos em nosso dia a dia. 

Em breve falaremos mais da metodologia Nesta aqui no blog, fique com a gente e deixe a sua dúvida, pergunta ou sugestão de conteúdo que podemos fazer novos textos para ajudar você 😉 

 

 

Simone Fraga é Arquiteta e Urbanista, Especialista em Construções Sustentáveis e pós graduanda em Coordenação e Gestão de Projetos em BIM, atua na área de projetos desde 2008.

Gostou deste post?

Compartilhe no Facebook
Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Linkedin
Compartilhe no Pinterest

Deixe um comentário

Categorias
Arquitetura Sustentável Construção Seca Steel Frame

Qual a melhor pedra para sua pia de cozinha?

Qual a melhor pedra para sua pia de cozinha?

 


Você sempre sonhou em ter uma bancada de cozinha branca, que não mancha e é durável?

Sim, ela existe! Neste texto vamos falar um pouco sobre os tipos de pedra que podem ser utilizados na pia de cozinha, quais as características de cada uma e, como não poderia deixar de ser, se elas são sustentáveis.

Existem muitas opções de materiais e dentro de cada um, uma variedade enorme de cores padrões e texturas. Se formos considerar somente a questão estética, fica difícil escolher, porém, com alguns condicionantes técnicos e de sustentabilidade, essa tarefa se torna um pouco mais fácil.

Pode parecer uma escolha simples, mas definir que tipo de pedra vamos usar na pia da cozinha, do banheiro ou da área gourmet é uma tarefa que requer um conhecimento técnico mais aprofundado. Pelo fato das pedras, tanto naturais como artificiais, normalmente terem uma vida útil longa, é importante analisar alguns critérios como resistência, manutenção e sustentabilidade para não termos que trocar em pouco tempo.

Opções do mercado

As opções mais conhecidas são o granito, o mármore e o quartzo. Porém o mercado tem apresentado algumas alternativas importantes de serem consideradas como o porcelanato, o quartzito e o neolith por exemplo.

Vamos falar um pouco de cada um:

Granito

Mais facilmente encontradas na natureza e com boa resistência – são os mais utilizados. Apresentam diversas opções de cores, o granito é uma rocha formada de um ou mais minerais, onde seu nome originalmente “granum”, em latim, significa grãos, descrevendo perfeitamente sua aparência.

Mármore

É uma pedra naturalmente mais porosa e, por isso, menos resistente, não sendo muito indicada para bancadas de cozinha – principalmente nas cores claras. O mármore é muito utilizado na arquitetura por sua beleza e por apresentar uma grande variedade de cores e texturas. Possui alta durabilidade e resistência à ruptura. Porém, requer certos cuidados quanto à sua limpeza e manutenção.

Quartzo 

O quartzo é o segundo mineral mais abundante da Terra e para chegar na sua casa em formato de bancada ele passa por um processo industrial, cuja composição representa 90% ou mais deste mineral em sua totalidade, misturado à resina e a outros pigmentos. É um produto que não apresenta porosidade, comum nas rochas naturais e por isso é de fácil limpeza e durabilidade.

Porcelanato

Pode ser utilizado em cozinha, banheiros, churrasqueira e combina com vários estilos, pois toda variedade de cores e texturas disponíveis para os pisos e revestimentos pode ser aplicada nas bancadas. Porém, os de massa única são mais recomendados para as bancadas, pois apresentam a mesma cor nas laterais e na superfície. Possui boa resistência a impacto, porém deve ser bem estruturada por sua espessura menor que as demais pedras.

Quartzito

É uma pedra natural assim como mármore e granito, que conta com uma infinidade de cores. Ele é tão bonito quanto o mármore, porém mais resistente que o granito. Tolera grandes mudanças de temperatura sem sofrer alteração da estrutura ou transmitir calor, o que permite seu uso em áreas de piscina. É uma pedra muito dura e difícil de ser extraída da natureza, mas com o avanço da tecnologia tem ficado mais acessível, inclusive no preço.

Neolith

Pode ser usado em bancadas, revestimentos e até em fachadas. É produzido com matérias primas 100% naturais como quartzo, feldspato, silício, mica e óxidos minerais que são misturados e prensados. Possui altíssima resistência aos desgaste e à manchas e nenhuma porosidade. Suporta tanto as altas quanto as baixas temperaturas e aos produtos de limpeza. Por não ter resinas na sua composição, não emana substâncias nocivas ao ambiente.

Uma dica importante para as pedras naturais como o granito e o mármore: elas vem com uma proteção de fábrica que as deixam mais impermeáveis, mas com o tempo ela se desgasta e requer nova aplicação. A manutenção deve ser feita com hidrofugante que pode ser aplicado por você mesmo, com um rolinho. Você deve passar a primeira demão em um sentido e a segunda no outro. Para as pedras mais porosas podem ser aplicadas 3 demãos. Em pias de cozinha deve-se repetir a aplicação a cada 6 meses.

Sustentabilidade

Por último, mas não menos importante, vamos falar um pouco da sustentabilidade destes materiais. Infelizmente, para os sustentáveis de carteirinha, nenhum deles atende totalmente os requisitos de eco friendly. Tanto as pedras 100% naturais quanto as industrializadas causam impactos ao meio ambiente, seja na extração ou no seu beneficiamento.

Contudo, um estudo da Universidade de Stuttgart revelou que o granito, pedra natural é extremamente sustentável quando comparado com os outros revestimentos de pavimentos.

Na categoria de impacto do Potencial de Aquecimento Global (GWP), a produção e instalação de lajes de pedra natural mostra claramente um equivalente de CO2 menor do que quando comparado aos outros tipos de revestimento.

 

Nos Estados Unidos existe a Norma Nacional Americana, ANSI / NSC 373 – Produção Sustentável de Rochas Ornamentais Naturais, que foi desenvolvida como parte dos esforços contínuos de várias partes interessadas para documentar e melhorar o perfil de sustentabilidade da produção de rochas ornamentais naturais. As partes interessadas envolvidas no desenvolvimento do Padrão incluem produtores de pedras, fabricantes, usuários finais, como arquitetos, agências estaduais responsáveis por práticas de aquisição de produtos ambientalmente preferíveis, acadêmicos e outras partes interessadas.

O Padrão de Sustentabilidade de Pedra Natural (ANSI / NSC 373) examina e verifica várias áreas de produção de pedra natural; melhorando efetivamente a linha de base para o desempenho ambiental da pedra natural. Além disso:

  • Reconhece e impulsiona as práticas de sustentabilidade na indústria de rochas ornamentais naturais.
  • Estabelece um conjunto de métricas ambientais, ecológicas, de responsabilidade social e de saúde humana bem definidas por meio de uma abordagem baseada na ciência de múltiplas partes interessadas, reconhecida pelo movimento de construção verde como um indicador de liderança em desempenho de sustentabilidade.
  • Fornece uma oportunidade importante para educar os principais membros das profissões de design e construção, usuários finais, governo e grupos de defesa do meio ambiente sobre a produção de produtos de rochas ornamentais naturais.

O que torna a pedra natural sustentável, segundo o Natural Stone Council é:

  • Água: uso mínimo de água doce no processamento e garantia de boa qualidade da água sendo liberada de volta para o meio ambiente
  • Energia: operações de eficiência energética com impactos de baixo carbono
  • Custódia e Transporte: eficiência do transporte e manuseio de pedra
  • Cadeia de Custódia: uma cadeia ininterrupta de organizações certificadas desde a pedreira até o usuário final
  • Produtos Químicos e Materiais: gestão segura de produtos químicos dentro das operações e prevenção de produtos químicos da lista vermelha
  • Excesso de Materiais: baixas quantidades de excesso de material processado e resíduos sólidos que vão para aterros sanitários
  • Inovação: promovendo a melhoria contínua e a transformação da indústria
  • Gerenciamento do local: planos de medição específicos do local para garantir uma gestão responsável dos impactos ambientais
  • Recuperação de terras: recuperação responsável e sustentável de locais de pedreira, uma vez que as operações tenham cessado
  • Saúde e Segurança Humana: planos para garantir que os trabalhadores tenham um ambiente de trabalho seguro e saudável
  • Governança corporativa: responsabilidade social por meio de regulamentos do local de trabalho e programas para funcionários / comunidade

A boa notícia é que existem no mercado práticas e materiais sustentáveis para suas bancadas da cozinha, banheiros ou afins. A ruim é que eles ainda não são comuns no mercado brasileiro. No entanto, achamos importante mencioná-los mesmo assim, pois informação nunca é demais! Então confira abaixo 5 produtos especiais, lindos e sustentáveis:

Durapalm

Material feito na totalidade de coqueiros não produtivos, possui resistência superior a da madeira carvalho.

