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O que é EVF e porque você precisa de um para ter uma obra de sucesso

O que é EVF e porque você precisa de um para ter uma obra de sucesso

EV o quê?? 

Se você só quer uma obra tranquila, que fique dentro do seu orçamento, vem com a gente em mais um texto para guardar no histórico e consultar para sempre. 

Vamos falar de Estudo de Viabilidade Financeira, ou EVF para os íntimos. Uma receita de sucesso para todas as obras da sua vida 😉 

Por que planejar? 

Você que está buscando fazer a sua casa, como a maioria das pessoas que não é do mercado de projetos e construções, já deve ter se feito essa pergunta. 

Afinal, se você vai construir “apenas uma casa”, por que deveria gastar tanta energia planejando? 

O primeiro erro que cometemos ao pensar assim é o de subestimar a complexidade de uma obra residencial.

Isso acontece porque não fomos educados para planejar, nem mesmo nós, arquitetas de formação. Saímos da faculdade acreditando que o projeto básico, ou aquele necessário para aprovar o projeto junto à Prefeitura, é suficiente para executar a obra. 

Mas não se engane, planejar é a melhor forma que você terá de ter as rédeas das decisões financeiras da sua obra. 

O que é EVF e para que ele serve

O Estudo de viabilidade financeira é um levantamento preliminar apurado de todas as atividades e custos que a sua obra envolve, desde as fases que a antecedem até o seu final.

Ele é o resultado de etapas de levantamento de custos e cenários, que te permitem tomar as melhores decisões tendo em vista não apenas o preço dos materiais e da mão de obra, mas também de opções técnicas e de desempenho que afetam diretamente o custo final da usa obra. 

Vamos a um exemplo prático: 

Ao fazer o EVF da residência de um cliente, orçamos três opções com técnicas diferentes para fazer a piscina: 

Opção 1: Piscina em fibra
Opção 2: Piscina em alvenaria revestida com cerâmica
Opção 3: Piscina em alvenaria revestida com vinil 

Neste caso, o valor variou entre R$ 26 e 86 mil entre a solução de menor e maior custo. O mais importante, nesse caso, foi que o EVF evidenciou não apenas a diferença de custo, mas também de logística e planejamento do canteiro de obras.

Para fazer a piscina em fibra, que foi a opção escolhida, o período de início da execução durante o cronograma da obra foi completamente diferente do que nos outros dois cenários, com uma logística de entrega completamente diferente, visto que a piscina de fibra só será instalada após a metade do prazo total da obra e precisa ser trazida de guindaste, enquanto a obra de alvenaria iniciaria junto com as fundações e contenções, e o material poderia ser entregue na obra já nas primeiras semanas. 

Assim, fica muito claro que o EVF não serve apenas para levantar os custos, mas para determinar o melhor planejamento da obra e, consequentemente, seu cronograma de desembolsos. 

 

Etapas de um EVF

Para que você entenda com clareza porque o EVF é tão importante, vamos te explicar quais as etapas e custos principais a serem levantados.

Todas as etapas listadas aqui geram custos, e muitos deles você talvez nem saiba. 

1- ATIVIDADES QUE ACONTECEM ANTES DA OBRA

  • Projetos Complementares
  • Aprovações e licenças
  • Preparação do Canteiro: tapumes, ligações provisórias de água e luz, espaço para guarda de materiais, segurança 

2 – ATIVIDADES QUE ACONTECEM DURANTE A OBRA

  • Aquisição de materiais para todas as atividades da obra 
  • Contratação de mão de obra 
  • Compra e instalação de equipamentos
  • Acompanhamento e gestão: serviços como recebimento e conferência de materiais, medições de serviços, pagamentos, organização e limpeza do canteiro, acompanhamento do cronograma, controle de prazos e fiscalização dos serviços
  • Movimentações finais de terra, paisagismo e cercamentos. 

3- ATIVIDADES QUE ACONTECEM APÓS A OBRA

  • Desmobilização do canteiro: retirada de tapumes, entulhos, desmobilização de equipes 
  • Ligações definitivas
  • Obtenção de Habite-se
  • Recolhimento de impostos municipais e federais
  • Averbações / Regularização da construção 

Com estas informações você já deve ter entendido: sua obra vai muito além da planilha de materiais e mão de obra da sua casa. 

O EVF é um instrumento não apenas de orçamento, mas de planejamento, pois é possível obter através dele, muito além dos serviços envolvidos e seu custo, um raio-x da sua futura obra. 

 

Porque eu preciso de um profissional para saber quanto vai custar a obra

Agora vamos revelar o nosso pulo do gato.

Aquele fator UAU, que só uma empresa que projeta espaços extraordinários busca atingir, a cereja do bolo. 

Muitos vão te dar orçamentos, valores por m² de construção e te fazer acreditar numa fórmula mágica que faz a sua obra caber no seu orçamento. 

Mas NINGUÉM vai te dizer a verdade como fazemos aqui na Nesta.

Se você realmente gosta do seu dinheiro, que você tanto trabalhou para conquistar para investir na sua tão sonhada casa, acredite, nós também valorizamos o seu dinheiro, e é por isso que vamos te falar a verdade

Nua e crua. 

Só existe EVF com projeto completo, de qualidade, com dedicação e decisões. 
Sim, decisões. Escolhas entre um material e outro, um sistema construtivo e outro, uma casa maior ou menor, um pavimento ou dois, e por aí vai. 

E a maioria delas só você pode tomar. Afinal o sonho é seu.

O dinheiro é seu. 

Sem isso, você terá apenas estimativas. Vazias e genéricas. 

Pois só existe valor por m² igual para todo mundo se não houver transparência de informação. 

Quer saber como a gente sabe?

Te provamos. 

Ligue para um construtor que trabalhe por empreitada que você conheça e peça qual o valor que ele cobra por m². Ele dirá, temos certeza, um número com o qual você se sinta bem e confortável. O número que você quer ouvir. 

Mas que é uma estimativa, o mesmo número que ele diz para todos que ligam

E como sabemos que não é verdade?

Por experiência e transparência com você.

Pensa com a gente, se você tem dois projetos:

 

1- É uma casa de dois pavimentos, com terreno de 600m², calefação, piscina, fachadas revestidas em pedras e esquadrias de PVC com vidros duplos.

2- É uma casa térrea, em um terreno de 360m², sem piscina, com garagem aberta e acabamentos simples. 

Como ambas podem ter o mesmo valor por m²? Além disso, como podemos calcular o mesmo custo para um terreno de 600 e um de 360m²? E o cercamento, o paisagismo, as calçadas e gramado, como teriam o mesmo custo? 

Há diversos outros fatores que influenciam no custo da obra, vamos listar alguns apenas para você refletir: 

1- Projeto: número de pavimentos, tamanhos e cores das esquadrias, tipos de vidros, acabamentos, instalações, etc… 

2- Desempenho: as paredes serão simples ou duplas? a obra será em outros sistemas como steel frame ou wood frame? Usarei tijolos maciços ou furados? 