Durapalm (Fonte: Greentopia)

EcoTop

Material feito de fibras de bambu e de madeira, papel reciclado e resina a base d’água. Apesar de ser composto por papel reciclado, possui diversas cores claras e tons escuros mais estáveis, que não desbotam com facilidade. Devido a resina transparente, possui uma boa durabilidade, pouca porosidade, e é resistente a manchas e riscos.

Ecotop. (Fonte: Remodelista)

Fuez

Feito com vidro reciclado, pedras, conchas e cinzas volantes, o material apresenta maior durabilidade que o mármore. Além de utilizar cerca de 70% de materiais reciclados, sua cadeia de produção também adota posturas sustentáveis, com sua indústria alimentada na totalidade por energia eólica. São diversas opções de granulometria e cores, dependendo das características dos componentes.

Fuez (Fonte: Greentopia)

IceStone

Composto de 70% de vidro reciclado, cimento Portland e pigmentos não-tóxicos, sem COV’s. Possui uma grande gama de cores, desde as mais neutras até as mais ousadas. A principal característica desta bancada é sua resistência a manchas e ao calor.

Icestone (Fonte: Elemental Green)

 

Squak Mountain Stone

É um material de fibro-cimento, composto por papel e vidro reciclados e cimento de baixo carbono, que foi criado para substituir bancadas de pedras naturais. Os tampos são moldados in loco e ficam com um aspecto de pedra sabão ou calcário. Sua resistência se assemelha a do mármore, por isso, deve-se tomar cuidados extras contra riscos. Caso ocorram de forma leve, o material pode ser polido e recuperado. Há 6 opções de cores diferentes, entre tons de cinza, bege, marrom e verde.

Squak Mountain Stone (Fonte: Sunset)

Pensou que o texto era só sobre pias de cozinha? Ufa!

Ter uma bancada bonita e de qualidade não é uma tarefa tão simples, mas acreditamos que, com as informações certas, pode ficar um pouco mais fácil. Esperamos que tenha funcionado pra você! 🙂

 

Deise De Conto é Arquiteta e Urbanista, Especialista em Reabilitação Ambiental Sustentável, atua na área de projetos desde 2000.

 

Fontes de pesquisa: Gra2003 | Greentopia | Natural Stone Council | Neolith | Alicante | Apartament Therapy | Alicante

 

Gostou deste post?

Compartilhe no Facebook
Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Linkedin
Compartilhe no Pinterest

Deixe um comentário

Categorias
Arquitetura Sustentável Construção Seca Steel Frame

8 Respostas para as principais perguntas sobre light steel frame

8 Respostas para as principais perguntas sobre light steel frame

Se você ainda está em dúvidas se este sistema é para sua casa, aqui vão algumas respostas que podem te ajudar. 

Na hora de construir podem surgir dúvidas que nos fazem pensar duas vezes antes de fazer algo novo e, se este é o seu caso, esse post é para você.

Para quem ainda tem dúvidas sobre o sistema light steel frame, vamos responder às 8 perguntas mais frequentes que nos fazem sobre o sistema.

Categorias
Arquitetura de Interiores Arquitetura Sustentável Dicas Meio Ambiente Se liga na sustentabilidade Steel Frame Sustentabilidade

Feng Shui e Sustentabilidade

Feng Shui e Sustentabilidade

Desde que começamos a trabalhar com arquitetura, estamos sempre em busca de algo mais: casas mais confortáveis, construções mais inteligentes, materiais mais sustentáveis e por aí vai… Iniciamos em 2010 com a construção seca e desde então não paramos mais. Nesta busca, iniciamos em 2012 os estudos de um conhecimento milenar sobre o meio ambiente e sua influência ao homem, o Feng Shui

Inicialmente, confesso, estava em busca de algo a mais para minha vida pessoal, o que de fato encontrei. Porém, compreendi depois, que no pessoal também estava a arquitetura, afinal, ela faz parte da minha vida.

O Feng Shui é uma arte, um conhecimento profundo e encantador sobre vida, natureza, homem e arquitetura. 

Hoje, em nosso trabalho, projetos, relacionamento com os clientes, escolha de parceiros e em nossas obras, aplicamos todo conhecimento que adquirimos durante a vida, mas dois conceitos são muito fortes em nossa assinatura e atendem ao nosso propósito através da arquitetura: sustentabilidade e Feng Shui. A relação entre esses dois conhecimentos é íntima e muito alinhada. 

Agir em fluxo consciente no nosso espaço está intimamente conectado com a sustentabilidade do nosso planeta. Acreditamos que tudo que é natural tem uma assinatura energética, constante e forte. Portanto, quanto mais natural for a nossa casa, mais saudável ela será

Fatores que influenciam

Se permitirmos que a nossa casa respire com materiais e produtos mais naturais, também nos beneficiaremos de uma maior clareza e leveza todos os dias.

Cuidar das escolhas que fazemos sobre o que vai “morar” com a gente, passa a ser algo além do “comprar”. Isso vale desde o material de construção, do mobiliário, e até que produtos de higiene e limpeza usamos, que tipo de comida comemos ou como tratamos o nosso lixo.

Existem estudos em várias áreas que demonstram que os cheiros, texturas, cores e principalmente o que não vemos, influenciam nosso humor, nossa saúde, nosso sono. 

De forma mais científica podemos citar os COVs (Compostos Orgânicos Voláteis), os metais pesados, os fungos e as bactérias presentes no ar. Uma pesquisa da Agência de proteção ambiental americana (EPA) mostrou que o ar interno pode ser 100 vezes mais tóxico do que o ar externo.

Na linha mais holística (conheça o significado desta palavra), temos a influência do “Qi” – energia intrínseca a tudo que existe que é utilizada nas aplicações do Feng Shui – as radiações, o magnetismo, a radiestesia e a geobiologia, dentre outros.

Tudo isso considera que as coisas que convivemos e que estão à nossa volta, nos afetam de alguma forma

Vale lembrar…

Gastar abundantemente os recursos disponíveis não é sinal de prosperidade mas sinal de não saber gerir a energia disponível, interna (emoções) e externa (corpo). Apagar as luzes quando não são necessárias, ter filtros nas torneiras para que gastem menos água e ventilar os espaços naturalmente são apenas algumas ideias para uma melhor gestão dos recursos disponíveis.

Por isso, Feng Shui e sustentabilidade estão diretamente relacionados. Seja na escolha dos materiais, nos estudos de iluminação e mobiliário, ou na posição correta da cama, tudo influencia de forma positiva ou não, nas pessoas.

Casas não devem ser projetadas para vender, elas devem ser para o usuário. E se isso for feito com uma visão abrangente, holística (sem misticismos) e sustentável, teremos cada vez mais qualidade de vida, bem estar e construções saudáveis. 

Em um próximo texto iremos falar de como aplicamos esses conceitos em nossos projetos. Nos acompanhe! 

Deise De Conto é Arquiteta e Urbanista, Especialista em Reabilitação Ambiental Sustentável, atua na área de projetos desde 2000.

Gostou deste post?

Compartilhe no Facebook
Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Linkedin
Compartilhe no Pinterest

Deixe um comentário

Categorias
Uncategorized

Planta baixa x Projeto executivo: derrubando algumas crenças da arquitetura que podem acabar com o seu orçamento

Planta baixa x Projeto executivo: derrubando algumas crenças da arquitetura que podem acabar com o seu orçamento

Se você já construiu algo na vida, participou da construção de um familiar ou amigo, ou está pensando em construir, este texto é para você.

O conceito básico de planta baixa é uma representação da vista superior plana do seu imóvel como se tivesse sido cortado a um metro e meio de altura, a partir da base do pavimento, em escala e com informações como espessuras de paredes, portas, janelas, layout do mobiliário, entre outros. Mas esse não é o assunto deste texto.  

Para começar essa conversa tão importante sobre projeto, sim, projeto de arquitetura sério, completo e necessário a toda obra realizada com competência e sucesso, vamos entender um pouquinho do passado, de como chegamos até aqui: 2021. 

Nos formamos em 2006, com nossos sonhos de mudar o mundo, de fazer arquitetura sustentável e de qualidade, achando que sabíamos muito sobre arquitetura e obras, afinal estudamos longos 8 anos de um curso que deveria durar 5, mas que por razões da vida somente alguns conseguem se formar em tão pouco tempo. 

Nos primeiros anos de profissão, o que encontramos foi um mercado ainda pouco preparado para sustentabilidade, mas que sempre se achou cheio de verdades sobre construção.

 

A realidade bateu logo em nossa porta: clientes que queriam apenas uma assinatura no projeto, obras onde o pedreiro mandava, qualidade duvidosa dos materiais, demanda por apenas um projeto básico. Alguns clientes ainda traziam a planta baixa desenhada numa folha de caderno, não nos dando qualquer espaço para criar ou aplicar todos aqueles anos de estudos, conceitos ou soluções. 

Nunca deixamos de interferir e melhorar o processo, mesmo remando contra a corrente. E é verdade que algumas coisas já mudaram. Mas ainda não o suficiente. E neste post vamos te contar a verdade

A planta baixa não é algo que seja simples de fazer, é resultado de uma série de estudos prévios de condicionantes, custos, materiais, soluções e muitas outras variáveis introduzidas pelo usuário [sim, você!] para personalização de um projeto de construção, e não, o pedreiro não consegue fazer sozinho. E ela é apenas um dos elementos necessários para realizar um projeto. 

Este texto se propõe a derrubar o mito que todo mundo [ainda] acredita: que outros tantos profissionais ou pessoas sabem mais que o arquiteto quando se trata de projeto e que uma planta baixa resolve tudo.

Vamos lá? 

Mais que apenas uma planta baixa: por que defendemos o projeto executivo 

Todo projeto é resultado de processos, da evolução em etapas. Durante essas etapas, as demandas, necessidades e também as resoluções técnicas para que o produto (a construção) funcione como uma máquina [que aquece, resfria, ventila, pressuriza a água, liga equipamentos, entre tantas outras funções] e gere baixa manutenção precisam ser harmonizadas com a tão sonhada forma, o visual, o jardim, a iluminação e os materiais. 

Mas de fato as etapas iniciais precisam ser simples. 

E não só porque o processo está no início, mas também porque é a linguagem do cliente que deve ser utilizada. Visual, simples, acessível. Cada fase é desenhada para alguém específico.

Por isso, separamos nossos projetos em 3 fases: 

  • Definição: participam arquiteto e cliente e tudo é definido em linguagem visual, para o cliente. É onde são tomadas as grandes decisões: qual área será construída, qual o sistema construtivo, como será climatizado, que forma deverá ter, como serão os ambientes internos, as cores, os materiais. Já nessa fase, tudo que será proposto em projeto precisa ter seus espaços pensados para acomodar equipamentos, em normas que devem ser seguidas e em todos os fatores que se relacionam com o desempenho da futura construção. 
  • Desenho: arquiteto, engenheiros, designer de interiores, esta é a etapa onde são desenvolvidos todos os sistemas que conversam com a arquitetura, hidráulico, elétrico, equipamentos, piscinas, aquecimento, ar condicionado, além do paisagismo e dos projetos de interior. Por isso tudo precisa estar decidido. Nessa etapa a linguagem é técnica, em nível bem avançado, pois muitas dessas disciplinas ficarão dentro de paredes e lajes, e precisam intercomunicarem-se com as redes externas, de esgoto, água e luz, por exemplo, ligando-se às concessionárias. 
  • Entrega: é onde geramos os produtos detalhados da fase de desenho, em nível executivo, ou seja, com todas as informações necessárias e na linguagem correta para que possam ser utilizados pelas equipes de mão de obra tornarem tudo real. 

O projeto executivo representa a união da criatividade e da funcionalidade com o orçamento e o cronograma de execução. Ou seja, ele garante que fique bonito e que funcione, pois somente neste nível mais detalhado de informação é possível fazer isso de forma planejada, e com o mínimo desperdício de tempo e dinheiro. 

Tudo o que não estiver desenhado de forma executiva, com todos os detalhes pensados, será resolvido na obra, com um custo maior e o risco de não dar certo, pois nem sempre é possível compatibilizar esses dois mundos depois que a obra já está andando. Ou melhor, quase nunca. 

Aí a sua obra vira o festival das concessões. Já cansamos de ouvir: – “Ah que pena, já que não dá mais, faz desse jeito mesmo então, tudo bem, obra é assim mesmo.” Será? 

O que é BIM e porque utilizamos em nossos projetos? 

BIM é um termo que vem do inglês Building Information Modeling ou Modelagem da Informação da Construção. É uma evolução da era CAD – Computer Aided Design ou Design assistido por Computador. 

No entanto, embora alguns de vocês já tenham ouvido profissionais utilizando esse argumento para vender seus projetos, algo como: entregamos em BIM ou fazemos nossos projetos em tecnologia BIM, a grande maioria apenas utiliza sofwares com essa inteligência para desenhar. 

BIM é um modo de ver o projeto e suas equipes de forma mais colaborativa. BIM é a gestão colaborativa do projeto. Pois somente será possível modelar as informações da construção de verdade, algo como um ensaio da obra antes de sua construção, se as equipes de projetos colaborarem. Ou seja, BIM é a gestão das informações da construção traduzidas de forma executiva em um projeto, antes de sua construção. 

Isso permite avaliar cenários reais, evitar desperdícios, reduzir o custo e obter uma construção melhor em todo o seu ciclo de vida, desde o projeto até o final de sua vida útil. 

O BIM de verdade só acontece quando o seu arquiteto colabora com todas as equipes de projeto e de execução para discutir o que acontecerá na sua obra e quais as melhores formas de projetar e executar o seu projeto durante as fases de concepção. O BIM também facilita a entrega do projeto executivo pois permite simular como serão executados os serviços da obra, por isso é importante que o profissional entenda, na prática, como a obra é feita. 

Por isso, optamos desde o início de nossa atuação profissional por estar presentes e envolvidas com nossas obras. 

 

É importante você saber que o clichê é verdadeiro: papel e tela de computador aceitam tudo. 

Por que investir em um profissional que te fala a verdade custa mais caro? 

Desde que decidimos nos posicionar, escolhemos o caminho da verdade.

Você deve estar se perguntando: mas meninas, esse post não é sobre planta baixa e projetos? É sim, já te explicaremos.

[QUASE] Sempre que um cliente nos procura para fazer um orçamento a pergunta sobre quanto custa um projeto vem antes mesmo do cliente nos informar que tipo, tamanho ou qualidade de construção ele está procurando. 

Esse é o seu erro mais básico como cliente: nem sempre você sabe o que quer. E cai na armadilha de comprar um projeto ou contratar um profissional por preço. 

O profissional sério, antes de te passar um orçamento, vai te fazer as perguntas difíceis

Elas envolvem a etapa que é a mais gostosa da construção do seu sonho, mas também a que mais dói, por assim dizer. Pois é aquela que vai definir o tamanho do sonho, o que ele precisa ter, quanto custa, e o que é preciso abrir mão para torná-lo realidade.

E isso dá trabalho.

A resposta fácil todo mundo tem, é R$ %)&g#@# por metro quadrado. 

E é a resposta errada na maioria das vezes, pois não considera todas as perguntas.