E é por isso que falamos em decisão.

O pulo do gato é decidir. Com informação e projeto de qualidade, o que você quer para sua obra. 

Acreditamos no poder da transparência que só um projeto completo acompanhado de um bom EVF pode te dar: poder de decisão sobre o seu orçamento

Porque economizar é comprar melhor e pelo melhor preço.
Simples assim.

Se você também acredita, comenta aqui e em nossas redes sociais! 

Até breve,

Simone Fraga é Arquiteta e Urbanista, Especialista em Construções Sustentáveis e pós graduanda em Coordenação e Gestão de Projetos em BIM, atua na área de projetos desde 2008.

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Piso aquecido: tudo que você precisa saber

Piso aquecido - tudo que você precisa saber

Encontrar o sistema ideal para aquecer a casa é, por vezes, um desafio para quem decide construir e, por existirem opções com características específicas de cada sistema, fica difícil comparar. 

Já falamos em outro post sobre o ar condicionado e sobre sistemas de calefação, então hoje vamos falar de uma opção muito eficiente e com nível de conforto alto, que tem ganhado espaço no mercado e o gosto dos clientes: o piso aquecido

Antes de falarmos especificamente sobre o piso aquecido, vamos lembrar que ele faz parte do sistema de calefação, que é basicamente o aquecimento do ar em ambientes fechados.

O que é piso aquecido? 

Também conhecido como piso radiante, é um sistema de calefação para aquecimento de ambientes fechados muito utilizado em países de clima temperado e frio e também em regiões de inverno rigoroso. 

Diferente dos radiadores, que também são uma forma de calefação, o piso aquecido distribui melhor o calor pelo ambiente, pois é instalado em todo o piso e não fica localizado em um ponto específico.

 

Ele é o tipo de calefação é o mais próximo do modelo ideal de aquecimento de ambientes pois, conforme o artigo “Radiant floor heating in theory an pratice” do professor B. W. Olesen, a melhor forma de aquecimento é de baixo para cima, já que os pés e pernas necessitam de mais calor do que a cabeça.

Por exemplo, se você colocar uma temperatura de 24ºC no chão da sua casa, ela vai cair gradualmente, e na altura da cabeça chegará a 20ºC. Portanto, a sensação térmica do ambiente será muito mais agradável do que se fosse ao contrário. 

Quais são os tipos de piso aquecido?

O sistema de piso aquecido é instalado acima do contrapiso e pode ser hidráulico ou elétrico. O elétrico é mais fácil de ser instalado e faz menos sujeira. Já o hidráulico é indicado para obras maiores e que tenham limitação de carga elétrica. Este pode ser alimentado com várias fontes de aquecimento como gás, lenha entre outros.  

 

Dentro das opções do elétrico, existe a manta para laminados e os cabos calefatores. O funcionamento dos dois é basicamente o mesmo, a diferença é que a manta só pode ser usada com pisos laminados e os cabos calefatores podem ser usados com qualquer tipo de piso. 

No caso da manta, sua aplicação é mais simples e rápida pois não exige o uso de argamassa.

Manta para laminados

Cabos calefatores

Os cabos calefatores são aplicados sobre o contrapiso em contato, ou com a argamassa de assentamento, ou camada superior. Por estarem próximos do revestimento, são cabos que possuem características especiais de resistência e menor gradiente de temperatura.

Escolhendo o piso

Certo, já sabemos que o piso aquecido tem muitos benefícios. Andar descalço no inverno pode ser muito acolhedor para você e sua família. Mas é importante saber escolher o melhor piso para o piso aquecido.

As 5 principais opções de piso para uso sobre calor radiante são:

1 – Porcelanato 
O porcelanato e cerâmicas são ótimos condutores de calor, além disso ele não se expande à medida que o aquece ou contrai quando esfria.
2 – Piso laminado
O piso laminado também faz um bom trabalho com o piso aquecido. Por ser construído com camadas de madeira que correm em direções opostas, ele também não se expande ou contrai com a variação térmica. 
3 – Madeira
Apesar de ser uma opção viável e até bastante usada, a madeira não é indicada para o uso com piso radiante. Isso porque é um material que “trabalha” com a variação térmica, o que pode causar rachaduras. Porém, existem diversos tipos de madeiras e algumas são mais resistentes. Por isso, se tiver realmente a intenção de usar esse piso, consulte uma equipe técnica especializada para orientá-lo. 
4 – Pedra natural
Granito, mármore, arenito e outros tipos de pisos de pedra natural conduzem calor muito bem. Da mesma forma como o porcelanato, está entre os mais indicados para ser usado com piso aquecido. 
5 – Piso vinílico
Uma boa opção de piso “quente” (que no inverno não é desconfortável), e que também possa ser aquecido com qualidade. Este revestimento não possui madeira em sua composição, e é um dos melhores pisos para aquecer. No caso dos flutuantes (clicados) o ideal é escolher os com menor espessura.
 
Bom, já deu pra notar que, em termos de calefação, o piso radiante é top. Então vamos lá para suas principais vantagens.
Vantagens
  • Não produz ruídos
  • Possui controle da temperatura
  • Não necessita de limpeza do equipamento
  • Preserva a pureza do ar
  • Combate excesso de umidade sem queimar oxigênio
  • Não interfere na decoração do ambiente
  • Alta durabilidade 

Quanto custa?

A essa altura você deve estar achando que, com todas essas vantagens, este sistema deve custar muito caro e isso é normal.

Indo direto ao ponto, o preço do metro quadrado tem custado em torno de 190 reais, porém isso pode variar pela influência de alguns fatores como localização da obra e tamanho do ambiente e do circuito e detalhes específicos do projeto.  

Uma informação importante é que, quanto maior a área de um circuito, menor o custo do metro quadrado. Dessa forma, caso desejar reduzir o custo total, basta agrupar circuitos (ex: banheiro e closet unidos em um único circuito).

Com relação aos detalhes de projeto, saber qual será o revestimento final da sua casa (porcelanato, madeira, laminado, vinílico, mármore, entre outros) é muito importante. Assim, é possível definir a potência do cabo de acordo com as peculiaridades do revestimento escolhido e garantir a eficiência do sistema. 

Alguns revestimentos exigem o uso de isolamento térmico, pois são mais isolantes que outros, podendo afetar a eficiência do sistema e causando gastos desnecessários de energia. Siga sempre as orientações do departamento de engenharia.

Termostato

termostato é o elemento essencial para que seu piso térmico funcione harmonicamente, pois é ele quem te permite ajustar a temperatura do ambiente e ligar/desligar o sistema. Nesta fase, você irá se deparar com diversos modelos e deverá escolher aquele que melhor atenderá as suas necessidades.

Consumo

Quanto ao consumo, da mesma forma que a instalação do sistema, existem variações e para calcular o consumo de forma precisa é necessário avaliar todo o projeto. 

Um modelo ideal de piso aquecido pode consumir até R$ 0,03/m².h (três centavos por metro quadrado por hora), algo em torno de 30 a 40 Watts/m².h .

No modelo ideal, um ambiente de 10 metros quadrados pode consumir, se usado 6 horas por dia, 20 dias por mês, R$ 36,00/mês (trinta e seis reais por mês).   

Se você está pensando em instalar um sistema de aquecimento, não deixe de considerar o piso aquecido. Ele se apresenta como uma ótima opção oferecendo qualidade de aquecimento e custo/benefício.

Mas não esqueça, sempre que tiver dúvida, consulte seu arquiteto. Ele é o profissional imparcial que terá condições de te apresentar as diversas opções disponíveis no mercado e te acompanhar na visita a fornecedores para encontrar, junto com você, a melhor opção de aquecimento para sua casa. 

Deise De Conto é Arquiteta e Urbanista, Especialista em Reabilitação Ambiental Sustentável, atua na área de projetos desde 2000.

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Planejamento de obras residenciais: como e porque fazer

Planejamento de obras residenciais: como e porque fazer

Se você acha que porque vai construir “apenas” uma casa não precisa planejar com tanta precisão, este post veio para mudar os seus conceitos. 

Nesta matéria, vamos te explicar quais as etapas de um bom planejamento e a importância de fazê-lo, mesmo para obras menores. 

Mas porque as obras atrasam? 

Em pesquisa realizada em obras de construção civil no Brasil sobre os motivos das obras atrasarem, os resultados mostraram que os principais problemas parecem estar relacionados muito mais às questões internas e de organização dentro do canteiro de obras pelos gestores das construtoras, do que a questões externas ao ambiente de execução (chuvas, solo, variações de mercado, fornecedores, envolvimento dos clientes, etc.), o que reforça cada vez mais a importância do investimento em qualificação de pessoas, sistemas e metodologias, mesmo que simplificados, de planejamento e controle de obras.

Os fatores causadores mais comuns são:

  • atrasos nos serviços anteriores
  • falta de materiais
  • falta de detalhamento e decisões de projetos
  • quebra de equipamentos
  • falta de mão de obra

E a causa mais frequente apontada para os problemas acima é a forma inadequada de gestão

Planejamento passo-a-passo

Todas as pessoas que nos procuram para construir suas casas fazem sempre duas perguntas, geralmente no início da nossa da nossa conversa, antes mesmo de falarmos sobre projeto: 

1- Quanto vai custar?
2- Quanto tempo leva? 

No entanto, as duas perguntas-chave do planejamento não podem ser respondidas sem antes sabermos:

1- O que vamos construir (escopo)?
2- Quais as etapas do processo (cronograma)? 

E é claro que temos ideias e estimativas, tanto de custo quanto de tempo, mas o objeto e as etapas para chegar nele são totalmente diferentes para cada obra. 

E sabemos que todos querem acreditar num número mágico de tantos R$ por m² e numa ideia pré-concebida de tempo para construir. Seria o mundo perfeito!! 

Mas isso simplesmente não existe. Não acredita? Então vou te dar apenas um motivo para que tudo mude.

Se tivermos a mesma exata casa, com o mesmo projeto, as mesmas equipes, os mesmos materiais, para construir em um terreno diferente, poderemos ter um orçamento e um cronograma completamente diferentes.  

Isso porque em um terreno podemos ter que executar contenções ou fundações profundas e no outro não. Isso muda tanto o tempo quanto o custo de execução, concorda?

Por isso, é fundamental iniciarmos pelo planejamento. 

Aqui na Nesta, utilizamos Ferramentas de Planejamento e Gestão baseadas na metodologia BIM – Building Information Modeling, que consiste em desenhar e modelar sua obra como se já a estivéssemos construindo, ainda nas fases iniciais de projeto.

Essa metodologia permite atrelarmos ao projeto em 3D algumas interfaces a mais, como tempo (4D) e planejamento, levando seu projeto ao que chamamos de 5D. Isso facilita decisões de custo e prazo, quando ainda está em tempo de alterar definições que impactam no custo global da sua obra. 

Antes de começar

Você deve estar se perguntando, o que preciso saber para poder iniciar o planejamento da minha obra?

É comum para quem não é do ramo da construção achar que quando contrata o Projeto Arquitetônico, ali terá tudo o que precisa para construir, e esse é um dos enganos que pode custar maios caro em toda a sua obra. 

Por isso, antes mesmo de planejar, queremos que você entenda o que é preciso para que possamos organizar uma obra tranquila e sem sustos.

E para que você compreenda melhor todos os aspectos da sua construção, é muito importante que você saiba que o ciclo de vida de uma obra inicia muito antes da obra começar, e termina muito tempo depois dela ficar pronta. 

Na imagem abaixo, mostramos o ciclo de vida de uma construção, do pré ao pós obra.

Para que possamos planejar a sua obra, precisaremos ter em mãos: 

1- Projeto de Arquitetura (Concepção e Conceituação)
2- Estudo de Viabilidade Financeira
3- Projetos: 

  • Arquitetônico Executivo: interior e exterior – neste momento devemos saber todos os materiais a serem utilizados, qual a mão de obra especializada a ser empregada, ter em mãos os detalhamentos de projetos de forros, pisos, revestimentos, equipamentos, esquadrias, vidros, coberturas, eletrodomésticos, luminárias, pinturas, cercamento, calçadas, vegetações, entre outros. 
  • Estruturas: profundas, superficiais e aparentes
  • Instalações: elétricas, hidrossanitárias, gás, automação, aquecimento de água, climatização, drenagens, piscinas, entre outros.
  • Planejamento e cronograma: é baseado nas equipes necessárias, na disponibilidade de cada uma delas, no custo global da obra, e na obtenção das licenças e aprovações junto aos órgãos responsáveis

4 – Preparação do canteiro de obras: terraplanagem, tapumes, depósito, ligações de água e luz, verificação da necessidade de executar serviços preparatórios (cortinas e contenções, por exemplo). 

5- Então a obra pode iniciar 😉

Porque não pular etapas

Você deve estar se achando que isso é um exagero, não é mesmo?

Mas podemos te garantir que se, ao menos, levar em consideração essas demandas durante a fase de projeto, poderá economizar muito na sua obra.

Depois de mais de 14 anos executando obras, podemos te afirmar com muita certeza: se algumas destas decisões não tiver sido tomada antes da sua obra, ela custará de 20% a 50% mais caro se tomada durantes a obra, pois nesse momento você estará assumindo alguns destes riscos [ou todos]:

  • as equipes podem ter que parar
  • o custo dos materiais já subiu
  • algo que você planejou já não é mais possível ser executado
  • ou pode ser feito, mas gerará retrabalho e atrasos

Etapas do Planejamento

Agora sim, podemos começar a planejar a obra!