Então, para chegar à resposta certa, criamos um sistema. Este sistema permite definir o cenário ideal junto com você, munido de muitas informações. E por isso nossa fase de definição envolve um projeto bem completo e avançado, e não apenas uma planta baixa. 

De posse desse cenário, fazemos um estudo de viabilidade financeira completo, onde orçamos produtos e fornecedores reais de tudo que é possível nesta fase, e te empoderamos nas decisões que vêm a seguir, em tempo de ajustar o que for preciso para viabilizar a obra. 

E isso custa mais. 

No entanto, te entrega o valor real, aquele que não deixa faltar recursos nas fases mais avançadas da obra. E economiza muito dinheiro, pois as decisões são totalmente conscientes, feitas no papel, e viabilizam trocas de materiais e cenários que podem representar economias muito maiores, numa fase que nada ainda foi comprado. 

Se você chegou até aqui, parabéns! Você é uma pessoa muito acima da média e busca informações de qualidade antes de construir. 

Nosso conteúdo se propõe a uma reflexão mais profunda da vida em espaços construídos e do mercado da Arquitetura e da Construção. Quando fazemos uma obra, mesmo que apenas a nossa casa, estamos mudando o ambiente ao nosso redor, nosso bairro, nossa cidade e deixando um legado e um patrimônio para as gerações que vêm depois.

Nenhum projeto se resume a uma planta baixa. Por isso, nos preocupamos com o legado de nossas construções. Com os materiais, o desperdício de recursos, o conforto de quem habitará esses espaços. 

Antes de contratar um profissional ou um projeto, entenda um pouco melhor o que você está comprando, assim você estará fazendo um bem maior, para si mesmo e para a sociedade.

 

Simone Fraga é Arquiteta e Urbanista, Especialista em Construções Sustentáveis e pós graduanda em Coordenação e Gestão de Projetos em BIM, atua na área de projetos desde 2008.

Gostou deste post?

Compartilhe no Facebook
Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Linkedin
Compartilhe no Pinterest

Deixe um comentário

Categorias
Arquitetura Sustentável Construção Seca Steel Frame

Revestimentos, o que considerar antes de comprar

Revestimentos, o que considerar antes de comprar

Digamos que você está construindo ou reformando sua casa e precisa escolher o melhor revestimento para os ambientes, você saberia por onde começar? Indo até a loja, é claro! 

Na verdade não é bem assim. Existem diversos critérios que devemos levar em consideração antes de escolher os revestimentos mais adequados para cada uso como estética, limpeza, manutenção, qualidade e preço.

Mas fica tranquilo que neste texto vamos te explicar direitinho e deixar você pronto para ir correndo escolher o seu.

 

Escolhendo por ambiente

Normalmente quando entramos na loja, vamos logo olhando os mais bonitos e que nos agradam mais na questão estética. Sim, ela é muito importante, mas não deve ser o único critério de escolha. Antes disso, devemos definir o tipo de piso adequado ao uso de cada ambiente, por exemplo:

Na garagem precisamos de maior resistência, um piso mais áspero e, de preferência, mais escuro.

Imagem: https://www.decorfacil.com

Na cozinha a manutenção deve ser facilitada usando cores mais claras e superfície lisa, principalmente na parede. Também são mais adequados revestimentos lisos, com junta seca (o rejunte bem fininho) para  facilitar a limpeza.

Imagem: Shutterstock

Já para nos banheiros e lavabos, podemos ousar com cores mais escuras, principalmente no piso, para não aparecer qualquer fio de cabelo que cair e não ficarmos reféns da faxina. Nas paredes, cores claras ajudam a ampliar o ambiente e pedras grandes facilitam a manutenção dentro do box, por terem menos rejunte. Quanto à resistência, não tem necessidade de ser muito alta.

 

Imagem: Portinari

Para escolher cores e estilo, cabe buscar referências em outros projetos ou em fornecedores para não pirar! O mercado nos oferece opções de pisos foscos, esmaltados, lisos, com ranhuras, 3D ou que imitam madeira e pedras. Acredite, a variedade é imensa e até a gente que é profissional, tem dificuldade de escolher.

 

Critérios e certificações

Outra questão fundamental é a resistência do piso. Você já ouviu falar de PEI? Eu explico: os revestimentos cerâmicos são classificados segundo um teste de resistência que indica os ambientes mais adequados para sua aplicação. Essa classificação é conhecida como Índice PEI, e todas as cerâmicas de qualidade devem ter a PEI gravada na embalagem indicando o local de uso.

  • PEI 1: Produto recomendado para ambientes residenciais onde se caminha geralmente com chinelos ou pés descalços. Exemplo: banheiros e dormitórios residenciais sem portas para o exterior.

  • PEI 2: Produto recomendado para ambientes residenciais onde se caminha geralmente com sapatos. Exemplo: todas as dependências residenciais, com exceção das cozinhas e entradas.

  • PEI 3: Produto recomendado para ambientes residenciais onde se caminha geralmente com alguma quantidade de sujeira abrasiva que não seja areia e outros materiais de dureza maior que areia (todas as dependências residenciais).

  • PEI 4: Produto recomendado para ambientes residenciais (todas as dependências) e pequenas áreas comerciais com médio tráfego.

  • PEI 5 (mais resistente): Produto recomendado para ambientes residenciais e comerciais com tráfego muito elevado. Exemplo: restaurantes, churrascarias, lanchonetes, lojas, bancos, entradas, corredores, exposições abertas ao público, consultório, outras dependências.

Outro critério de classificação, agora com relação à qualidade do produto, está definido na norma brasileira NBR 13.818/97 – Placas Cerâmicas para Revestimentos:

  • Tipo A – Extra: quando 95% (ou mais) das peças não apresentarem defeitos visíveis na distância de até 1m;

  • Tipo C – Comercial: os defeitos são visíveis de 1m a 3m de distância – não possui garantia técnica;

  • Tipo D – Refugo: os defeitos são visíveis acima de 3m de distância – não possui garantia técnica;

Já falamos de estética, padrões, resistência, qualidade, mas e o preço? Quando ele deve ser um fator chave de decisão?

Felizmente, por termos grande variedade de marcas e estilos, temos também muita variação de valores, sem comprometer significativamente a qualidade. O custo de um piso de cor neutra, liso, com PEI abaixo de 2 pode variar, por exemplo, de R$ 50,00 até R$ 200,00 por metro quadrado. Neste caso, depois de levar em conta todos os critérios técnicos, o que vai pesar na balança é a beleza e o preço. Aqui, ninguém melhor do que você para decidir. 

Existe um critério de escolha que consideramos muito importante, mas que nem sempre é levado em conta: a escolha do fabricante e da procedência do produto que você está comprando pode representar um grande impacto no meio ambiente, sabia?

O processo de produção de um revestimento cerâmico envolve alto consumo de água e geração de resíduos que, se não devidamente gerenciados, podem deixar um triste legado para as futuras gerações. 

No caso de profissionais preocupados com sua responsabilidade ambiental, este é um fator chave para a escolha de fornecedores, que complementam as questões estéticas e funcionais. 

Felizmente, as grandes empresas do ramo estão cada vez mais implementando boas práticas de sustentabilidade e atendendo às leis ambientais, além de desenvolverem produtos que pontuam para certificações internacionais como a LEED.

“LEED® (Leadership in Energy and Environmental Design) é um sistema internacional de certificação e orientação ambiental para edificações, utilizado em 143 países, e possui o intuito de incentivar a transformação dos projetos, obra e operação das edificações, sempre com foco na sustentabilidade de suas atuações.” GBC Brasil.org

A certificação define, entre outros, critérios para escolha de produtos e materiais que atendam aos pré-requisitos para receber a certificação. A medida que o empreendimento adquire tal ação que atenda ao pré-requisito estabelecido para aquele produto, recebe uma pontuação. Essa pontuação varia de acordo com a quantidade de pré-requisitos atendidos e classifica o empreendimento em 4 níveis:  Certified (40 à 49 pontos) Silver (50 à 59 pontos), Gold (60 à 79 pontos),  Platinum (80+ pontos).