Para começar, montamos o que chamamos de EAP – Estrutura analítica de projeto. A EAP serve para criarmos pacotes de serviços, facilitando a organização da obra em blocos, a definição do escopo de cada equipe e a ordem de serviços. 

EAP Residência em LSF. Fonte: Autora

Após entendermos quais são as tarefas a executar, precisaremos estimar os prazos de cada serviço.

Para que isso funcione, é necessário entender:

1- Quem fará cada serviço
2- Quais os materiais utilizados
3- Os prazos de entrega de cada material e os prazos execução de cada serviço

Para melhor organizar essas informações, normalmente utilizamos gráficos, como este abaixo, bem conhecido de todos, o Gráfico de Gantt, que cruza tarefas com prazos: 

Fonte: office.com

No entanto, esta não é a melhor forma de planejar, pois assim não enxergamos o caminho crítico da sua obra. 

Mas o que isso significa?

Em um projeto, a maior parte das atividades possui relação de dependência umas com as outras. Isto é, quando a “atividade A” for concluída, a “atividade B” se inicia e, posteriormente, a “atividade C”, e assim por diante.

Acontece que, para executar sua obra, vários são os caminhos possíveis (sequência de atividades) até que o projeto seja executado em sua totalidade.

E o caminho crítico é aquele dito mais longo, ou seja, aquele cujas durações das atividades somadas equivalem ao prazo total do projeto.

Dessa forma, se alguma atividade do caminho crítico sofrer atraso, o projeto inteiro sofrerá consequências. Contudo, caso uma atividade de um caminho não-crítico atrasar, não há problema, pois entre elas há uma folga que pode absorver esse atraso.

Isso se deve ao fato que ele considera fatores importantes da execução dos serviços, como a interdependência de tarefas e o que é necessário fazer para que uma tarefa não atrase as outras.

A melhor forma de garantir uma execução tranquila são métodos mais completos, como o planejamento em linhas de balanço e também o acompanhamento e a gestão da obra por equipes especializadas, não apenas pela mão de obra, mas também por administrar sua obra.

Benefícios de uma obra bem planejada

Ao final do processo você contará com uma obra sem sustos, e ainda terá vários benefícios, entre eles:
  • Prazos mais curtos
  • Custos mais assertivos
  • Menor desperdício
  • Maior precisão no resultado
  • Previsibilidade dos desembolsos

Se quiser saber mais sobre nosso método de trabalho e como realizar obras extraordinárias, entre em contato! 

Simone Fraga é Arquiteta e Urbanista, Especialista em Construções Sustentáveis e pós graduanda em Coordenação e Gestão de Projetos em BIM, atua na área de projetos desde 2008.

Fontes: 

DE FILIPPI, G. A.; MELHADO, S. B. Um estudo sobre as causas de atrasos de obras de empreendimentos imobiliários na região Metropolitana de São Paulo. Ambiente Construído, Porto Alegre,v. 15, n. 3, p. 161-173, jul./set. 2015. ISSN 1678-8621 Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído. http://dx.doi.org/10.1590/s1678-86212015000300033 

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Arquitetura Sustentável

Construção saudável: a arquitetura e as pessoas

Construção saudável: a arquitetura e as pessoas

Recentemente um aluno do ensino médio me pediu para responder um questionário sobre a profissão de arquiteto e entre as perguntas estava: Qual a função do arquiteto? Isso me fez refletir e resumir em uma frase curta, não suficiente para explicar. Segundo o CAU – Conselho de Arquitetos e Urbanistas- as atribuições do arquiteto são: 

De acordo com a sua formação generalista, o arquiteto e urbanista está habilitado a atuar em diversas áreas concernentes ao planejamento e execução de edificações, paisagismo e urbanismo. A Lei nº. 12.378 estabelece genericamente 11 campos de atuação para arquitetos e urbanistas.

Mas o que me fez refletir depois dessa pergunta foi: Qual a verdadeira atribuição do arquiteto? Qual é a responsabilidade que ele carrega de entrega para a sociedade?

Bom, simplificada e tecnicamente falando, sua principal atribuição seria a Concepção e execução de projetos. Porém, gostaria de ir mais longe…

A atribuição do arquiteto não é simplesmente fazer um projeto ou construir uma edificação (essa palavra, vamos combinar, soa um tanto fria). Na minha humilde opinião, o que o arquiteto entrega são ambientes, espaços de viver que tem uma influência importante em nosso bem estar, em nossa rotina, na nossa vida.

Por que discutir isso é importante?

Estamos falando de uma geração que passa 90% do seu tempo entre 4 paredes em construções padronizadas. Mas onde tudo começou quando deixamos a natureza para trás? Enchemos nossas casas de coisas. Substituímos a luz natural pela artificial e construímos lugares de onde não queríamos mais sair.

Depois de um tempo, os cientistas descobriram que o ar que respiramos dentro de casa é cinco vezes mais poluído que o ar exterior e que a falta de luz natural pode prejudicar a aprendizagem das crianças e aumentar a tensão arterial.

Descobriram também que o quarto das crianças tem a maior concentração de substâncias tóxicas da casa e que viver em casas com humidade e bolor aumenta o risco de asma em 40%.

Muitas das doenças que sofremos são causadas por ambientes internos ruins e insalubres.

Por sorte, estamos vivendo um momento de reflexão forte sobre o modo de viver e usarmos os espaços, e o conceito da construção saudável tem sido apontado como tendência e ganhado espaço nos últimos anos no mercado da arquitetura sustentável.

A construção saudável

A construção saudável foca na saúde, no bem-estar e na qualidade de vida dos ocupantes, onde o principal foco são as pessoas e não a construção.

É uma tendência sem volta. Quando o ambiente construído prioriza as pessoas ele é capaz de proporcionar melhora no conforto e bem-estar e isso reflete na saúde dos seus usuários. Está comprovado o aumento de produtividade em escritórios, de aprendizado nas escolas e que este tipo de construção acelera a evasão dos leitos hospitalares. [Arquiteta Maíra Macedo, Gerente de Relações Institucionais e Governamentais do Greenbuilding Council Brasil]

O ”saudável” busca evitar que as edificações sejam causadoras de algum tipo de doença e, ao contrário, tornem-se razão de conforto, vitalidade e saúde plena.

No entanto, este não é um conceito novo, diversas culturas antigas e tradicionais utilizavam conhecimentos ancestrais, como o Feng Shui, radiestesia e a geobiologia, para a análise dos espaços e construção de edificações mais saudáveis.

Infelizmente, com o avanço da industrialização, as construções se tornaram mais padronizadas e a preocupação com saúde dos habitantes só diminuiu. Atualmente, este movimento já possui empresas trabalhando para tornar o conceito mais conhecido e com ações aplicáveis.