 

Imagem: GBC Brasil

Empresas como a Incepa, Portinari, Santa Luzia, por exemplo, possuem produtos que pontuam para a certificação nos quesitos IEQ – QUALIDADE DO AMBIENTE INTERNO – Indoor Environmental Quality e IEQc4.1 – Materiais de Baixa Emissão – Pisos – Low Emitting Material – Flooring. 

No caso do IEQc4.1, pelo menos 90% de todo piso instalado, por custo ou por superfície de área, está dentro das emissões de VOC permitidas ou o produto é uma fonte inerentemente não emissora de COVs (Compostos Orgânicos Voláteis), ou atenda o critério de produtos recuperados e reusados.

Compostos Orgânicos Voláteis (VOC em Inglês) são emitidos em forma de gases a partir de certos sólidos ou líquidos. Os VOCs incluem uma variedade de químicos, que promovem problemas de saúde de curto e/ou longo prazo. As concentrações de muitos VOCs são consideravelmente maiores em ambientes internos (dez vezes maiores) do que em ambientes externos.

Escolher um revestimento poderia ser uma tarefa mais simples, mas como todas as decisões que tomamos ao construir ou reformar, esta também tem impacto significativo e de longo prazo. Pesar estética, orçamento, qualidade e sustentabilidade, é fundamental em todas as escolhas de produtos e materiais e devem ser feitas com conhecimento técnico e, se possível, antes da obra começar.

De qualquer forma, agora você está mais qualificado para fazer uma escolha assertiva, com responsabilidade, e deixar o seu lar lindo e com produtos de qualidade. 

Deise De Conto é Arquiteta e Urbanista, Especialista em Reabilitação Ambiental Sustentável, atua na área de projetos desde 2000.

Gostou deste post?

Compartilhe no Facebook
Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Linkedin
Compartilhe no Pinterest

Deixe um comentário

Categorias
Arquitetura Sustentável Construção Seca Steel Frame

Fachadas de casas que amamos

Fachadas de casas que amamos

Amamos fachadas! Elas expressam a personalidade da casa e dos seus moradores, além de apresentar a construção ao seu entorno – composição essa que pode (e deve) ser harmônica, assim colaborando de forma positiva com o local em que está inserida. 

Por isso, hoje vamos falar das fachadas que amamos e te ajudar a escolher a sua dentre os estilos mais desejados atualmente. 

Você sabia que a escolha do estilo pode impactar até no custo da obra? Explicamos um pouco sobre isso em nosso e-book Guia da Construção Sustentável em Light Steel Frame

Para começar essa conversa, achamos importante você saber que toda a casa que projetamos chega para nós como algumas demandas em comum: 

  • a casa é sempre a realização de um sonho
  • deve ser linda aos olhos dos moradores 
  • tem muitas personalizações, para se adequar ao estilo de vida de cada pessoa quem viverá nela
  • tem um orçamento alvo para ser realizada
Por isso, é bem importante entendermos como atender o check list de cada futura família que busca um lar. Como normalmente esta busca parte de imagens do espaço extraordinário desejado, criamos este material sobre os estilos mais em alta no momento e as vantagens e desvantagens de cada estilo, do ponto de vista da execução e custo da obra. 

Estilos

São muitos os estilos arquitetônicos existentes, mas como toda a decisão que precisa ser tomada antes do projeto começar, cada um deles tem prós e contras: vamos falar aqui dos mais pedidos por nossos clientes em sua busca pela moradia ideal.

Contemporâneo

Estilo marcado por linhas retas, formas puras e detalhes com materiais e texturas em cores mais neutras. Geralmente é marcado pela combinação de planos lisos ou texturizados de cores claras com pedra ou madeira. Neste estilo, está muito em alta o uso de esquadrias pretas.

Imagem: Shutterstock

VANTAGENS

Por suas formas puras, é simples de executar em qualquer sistema construtivo, levando em consideração materiais e mão de obra disponíveis atualmente, sem grandes diferenciais técnicos, desde que siga um projeto racional.

DESVANTAGENS

O uso de combinações de revestimentos, com esquadrias que vão do piso ao teto, muitas vezes coloridas (em geral pretas), eleva o custo de acabamentos externos e janelas. 

Casas Tradicionais, Rústicas ou de Campo 

São casas marcadas por elementos simples, com telhados aparentes em telhas de barro ou concreto, beirais com forros aparentes de madeira, com paredes rebocadas, texturizadas ou em tijolos aparentes. Geralmente usam esquadrias em formatos e tamanhos mais tradicionais, em tons de madeira ou brancas. 

Fonte: https://www.trendhunter.com/

VANTAGENS

Por ser um estilo muito familiar a todos, são casas simples de executar em praticamente todas as técnicas construtivas e, por seus materiais serem simples, tendem a ser mais acessíveis para comprar e mais fáceis de utilizar pela mão de obra contratada.

DESVANTAGENS

Por ser um estilo mais conservador, podem perder o valor de mercado mais rapidamente, mas não há grandes desvantagens construtivas para este estilo. Caso escolha um sistema a seco de construção, como o light steel frame e o wood frame, recomendamos uma telha mais leve, para evitar reforços (e custos) desnecessários na estrutura.

Estilo Americano

As casas americanas caíram recentemente no gosto brasileiro. São casas com fachadas mais decoradas, incorporando detalhes como molduras em beirais e janelas. O telhado mais utilizado é em telha shingle e, quanto mais detalhes ele tiver, mais charmosa a casa fica. As janelas geralmente são de tamanhos menores, mas utilizadas em maior quantidade, e muitas casas utilizam um recurso estético chamado pinázio para deixar as janelas quadriculadas, sem abrir mão de sistemas mais eficientes de esquadrias, como as de PVC. Revestimentos e detalhes em materiais como pedra natural também são bem vindos neste estilo. 

Fonte: acervo Nesta - Projeto Autoral

VANTAGENS

Quando há opção por um sistema construtivo a seco, como o light steel frame ou o wood frame, este estilo tem inúmeras vantagens, principalmente em relação ao usos dos materiais próprios para estes sistemas serem mais facilmente adaptados ao modelo. Materiais como os sidings com acabamentos lisos ou imitando madeira facilitam a mão de obra e o acabamento. 

DESVANTAGENS

O número de detalhes desejável para este estilo, eleva o custo com este tipo de fachada. No entanto, há possibilidade de manter a simplicidade e as vantagens proporcionadas pelo estilo. Na dose certa, pode ser uma ótima escolha. 

Estilo Minimalista

O minimalismo é mais do que um estilo arquitetônico, e por isso vem sendo incorporado como um estilo de vida nos últimos anos. Vem da premissa de que “menos é mais“, preconizada pelo arquiteto alemão Ludwig Mies Van Der Rohe (1886-1969), um dos grandes mentores do assunto. É caracterizado por grandes vãos em concreto, fechados com vidros, mínima variedade de materiais e muita limpeza visual. 

Fonte: tuacasa.com.br

VANTAGENS

Por seus grandes vãos em concreto e  grandes planos envidraçados, é uma arquitetura que exige menos tipos de materiais na obra. 

DESVANTAGENS

Apesar da aparente simplicidade, os grandes vãos de concreto e os grandes planos de vidros geram custos com estrutura e esquadrias maiores que todos os demais estilos citados. A sua execução requer equipes especializadas por exigir acabamentos de alto padrão, pois em geral o concreto é deixado aparente. Além disso, a falta de paredes opacas requer sistemas de climatização e elementos de privacidade (cortinas/ brises ou persianas) muito bem planejados para que deixem a casa confortável. 

Agora que você já sabe como escolher a fachada da sua casa dentre os estilos apresentados, que tal acessar mais algumas ideias de fachadas? Acesse nosso Pinterest, lá criamos uma pastinha de fachadas bem lindas para te ajudar a escolher a sua. 

 

Simone Fraga é Arquiteta e Urbanista, Especialista em Construções Sustentáveis e pós graduanda em Coordenação e Gestão de Projetos em BIM, atua na área de projetos desde 2008

Gostou deste post?