O HBC – Healthy Building Certificate é uma Organização internacional com sede nos Estados Unidos e operação no Brasil desde 2014 que tem como foco capacitar e orientar os profissionais para projetar, construir e manter ambientes, gerando espaços mais saudáveis e promotores de bem estar.

Construção saudável na prática

Separamos aqui 5 princípios básicos orientados pelo HBC para garantir projetos de interiores saudáveis:

1 – Qualidade do Ar Interno

Existem alguns compostos orgânicos voláteis considerados poluentes perigosos, sendo altamente tóxicos e cancerígenos. E quando os indivíduos são expostos a isso durante muito tempo, podem ter uma série de reações como problemas respiratórios.

Geralmente, esses poluentes estão presentes no acabamento dos espaços como pintura, verniz, revestimentos, carpetes e até mesmo nos móveis. Por isso, é necessário prestar atenção nesses detalhes, priorizando a ventilação natural, outro fator primordial para garantir o bem-estar.

2 – Iluminação Correta e Natural

Passamos mais de 90% do nosso tempo no interior de edificações, portanto melhorar a qualidade desses espaços é fundamental!

Mesmo a iluminação artificial mais forte não pode corresponder à luz do dia para nos manter saudáveis. Uma pesquisa científica provou as ligações entre a falta de luz do dia e uma variedade de problemas físicos e mentais. Na verdade, os especialistas estimam que 15% da população mundial sofre de diferentes níveis de TAS (Transtorno Afetivo Sazonal ou depressão de inverno), e essa tendência é maior com o aumento da latitude.

Existem também muitos outros problemas de saúde relacionados com a falta de luz natural adequada. Por exemplo, a deficiência de vitamina D, que tem sido associada a problemas como cansaço, fadiga e maior vulnerabilidade a doenças. Além disso, a luz artificial pode atrapalhar nosso relógio biológico, o que pode levar a problemas de concentração, pressão alta – e muito mais.

Basicamente, a quantidade e a qualidade da luz natural implicam no funcionamento das nossas glândulas, hormônios e até mesmo no estado de humor. Por isso, projetos que valorizam a iluminação natural são mais saudáveis.

3. Design Ativo

O Design Ativo está ligado a uma série de fatores dentro das construções que incentivam a atividade física. Nele, há uma integração da prática de exercícios físicos na rotina das pessoas como, por exemplo, subir escadas. E ao se tratar de projetos saudáveis, incluir o design ativo significa pensar na saúde dos ocupantes, melhorando seus hábitos e evitando o sedentarismo.

4. Proteção contra Radiações Nocivas

Talvez você não saiba, mas as radiações eletromagnéticas, principalmente, as advindas de antenas e aparelhos celulares são extremamente prejudiciais à nossa saúde. A exemplo disto, um estudo da Academia Russa de Ciências comprovou que quando estamos próximos a aparelhos celulares na hora de dormir, as fases do sono são alteradas, podendo atrapalhar o momento do sono reparador.

5. Materiais Atóxicos

Na hora de escolher os materiais para a construção é preciso garantir que eles serão atóxicos (na medida do possível). Uma forma de observar isso é descobrir se eles têm metais pesados em suas composições, caso sim, deixe-os de lado. Enquanto as tintas, vernizes, e outros, o ideal é que não contenham formaldeído e não liberem os COV’s (compostos orgânicos voláteis). Sabe aquele cheirinho de carro novo? É um exemplo de COV’s. Quando você evita tudo isso, além de proteger a sua saúde, também assegura o bem do meio ambiente.

Por isso, quando pensamos nas construções saudáveis, devemos considerar afastar – ao máximo – o excesso de campos eletromagnéticos que já foram considerados como sendo o ”cigarro do século XXI.”

Benefícios dos ambientes responsáveis

Mesmo sabendo que a construção saudável tem se tornado um assunto mais abordado, ainda é comum encontrar construções irregulares que ocasionam certos desconfortos nas pessoas, como é o caso de alguns dos problemas como rinite alérgica, dores de cabeça e mal-estar

Os benefícios de uma construção saudável são muitos:

  • Ambientes saudáveis para uma sociedade de bem estar
  • Diminuição de doenças provocadas pela edificação e síndrome do edifício enfermo
  • Aumento da percepção de valor do imóvel
  • Aumento da satisfação e qualidade de vida

Sabemos que toda essa informação pode ser preocupante, mas o bom de tudo isso é que você pode escolher como essa história termina…

Então, o que eu posso fazer?

Além de novas rotinas diárias, também é importante aproveitar as chances de fazer mudanças fundamentais no clima interno de sua casa. Para isso, procure profissionais que se preocupem com o bem estar e estejam bem informados sobre assuntos como construções saudáveis, biofilia e sustentabilidade para consultoria ou projeto.

Além disso, ações relativamente simples como as listadas abaixo, podem trazer resultados mais imediatos.

1 – VENTILE com mais de uma janela aberta

O conteúdo do ar interior inclui gases, partículas, resíduos biológicos e vapor de água, que são todos perigos potenciais para a saúde. É recomendável arejar a casa três a quatro vezes por dia, por pelo menos 10 minutos de cada vez, com mais de uma janela aberta. Além disso, areje o quarto antes de ir para a cama e ao acordar pela manhã.

Cuide da sua casa, limpe, decore, mas tenha sempre consciência que o que tem disponível de graça é o que mais importa, e o que mais precisamos. Então, agora, tire um minuto e abra as janelas, deixe o sol e o vento entrar.

2 – Siga a luz natural

Mova sua mesa de jantar ou escrivaninha para mais perto da janela. A luz artificial não consegue reproduzir as qualidades da luz solar, que é um antidepressivo natural. Ilumine sua casa e local de trabalho com o máximo de luz natural possível. Existem muitas evidências científicas que associam a luz do dia a melhor saúde e qualidade de vida, como melhora do humor, menos cansaço e menor fadiga ocular.

3 – Entre no ritmo

Nossos corpos só podem se sincronizar com o chamado ritmo de 24 horas “dormir, trabalhar, viver” por meio da exposição correta à luz e à escuridão. Se possível, oriente seus quartos – principalmente aqueles para adolescentes e adultos jovens, que têm um relógio biológico atrasado e muitas vezes têm dificuldade para se levantar pela manhã – na direção leste em direção ao sol da manhã. Além disso, certifique-se de que suas cortinas evitem a entrada de tanta luz quanto possível no quarto à noite.

4- Dê um passeio

A maioria dos cientistas concorda que ser exposto a duas horas de luz do dia por dia é um grande impulso para o nosso bem-estar mental. Saia quando tiver oportunidade e tente esticar as pernas regularmente.

Para te inspirar

Separamos algumas imagens para te inspirar por uma vida mais saudável através da arquitetura. “Carpe Diem”.

Smith Residence

A primeira casa ativa nos Estados Unidos, é uma casa tradicional construída com os padrões mais modernos

Fonte: Velux.com

Uma casa moderna que oferece um clima interior saudável e uma eficiência energética excepcional – ao mesmo tempo que se harmoniza com a sua vizinhança tradicional. Essa é a primeira casa ativa nos Estados Unidos. Casa da família Smith de St. Louis, Missouri, que acha sua casa extremamente confortável.

Fonte: velux.com

PRÉ-ESCOLA COM LUZ DO DIA E AR FRESCO

A reconstrução de duas salas de aula pré-escolar na Endrup School ofereceu uma oportunidade de criar ambientes internos saudáveis para as crianças e implementar novas tecnologias de eficiência energética. Ao fazer isso, a equipe de design também esperava criar um espaço melhor para aprender e ensinar – e para se conectar com a natureza.

Fonte: velux.com
CASA DO JARDIM DE VÊNUS, ÁUSTRIA

Esta casa foi construída em cima de uma casa de fazenda histórica. O resultado é uma casa ativa brilhante e não convencional.

Fonte: velux.com
Fonte: velux.com

Deise De Conto é Arquiteta e Urbanista, Especialista em Reabilitação Ambiental Sustentável, atua na área de projetos desde 2000.

 

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Arquitetura de Interiores

4 razões para contratar um projeto de arquitetura de interiores agora

4 razões para contratar um projeto de arquitetura de interiores agora

Se você acredita que Arquitetura de Interiores e Decoração são a mesma coisa, este post vai te ajudar a mudar seus conceitos. 

Entenda como a arquitetura de interiores define o uso dos espaços, interfere na funcionalidade e rotina da sua vida, e até pode ser responsável por melhoras em seu sono e em sua saúde.

Além disso, há algum tempo defendemos que a arquitetura é para todos e que, com a ajuda de um profissional, você sempre economiza na realização dos seus sonhos. 

Arquitetura v.s. decoração

Antes de começar, vamos entender um pouquinho sobre essas diferenças?

As atribuições do profissional de Arquitetura e do Decorador de interiores são bastante diferentes. Embora o arquiteto possa fazer tudo que o decorador faz, a profissão de Decorador não é regulamentada ou regida por Lei, e ainda há a profissão de Designer de Interiores, regulamentada no Brasil pela Lei 13.369 de 2016 que determina:

Art. 2º Designer de interiores e ambientes é o profissional que planeja e projeta espaços internos, visando ao conforto, à estética, à saúde e à segurança dos usuários, respeitadas as atribuições privativas de outras profissões regulamentadas em lei.

 

O Arquiteto tem atribuições mais amplas, que permitem um aprofundamento maior da atividade, podendo exercer reformas e intervenções na estrutura física do imóvel, sob sua responsabilidade técnica ou com o auxílio de outros profissionais da Engenharia.

Em resumo, o Arquiteto é o profissional mais completo para projetar os seus ambientes, no entanto, seu projeto pode ficar ainda mais completo com um time formado por mais profissionais, combinado? 

Há muitas vantagens em contratar um projeto de Arquitetura de interiores:

  1. Gera mais valor ao seu imóvel
  2. Melhor aproveitamento do espaço
  3. Aumento no conforto e no bem estar
  4. Ambientes mais práticos e funcionais
  5. Adequação dos espaços às suas necessidades
  6. Economia sem abrir mão da qualidade

Selecionamos os 4 principais motivos, para nós aqui da Nesta, para contratar um profissional de Arquitetura de Interiores o mais cedo possível e te ajudar a investir melhor em seu projeto e, consequentemente, em sua obra. 

Para ter um espaço extraordinário, acreditamos numa palavra chave: planejamento

Por isso te encorajamos não só a contratar um profissional, mas a fazer isso ainda na fase inicial do seu projeto, para que você possa usufruir de ainda mais qualidade no seu espaço, economizar tempo e dinheiro, e evitar muita dor de cabeça e desperdício de materiais. 

Essa premissa vale tanto para projetos de casas, como de apartamentos. A maioria das construtoras dispõe de um departamento de personalizações e, quanto antes o seu Arquiteto iniciar o processo de projeto, mais elementos podem ser ajustados e mais personalizado o seu espaço poderá ficar.

Além disso, elementos especiais como ilhas, banheiras, automação residencial, sistemas de aquecimento, ou outros quaisquer podem ser previstos e o seu espaço preparado para recebê-los, sem quebra-quebra depois que a obra estiver pronta. 

 

4 razões para contratar um projeto de arquitetura de interiores o mais cedo possível

1- O projeto de arquitetura de interiores interfere na resolução do uso de cada espaço

Quando pensamos no projeto de interior, muitos elementos do projeto de arquitetura precisam ter sido pensados antes. Quer um exemplo? O sistema de ar condicionado deverá ser posicionado de forma que o equipamento não interfira no uso do espaço. Em um dormitório, o vento direto em relação à posição da cama, pode ser incômodo e até causar problemas respiratórios nos moradores. Ou seja, na etapa de projeto arquitetônico, seu espaço tem muito a ganhar com o planejamento integrado do projeto de interior. Isso gera economia para a adequação de instalações ou outras intervenções que se fazem necessárias caso o projeto de interiores fique para depois. 

 

Suíte do menino. Projeto Autoral Nesta, 2021.

2- Grande parte do investimento da sua obra está no que vai dentro dela

Ou seja, você não irá habitar espaço compostos por apenas 4 paredes, janelas e portas. Seu ambiente é composto de pisos, revestimentos de paredes, forros, iluminação, instalações, tudo isso é executado durante a obra civil, mas faz parte da arquitetura de interiores. Se esta conexão entre as duas etapas não for corretamente afinada na fase de projeto, poderá resultar em ambientes pouco funcionais, ou mesmo inadequados para a finalidade para a qual foram pensados.

Espaço Gourmet. Projeto Autoral Nesta, 2020.

3- Todas as instalações que passam pelas paredes precisam ser compatíveis com o seu projeto de interiores

Quando sua obra foi ou será construída, se não houver um projeto de interiores atrelado a ela, os pontos hidráulicos, sanitários, de gás, elétricos, de automação, entre outros, poderão precisar ser adequados para que sejam compatíveis com a disposição desejada de móveis, eletrodomésticos e iluminação. Com isso, alguns ajustes podem gerar um segundo gasto totalmente desnecessário caso tivessem sido pensados de forma antecipada

Muitas vezes a tão desejada ilha, pode ficar só nos sonhos…

Living. Projeto Autoral Nesta, 2021.

4- Saúde e Sustentabilidade

Se você tiver a assessoria de um Arquiteto de Interiores desde o início de seu projeto, as estratégias de sustentabilidade podem ser conectadas ao seu projeto de interior. Um exemplo é a economia de energia: se o seu projeto de iluminação levar em consideração a luz natural, estratégias de automação, combinados aos horários de uso de casa espaço, você pode ter uma grande economia de energia. E isso é apenas um exemplo, há muitas possibilidades. 