Compartilhe no Facebook
Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Linkedin
Compartilhe no Pinterest

Deixe um comentário

Categorias
Arquitetura Sustentável Dicas Iluminação

Saúde e qualidade do ar na arquitetura

Saúde e qualidade do ar na arquitetura

Em um momento tão desafiador como o que estamos passando, é impossível não pensarmos em nossa saúde e nos cuidados que devemos ter para que tenhamos uma vida longa e saudável. A pandemia trouxe à tona um assunto importantíssimo na arquitetura – a qualidade do ar e dos ambientes em que vivemos.

 

Recentemente o GBC – Green Building Council – um movimento global, presente em 80 países, que trabalha pela transformação da indústria da construção em direção à sustentabilidade – organizou no Brasil um evento chamado Green Building Week, cujo tema era Qualidade do Ar no Ambiente Construído.

Um assunto muito pertinente, e com certeza, não aleatório, que traz para a comunidade da construção civil uma discussão fundamental sobre os cuidados que devemos ter com a qualidade do ar nos ambientes projetados e construídos.

Em 1982 a organização Mundial da Saúde reconheceu a Síndrome do Edifício Doente (SED) após a comprovação de que a morte de 34 pessoas e a constatação de que 182 casos de contágio com a bactéria denominada Legionella pneumophila foram ocasionados pela contaminação do ar interno de um hotel na Filadélfia.

Isso aconteceu em 1976, durante uma convenção da Legião Americana de Veteranos, que reuniu mais de 4 mil ex-soldados no Bellevue Stratford Hotel. Os participantes começaram a adoecer misteriosamente, apresentando tosse, febre e dificuldade para respirar.

Como identificar a Síndrome do Edifício Doente

Quando mais de 20% dos ocupantes de um imóvel apresentam sintomas como dores de cabeça, fadiga, irritação nos olhos, nariz e garganta, ele pode ser diagnosticado com a Síndrome do Edifício Doente.

Em um primeiro momento, problemas de saúde como estes parecem não ter qualquer relação com os aspectos construtivos de uma edificação, porém, assim como nós as construções adoecem e apresentam patologias.

Nesses casos, a origem do problema pode estar na concepção do projeto da edificação – principalmente dos sistemas de ar-condicionado – e na falta de planos de manutenção periódica dos equipamentos.

Essa síndrome, que começou a ser estudada na década de 1970, está frequentemente relacionada ao sistema de refrigeração ou de aquecimento dos edifícios. Ela pode ser provocada pela presença de bactérias, vírus ou fungos em sistemas de ar condicionado sem manutenção adequada; de produtos químicos dispersos no ar ou de poeira acumulada em carpetes ou cortinas.

Além das bactérias e vírus, os contaminantes do ar interno podem aparecer na forma química. Entre os contaminantes químicos estão: monóxido de carbono, dióxido de nitrogênio, ozônio, formaldeído, dióxido de enxofre, amônia e radônio 222 (oriundo do decaimento radioativo do rádio 226), presente nos solos, lençóis freáticos e materiais como pedras, tijolos e concreto. 

Os materiais sintéticos de revestimento, aglomerados de madeira, alcatifas, papéis de parede, colas, removedores, cera, espumas de isolamento, solventes, tintas, vernizes, além de equipamentos como impressoras e fotocopiadoras e produtos de limpeza, são potenciais fontes de contaminação.

Além destes, outros fatores como iluminação, ruídos e odores, podem agravar os problemas de saúde relacionados ao edifício.

Certamente, nos projetos residenciais e de edifícios de pequeno porte, alguns destes problemas são produzidos em uma escala menor, porém não podem ser ignorados.

Vamos listar aqui 5 ações simples, mas de grande impacto, que consideramos premissas básicas para projetos inteligentes e que levam em consideração a qualidade de vida das pessoas.

  1. Iluminação natural – pensar em ambientes com iluminação natural e preferencialmente com incidência direta do sol durante alguns períodos do dia.
  2. Ventilação Natural – dimensionar corretamente as aberturas e permitir a ventilação natural e cruzada.
  3. Manutenção dos Equipamentos – realizar a manutenção preventiva dos equipamentos de ar condicionado respeitando a periodicidade recomendada pelo fornecedor.
  4. Materiais e produtos – dar preferência para produtos com ausência de metais pesados e tintas e que não utilizem formaldeído e não liberem COV’s (compostos orgânicos voláteis).
  5. Vegetação – Sempre que possível, tenha jardins internos e plantas purificadoras de ar. 

Os ambientes construídos influenciam a saúde, o bem-estar e a produtividade das pessoas que os utilizam. O ambiente que você mora, trabalha, fica ou se recupera não pode te deixar doente. A saúde é um grande motivador para fazermos ações conscientes e a arquitetura pode ser uma grande aliada nessa missão.

Acreditamos em ambientes mais saudáveis e sustentáveis, se você também acredita , dissemine essa ideia. Compartilhe esse texto com quem você gosta e promova equipamentos e ambientes mais saudáveis. 


Deise De Conto é Arquiteta e Urbanista, Especialista em Reabilitação Ambiental Sustentável, atua na área de projetos desde 2000.

 

Gostou deste post?

Compartilhe no Facebook
Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Linkedin
Compartilhe no Pinterest

Deixe um comentário

Categorias
Uncategorized

Saiba como as arquitetas da Nesta especificam porcelanato

Saiba como as arquitetas da Nesta especificam porcelanato

O porcelanato é um dos materiais queridinhos da construção atualmente e, apesar de ser muito utilizado, percebemos que nossos clientes ainda têm muitas dúvidas na hora de escolher. Então resolvemos contar como especificamos porcelanato em nossos projetos e ainda reunimos dicas das nossas especialistas, que aplicam porcelanato em suas obras há mais de 14 anos.

Entenda as diferenças

Para começar, achamos importante você entender as diferenças entre os materiais, já que existem vários tipos de porcelanatos.

Ouvimos bastante de nossos clientes que viram um porcelanato igual a este ou aquele em promoção em algum lugar. Fique atento!! Nem sempre é o mesmo material.

CATEGORIASTÉCNICOESMALTADO
Não recebe nenhuma camada de esmalte na sua superfície, por isso, é conhecidos popularmente como “toda massa” ou “massa única”.Tem uma camada superficial de esmalte aplicada sobre a peça, que pode ter diferentes tipos de acabamento: liso, brilhante, fosco.
CLASSESAC
É o piso padrão de todas as marcas, ou seja, o piso que passou no controle de qualidade, classificado como padrão normal de cor, textura, tamanho e acabamento.É chamado de piso C ou Comercial o piso que tem pequenas manchas ou diferenças na tonalidade. São as peças com mesmo material e resistência dos materiais A, mas que não passaram no controle de classificação por pequenos defeitos, portanto, de melhor preço.  
ACABAMENTO DAS BORDASRETIFICADOBOLD
O que diferencia o porcelanato retificado dos demais é o acabamento de borda. Apresenta bordas mais regulares e precisas, podendo receber acabamento com juntas de 1 a 2m. Para chegar nesse efeito a peça é retificada, ou seja, tem suas bordas cortadas, e por isso é mais regular.O acabamento bold é mais natural e, por isso, tem bordas mais arredondadas e podem apresentar maior variação em suas dimensões, o que exige maior quantidade de rejunte para compensar possíveis irregularidades no tamanho e no formato das peças, de 3 a 4 mm.
ACABAMENTO DA SUPERFÍCIE/ APLICAÇÃOPOLIDONATURALEXT
Sua principal característica é o brilho, que dependendo do acabamento e da cor podem ter um aspecto quase espelhado.Podem ser usados em paredes e pisos internos, sempre tendo o cuidado em áreas como box e áreas de banho para evitar quedas, pois são os mais lisos.  Tem acabamento acetinado, ou seja, nem brilho, nem áspero. É de fácil limpeza e menos escorregadio que o polido. Pode ser usado em todos os ambientes, tendo o cuidado em áreas externas muito expostas à chuva para não ficarem escorregadios.É anti-derrapante e tem a superfície áspera e acabamento totalmente fosco. São recomendados somente para áreas externas.
CORESEm cada padrão, algumas cores ou texturas são mais usuais, veja as principais:
lisos e marmorizadoslisos, levemente texturizado, cimentos, madeirados e marmorizadostexturas mais próximas de pedras, lisos e madeirados

Como escolhemos?

Passo 1: Tamanho das peças x tamanho do ambiente

Conforme o tamanho e o uso do espaço, precisamos especificar o piso e as paredes mais adequados. Sempre calculamos o tamanho das peças que melhor se adequam a área e às medidas de cada espaço para evitar quebras e desperdícios de material.

Os formatos variam de 60×60, 60×120, 20×120, 80×80, 90×90, 100×100, 120×120 e muitos outros. A tendência atualmente é usarmos peças maiores, mas nem sempre é a melhor opção em ambientes pequenos.

DICA DAS ARQUITETAS: peças maiores requerem mão de obra especializada para assentá-las com perfeição e o custo da colocação também aumenta. Das peças grandes, as de 80×80 e 60×120 tem o melhor custo-benefício de aplicação, principalmente para grandes áreas. E nada impede você de ter um detalhe especial com peças maiores em uma área menor, como em um banheiro ou até mesmo na sua sala de estar ou quarto, desde que a parede tenha medidas que comportem uma peça maior, sem muitos recortes.

Passo 2: Pelo uso e segurança

Definimos o acabamento da superfície de acordo com o uso, pensando não somente em beleza, mas em limpeza e segurança.

Áreas externas sempre recomendamos o acabamento EXT; em banhos e boxes, preferencialmente pisos acetinados. O brilho fica para as paredes e ambientes secos, onde não há risco de escorregar. E para grandes áreas de piso em ambientes sem umidade, como salas e living, o acetinado também é sempre uma boa opção, pois é mais atemporal que o polido.

DICA DAS ARQUITETAS: ambientes como banheiros e varandas podem precisar de pisos menos escorregadios, por isso dê preferência pelo porcelanato natural ou EXT. No entanto, o piso EXT ou externo é mais difícil de limpar, então tenha em mente que mesmo em áreas externas, pisos muito claros podem precisar de limpeza com lava-jato para que fiquem bem limpos e o rejunte pode ter que ser substituído de tempos em tempos. 

Passo 3: Pela cor e o estilo  

Conforme o efeito desejado, é possível utilizar diversas opções de cores e formatos para dar a ideia e a sensação do espaço que se busca.

Lembramos que a cor e o estilo são decisões emocionais e ligadas ao gosto de cada cliente, por isso, nesta etapa, sempre prevalece nas nossas escolhas o que fará o morador do futuro espaço mais feliz.

Faça a você mesmo as perguntas que fazemos aos nossos clientes:

1-    Quando você imagina este espaço, este revestimento te trará uma sensação de bem-estar?

2-    É muito claro? 

3-    É muito escuro?

4-    Combina com os móveis e objetos?

5-    Você busca simplicidade ou sofisticação?

DICA DAS ARQUITETAS: o que está em alta em nossos projetos atualmente são produtos com alta durabilidade, ou seja, produtos de qualidade, e cores e texturas mais neutras, que tornam seus ambientes mais bonitos e modernos por mais tempo. 

Aqui a nossa lista de algumas de estilos de texturas favoritas que são encontradas em todas as marcas, com as texturas “best sellers” em porcelanatos no momento: 

MADEIRADOS – ARAUCÁRIA ESCURA PORTOBELLO
CIMENTÍCIOS – BERLINER SAND PORTOBELLO
 
 
RELEVO – WHITE DOBRADURAS MIX PORTOBELLO
MARMORIZADOS – MICHELANGELO PORTOBELLO
MARMORIZADO – MARE D’AUTUNNO PORTOBELLO

Este texto foi elaborado com consulta a outros sites e nossa experiência profissional. Se quiser saber mais, leia também:

Tipos de porcelanato: veja quais são os melhores para usar em toda a casa

Todos os materiais mencionados podem ser encontrados no Site da Portobello.

Para receber mais conteúdos como este inscreva-se no no nosso mailing, publicamos novidades toda a semana. 

 

Simone Fraga é Arquiteta e Urbanista, Especialista em Construções Sustentáveis e pós graduanda em Coordenação e Gestão de Projetos em BIM, atua na área de projetos desde 2008

Gostou deste post?

Compartilhe no Facebook
Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Linkedin
Compartilhe no Pinterest

Deixe um comentário

Categorias
Arquitetura Sustentável Eficiência energética

Ar condicionado e sustentabilidade

Ar condicionado e sustentabilidade

Quem nos acompanha já percebeu que nosso “mote” é a sustentabilidade na arquitetura. Todas as decisões que tomamos em projeto desafiam as mesmices das casas convencionais, que não estão preparadas para um futuro próximo de racionalização de energia e consumo de água.

Hoje em dia, qualquer atividade só é possível com o uso de uma ou mais fontes de energia. Você com certeza já se surpreendeu com um dia sem luz, tendo a maioria das atividades, principalmente de trabalho, inviabilizadas.

Essa introdução é para falarmos sobre um vilão do consumo energético nas casas e apresentar soluções que adotamos para minimizar seu impacto, já que seu uso, por hora, não conseguimos evitar: o ar condicionado

Não sabemos se você já teve a experiência de ter um. A gente já teve e, talvez por nosso posicionamento em relação ao consumo e eficiência, nos deixava aflitas ao vê-lo ligado. 

Porém, apesar das construções serem consideradas organismos vivos (nós acreditamos muito nisso) e de podermos aproveitar recursos naturais para sua climatização, em casos mais extremos de temperatura, elas ainda não podem se resfriar e aquecer sozinhas e, portanto, precisam de sistemas complementares para melhorar o condicionamento térmico.

É aí que entra o ar condicionado.

Ok, mas afinal, qual é o consumo energético do ar condicionado? É realmente tanto assim? Conforme informações da PROCELINFO: 

Um equipamento tipo split de 9.000 Btus, que atende um ambiente de aproximadamente 12 m², considerando que ele fique ligado 8h por dia, durante 30 dias, seu consumo é de 142,28 kWh. Isso representa, aqui no RS, atualmente, em torno de R$ 65,00/mês. Já um equipamento de 14.000 BTU/h, representa R$ 87,00 em um mês de uso, durante 8h do dia. 

Mas será que a única solução para resfriarmos um ambiente é com o ar condicionado? E qual é a solução para diminuirmos seu uso sem abrirmos mão do conforto? 

Antigamente, nossos antepassados não tinham ar condicionado em suas casas, e tiveram que começar a pensar em como as forças e elementos da natureza agiam e influenciavam na vida e em como poderiam tirar proveito disso em benefício próprio e da comunidade.

Até o século XV a casa era considerada apenas um abrigo contra o frio e a chuva. As residências eram insalubres e, por consequência, motivo de muitas doenças para seus moradores.

A grande virada aconteceu com o uso das janelas e, consequentemente, do vidro, quando houve uma revolução no modo de vida dentro das casas. A luz foi levada ao interior dos ambientes e o calor dos raios do sol permitiu a melhoria da qualidade de vida dos moradores. Nos projetos, os desenhos e o modo de vida da população deram um salto.

Os recursos da natureza, quando aproveitados de forma inteligente em uma construção, trazem conforto térmico e consequentemente ajudam na sensação de felicidade dos seus moradores.

Porém, atualmente, ofuscados pelas maravilhosas descobertas tecnológicas, esquecemos de olhar para os recursos que a natureza pôs à nossa disposição e simplesmente aderimos aos equipamentos artificiais.

Vamos falar então da eficiência dos recursos naturais que são nossos aliados para uma arquitetura saudável e sustentável?

 

Ventos: 

Quando estudamos o terreno, devemos fazer uma análise dos ventos dominantes da região e se existem elementos ao redor (montanhas, prédios) que podem influenciar na sua intensidade e direção. Para aproveitarmos este recurso, precisamos estudar o seu funcionamento e aplicar técnicas de desenho arquitetônico como a posição das aberturas, por exemplo. 