Além disso, os materiais utilizados em sua obra, desde tintas, colas, adesivos, pisos e outros podem ser mais saudáveis se forem corretamente selecionados, de preferência, se forem livres de COVs (Compostos Orgânicos Voláteis).

É possível aumentar o conforto e melhorar muito a experiência de viver no seu espaço extraordinário com essas estratégias. 

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Simone Fraga é Arquiteta e Urbanista, Especialista em Construções Sustentáveis e pós graduanda em Coordenação e Gestão de Projetos em BIM, atua na área de projetos desde 2008.

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Arquitetura de Interiores

Saiba tudo sobre gesso acartonado

Saiba tudo sobre gesso acartonado

Quando falamos em construções de secas em light steel frame, é inevitável lembrarmos de gesso acartonado. Este material, depois de muita história, ganhou espaço no mercado e hoje se apresenta como uma solução prática, para uma obra limpa e com ótimo custo-benefício.

Nas obras de light steel frame, ele é utilizado no emplacamento das paredes internas e apresenta alta resistência em composição com as placas de OSB, com resultado estético superior ao reboco. 

As paredes ficam retas (sim, isso é uma característica importante de ser mencionada, já que na construção de alvenaria é pouco comum) e lisas e a textura do gesso traz uma sensação de aconchego e conforto.

  1. PERFIL METÁLICO ESTRUTURAL COM ZINCAGEM DE ALTA RESISTÊNCIA
  2. ISOLANTE TÉRMICO E ACÚSTICO
  3. OSB
  4. MEMBRANA HIDRÓFUGA
  5. PLACA CIMENTÍCIA 10mm
  6. GESSO ACARTONADO
  7. ACABAMENTO

O que é Drywall?

Segundo a Associação Brasileira do Drywall, que é referência de conhecimento técnico, padrões de qualidade e desempenho, o Drywall combina estruturas de aço galvanizado com chapas de gesso de alta resistência mecânica e acústica, produzidas com rigoroso padrão de qualidade

Construção sustentável 5 razões para usar drywall na sua obra

Fonte: decorfácil

História do Drywall

O Drywall teve origem depois de dois grandes incêndios nas cidades de Chicago e Nova York, em 1871 e 1890. As construções eram de madeira, material altamente inflamável, o que tornou o evento devastador deixando muitos mortos e milhares de desabrigados.

Esses acontecimentos trouxeram a necessidade urgente de se pensar em materiais de construção. É nesse contexto que surge o drywall, material que viria a revolucionar a construção civil por ser tratar de um sistema de construção a seco, que não utiliza (ou utiliza em quantidades mínimas) água.

Fonte: vivadecora

A origem do Drywall é datada de 1888, em Rochester, Kent, Reino Unido, porém foi patenteado em 1894 nos Estados Unidos, pelo empresário americano Augustine Sackett, que registrou as chamadas placas Sackett, formadas por 4 camadas de gesso molhado dentro de quatro folhas de papel, lã e camurça.

Posteriormente, em 1910, surge então o “Gypsum Board” (Placa de Gesso) fabricado pela empresa Gypsum, que possuía bordas encapadas e substituía as duas camadas de papel camurça anteriores pelo suporte do papel acartonado e o gesso molhado pelo seco, ficando conhecido como “chapa drywall” ou “chapa parede seca”.

Drywall no Brasil

O sistema drywall chegou ao Brasil em 1970, por iniciativa do médico Roberto de Campos Guimarães, que fundou em Petrolina, PE, a Gypsum do Nordeste. A partir dos anos 90 se instalam no país grandes fabricantes mundiais com sede na Europa como BPB Placo, Knauf e Lafarge Gypsum.

Hoje, as principais reservas no Brasil encontram-se nas regiões Norte (Pará), Centro Oeste e Nordeste, sendo esta última a maior jazida brasileira na Chapada do Araripe, responsável por 85% da produção nacional, entre os Estados de Pernambuco e Ceará. 

Tipos de gesso

Atualmente, existem quatro tipos de gesso bastante encontrados no mercado: acartonado, em pó, placas e blocos. O gesso acartonado é um dos tipos mais requisitados na construção civil. 

 
 
Gesso acartonado
 
Para o acartonado, existem 3 tipos que, no Brasil, são diferenciadas por cores e indicadas para os diferentes usos, com produto apropriado para áreas úmidas ou com necessidade de maior resistência ao fogo, por exemplo.
 
 

(Fonte: decorfacil)

 
  • Verde (RU): possui silicone e aditivos fungicidas misturados ao gesso, pois assim se torna mais adequado para a aplicação em áreas úmidas como banheiro, cozinha e lavanderia.
  • Rosa (RF): resiste mais ao fogo por causa da presença de fibra de vidro na fórmula. Por isso, é indicado ao redor de lareiras e na bancada do cooktop.
  • Branco (ST): é a variedade mais básica (Standard), amplamente empregada em forros e paredes de ambientes secos. 
Vantagens
  • Precisão orçamentária – A quantidade de placas, parafusos, perfis e isolamento, pode ser levantada e orçada com precisão. 
  • Alto rendimento e produtividade – Dois instaladores são capazes de produzir cerca de 30m² de drywall em apenas um dia. Em duas horas a parede está pronta para receber o acabamento. 
  • Isolamento térmico e acústico – Graças ao preenchimento interno com gesso, o drywall isola naturalmente mais do que a alvenaria. Porém é possível aumentar a eficiência utilizando materiais isolantes como a lã de pet ou de rocha.

 

Fonte: acervo. Isolamento com lã de pet

 
  • Versatilidade – Mudar um projeto do meio da obra ou fazer uma reforma é bem mais fácil com drywall. Diferente da alvenaria, a mudança é realizada de modo rápido, econômico, sem gerar entulho e reciclando boa parte dos materiais.
  • Praticidade e rapidez – A instalação do gesso acartonado é rápida, prática, não gera desperdício e quase não produz sujeira ou resíduos.
  • Leveza – o gesso acartonado é um material muito leve, o que o torna ideal para quem deseja reduzir o peso estrutural das fundações.
  • Instalações embutidas  as instalações podem ser feitas com as paredes abertas, sem necessidade de quebrar as paredes para abrir as canaletas.

 

Fonte: acervo. Instalações elétricas e hidráulicas nas paredes de steel frame antes de receber o emplacamento com gesso acartonado 

 

  • Acabamentos e revestimentos – As paredes de gesso acartonado podem receber qualquer tipo de revestimento, como madeira, cerâmica, papel de parede, pintura, entre outros. 

Fonte: acervo. Lavabo com paredes de gesso acartonado revestidas com cerâmica e papel de parede.