A ventilação cruzada acontece quando posicionamos aberturas em paredes opostas, e ela permite que o ar atravesse o ambiente, favorecendo a renovação e tornando o microclima da edificação mais saudável.

 

Vegetação:

O uso adequado da vegetação no entorno da construção, também pode beneficiar a criação de um microclima adequado. Quando posicionada como barreira para ventos indesejados, ou incidência direta do sol,  podem alterar significativamente a temperatura das suas paredes e consequentemente do seu interior.

Um gramado no jardim da casa ajuda a diminuir o calor dos raios solares e a amenizar a temperatura do entorno.

 

Sol:

A luz do sol ajuda o organismo na produção de Serotonina, vitamina D e de uma série de substâncias que fazem nosso corpo saudável e feliz. 

O uso adequado da luz natural, que é a iluminação por meio da luz solar, apresenta muitas vantagens:

  • Torna a residência mais econômica, ao reduzir o consumo energético
  • Diminui as cargas térmicas provenientes das luminárias
  • Produz efeitos estimulantes aos moradores
  • Produz níveis de iluminação superiores à artificial

Porém, na climatização de uma edificação, se o sol não for aproveitado de forma inteligente, pode criar problemas como o aquecimento excessivo das paredes e do telhado e a incidência direta dos raios solares através dos vidros, aquecendo demais o interior.

Utilizar beirais mais longos, brises e paredes de grande inércia térmica, como o steel frame e as paredes de tijolos duplas com câmara de ar, ajudam na proteção do sol indesejado.

Para encerrarmos, é importante pontuarmos as esquadrias, pois em boa parte, é através delas que podemos perceber e receber a dádiva dos recursos naturais. Uma janela mal posicionada pode ser um desastre para a climatização de uma casa.

As esquadrias de PVC oferecem um ótimo isolamento e se aliadas ao vidro duplo e às persianas externas, podem otimizar muito o desempenho térmico da edificação como um todo.

Veja esta tabela de desempenho de esquadrias: 

Neste link você pode simular a economia de energia que a substituição por esquadrias de PVC pode proporcionar na sua casa. 

“…deve-se agir de tal forma que, a partir de qualquer que seja a zona do céu que possa ser alcançada, nessa direção se deixarão os locais das janelas; assim, as construções ficarão iluminadas.” (Vitrúvio (70-25 a.C.)

Tendo em vista tudo que falamos até agora, podemos concluir que o uso do ar condicionado pode ser significativamente reduzido, porém, seria exagero dizermos que ele pode ser eliminado. 

Para fazermos as pazes com ele (rsrsrs), vamos deixar aqui algumas dicas importantes para explorarmos de forma inteligente o seu uso e aplicação.

Escolhendo o local de instalação:

Se você está pensando em colocar um ar condicionado em sua casa, você deve analisar se tem a possibilidade de comunicar o aparelho que fica dentro do ambiente com a máquina externa e colocá-la em um local adequado, que não fique muito aparente (na frente da casa por exemplo) e onde possa ser instalado o dreno (um caninho que leva a água para fora). 

Também é importante, analisar sua posição em relação às áreas mais utilizadas do ambiente. Por exemplo, é indicado centralizá-lo ao invés de instalá-lo no canto de uma parede, de maneira a alcançar a maior área de convivência possível. Mas cuidado para não colocá-lo em um local onde o ar fique incidindo diretamente em você.

 

Temperaturas indicadas

Ok, aparelho instalado. E agora, qual a temperatura adequada para que você se sinta confortável?

Por mais que, muitas vezes, seu desejo seja de criar um freezer em grande escala, não é esse o caminho: a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) indica manter uma temperatura de 23ºC a 26ºC para ambientes fechados. Esse dado não leva em conta apenas o conforto, mas também a economia de energia e o aumento de performance da máquina.

Durante a noite, o recomendado cai para 20ºC a 23ºC, visando a manutenção do equilíbrio térmico do corpo. A única exceção é no quarto dos pequenos, onde o clima mínimo é de 26ºC. 

 

Manutenção

Não esqueça da manutenção. É muito importante realizar a higienização periódica dos filtros, que garantem a qualidade do ar, evitando doenças respiratórias. A periodicidade depende da frequência de uso, geralmente variando entre 15 dias e um mês. O processo varia conforme o modelo, tendo em vista que alguns filtros são resistentes à água e outros, não. Portanto, o indicado é contratar um técnico ou informar-se com o manual de instruções! 

Há também a limpeza completa do aparelho, que deve ser feita uma vez por ano e exige mão de obra especializada.

Calculando a quantidade de BTUs

Com o intuito de determinar a capacidade de refrigeração que atenda à sua necessidade, é definida a quantidade de BTU (British Termal Unit). Ela é estabelecida com calculadoras específicas, mas a grosso modo considera-se 600 a 800 BTUs por m². Confira aqui uma calculadora online que opera com diversas variáveis!

Design e ideias para o ar condicionado

Em nossa pasta no Pinterest você pode encontrar ótimas ideias para te inspirar. Vá em frente!

Modernidades do mercado

Confira abaixo as novidades da área.

 

Wind Free

Os aparelhos dotados dessa tecnologia são capazes de climatizar o ambiente sem o incômodo de ventos fortes. Isso acontece porque eles apresentam uma barreira com mais de 20.000 micro furos pelos quais o ar flui! Mas será que esfria mesmo? A Samsung, pioneira no assunto, está de prova: assista aqui o vídeo. 

 

Wi-fi

Controlar e monitorar sua casa à distância é um recurso cada vez mais presente. Diversas marcas como Apple, Amazon, Samsung, Xiaomi e Google já vendem dispositivos capazes de ligar e desligar lâmpadas, tomadas e aspiradores de pó, trancar portas e janelas, dentre outras utilidades. Certamente, o ar condicionado viria a aderir a essa nova realidade! Modelos com suporte para wi-fi permitem que seu usuário controle suas funcionalidades a partir de um smartphone, mesmo longe de casa. Indo muito além dos controles que vimos anteriormente, alguns modelos podem gravar suas preferências, detectar a presença de pessoas na sala – desligando-se caso não haja – e até mesmo estimar e informar dados estatísticos a respeito do gasto energético gerado.

 

Inverter

Mesmo que não tão nova, essa tecnologia merece ser mencionada, já que costuma gerar dúvidas. Sua principal característica é a economia de até 60% em relação aos convencionais devido ao modo como opera: variando as rotações do compressor com base na temperatura escolhida, ao invés de desligá-lo e ligá-lo como ocorre com os demais, método responsável por altas variações de clima e picos energéticos. Além disso, outros benefícios são redução de barulho, maior sustentabilidade devido ao gás R-410 usado e o custo-benefício a longo prazo.

Para encerrar, podemos dizer que o ar condicionado pode parecer, a primeira vista, indispensável, mas que também pode ter seu uso mais consciente se aliado a outros recursos de climatização mais sustentáveis. 

Vale ressaltar a importância de se fazer uma avaliação responsável e técnica dos sistemas que serão usados para deixar sua casa mais confortável, e obter o máximo de eficiência de cada um deles.

 

Fontes

Minha Casa Sustentável – Guia para uma construção residencial responsável. 2010. Heliomar Venâncio

8 dúvidas sobre ar-condicionado mais recorrentes. Dufrio, 2017. Acesso em: janeiro de 2021.

Conheça as funções do controle do ar-condicionado. Frigelar, 2020. Acesso em: janeiro de 2021 

Qual o melhor lugar para instalar o ar-condicionado? Daikin, 2020. Acesso em: janeiro de 2021.

Saiba como fazer o cálculo de BTUs do ar condicionado. Leroy Merlin, 2019. Acesso em: janeiro de 2021.

Qual é a diferença entre o ar-condicionado inverter e o convencional? Dufrio, 2017. Acesso em: janeiro de 2021.

 

Deise De Conto é Arquiteta e Urbanista, Especialista em Reabilitação Ambiental Sustentável, atua na área de projetos desde 2000.

 

Gostou deste post?

Compartilhe no Facebook
Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Linkedin
Compartilhe no Pinterest

Deixe um comentário