  • Pouco consumo de água – o sistema é caracterizado como “construção seca”, que significa que, por utilizar placas e estruturas metálicas em sua instalação, o gasto com água é muito pequeno. 
O gesso acartonado e a sustentabilidade

Essa bandeira a gente levanta e tem grande relevância para nossos projetos e obras, e está presente em todas as escolhas que fazemos. (Leia até o final para ver o uso desse material em nossas obras!)A sustentabilidade do gesso se apresenta na possibilidade de reciclagem e no correto descarte dos resíduos. 

No entanto, há necessidade de realizar a gestão destes resíduos assim como de muitos outros materiais empregados no canteiro de obra. buscando acompanhar as exigências da legislação ambiental brasileira, redução dos custos de produção, de destinação de resíduos e, o mais importante, o menor uso de recursos ambientais.

 

Os resíduos de gesso são constituídos basicamente sulfato de cálcio di-hidratado (CaSO3.2H2O) mais aditivos incorporados durante seu processo produtivo. A deposição em aterros sanitários comuns não é recomendada, portanto, as possibilidades de minimizar o impacto ambiental ocasionado pelos resíduos de gesso são a redução, a reutilização e a reciclagem do material.

Conforme a Associação Brasileira do Drywall, o sistema é sustentável nas quatro dimensões que definem esse conceito:

  • Drywall é ambientalmente adequado: consome relativamente pouca energia para sua fabricação e na montagem gera menos resíduos totalmente recicláveis;
  • Drywall é socialmente justo: a tecnologia drywall valoriza a mão de obra envolvida em todas as fases de sua utilização, notadamente na sua montagem, elevando o padrão de renda dos profissionais envolvidos e reduzindo seu esforço físico em comparação com os métodos construtivos tradicionais;
  • Drywall é economicamente viável: as principais qualidades do drywall – leveza, rapidez de execução, precisão dimensional e geométrica e geração de resíduos mínima – proporcionam economias em todas as etapas das obras;
  • Drywall é culturalmente aceitável: drywall representa um avanço na forma de construir, pois sua execução é mais racional e inteligente e permite projetos com maior liberdade de criação.
Drywall v.s. outros sistemas

Ainda segundo a ABD, a tecnologia drywall, causa baixíssimo impacto no meio ambiente, em comparação com os sistemas construtivos tradicionais, notadamente a alvenaria. 

Em primeiro lugar, gera uma quantidade de entulho muito menor, de cerca de 5% de seu peso (contra 30% da alvenaria convencional), o que facilita sua coleta e seu transporte. Além disso, seus resíduos, notadamente os restos de chapas e de perfis estruturais de aço, podem ser totalmente reciclados.

Os restos de perfis de aço galvanizado já têm soluções de reciclagem consagradas no mercado, a exemplo do que ocorre com a maioria dos metais, que podem ser facilmente reaproveitados pela indústria metalúrgica. Por outro lado, no caso específico das chapas para drywall, que são produzidas à base de gesso, podem ser reaproveitadas em três frentes: indústria de cimento, agricultura e o próprio setor de transformação de gesso.

Fazendo a sua parte

As informações de como realizar a gestão de resíduos do gesso podem ser encontradas no manual técnico de “Resíduos de Gesso na Construção Civil – Coleta, armazenagem e reciclagem” disponibilizado para download pela Associação Brasileira do Drywall. 

Buscar por materiais alternativos, mas tecnológicos, responsáveis com o meio ambiente e que possibilitem construções mais racionais e industrializadas são responsabilidade dos profissionais da construção civil, mas a demanda também pode surgir do cliente. Nossa dica para você que nos segue é: mantenha-se informado e seja curioso com relação às possibilidades de construir diferente e melhor.

Confira abaixo alguns resultados do gesso acartonado em nossas obras!


 

Deise De Conto é Arquiteta e Urbanista, Especialista em Reabilitação Ambiental Sustentável, atua na área de projetos desde 2000.

 

Fontes de pesquisa: Vivadecora | Wikipédia | Evento Anap | Drywall | Decorfácil | Drywall

SANTOS, Alex Ferreira dos. A história e origem do drywall: Drywall no mundo e no Brasil. 2018. Disponível em: <https://brasildrywall.blogspot.com>. Consultado em 15 de agosto de 2021

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Arquitetura de Interiores

7 tendências na arquitetura pós pandemia

7 tendências na arquitetura pós pandemia

Há alguns anos estamos percebendo uma mudança no uso dos espaços e na configuração das casas. Nas últimas décadas, o conceito aberto foi tendência na arquitetura de interiores, com espaços integrados voltados para a convivência e socialização

Porém, a pandemia mudou a rotina e, consequentemente, o uso dos espaços. A integração passou a não fazer mais sentido quando as pessoas precisam de privacidade para trabalhar e as crianças para terem aulas on-line. O hall de entrada passou a ser mais valorizado, deixando de ser um espaço apenas decorativo e de transição para se tornar uma área de descontaminação e higienização.

Neste post, vamos conversar com você sobre as principais tendências na arquitetura pós pandemia, atualizar seus conceitos para a compra ou locação do seu próximo imóvel, para a construção ou reforma da sua casa, ou mesmo para decidir sobre as próximas compras para a sua casa, ajudando no consumo consciente nesse nosso novo mundo. 

Compras on-line

Não é a toa que, durante os primeiros meses de quarentena, as compras on-line de produtos para cama, mesa e banho, aumentaram 165,9% e, de iluminação para paredes e tetos, 52% (Fonte). 

No caso dos produtos destinados à decoração, um estudo aponta crescimento de 28% para vendas on-line. Com a permanência constante dentro de casa, houve um movimento para adaptar o lar às necessidades e deixá-lo mais bonito e confortável. Isso acarretou um aumento de 188% nas vendas de itens para a sala de jantar, bem como 161% em prateleiras e 59% em mesas de cabeceira (Fonte).

Tendências

É fato que muita coisa está mudando definitivamente, e estudos apontam algumas tendências para as próximas décadas que irão transformar a arquitetura e configurar o “Novo Morar”. Convidamos você a refletir sobre tudo que está por vir e a conhecer algumas dessas mudanças que irão impactar na arquitetura e na vida:

Home Office

Segundo a revista The Economist, os humanos querem se socializar novamente no pós pandemia, mas o trabalho remoto basicamente permanecerá o mesmo. Vamos continuar a trabalhar online a partir de nossas casas cada vez mais adaptadas e com reuniões em lugares diferentes todos os meses para socializar e conectar. 

O espaço para trabalhar terá cadeira cativa no layout da casa, por isso espaços físicos mais privativos, cadeiras com melhor ergonomia, iluminação adequada e, claro, um background atrativo para as chamadas de vídeo, terão mais importância no projeto.

Fonte – Pinterest
Automação 

As casas irão se tornar mais tecnológicas e adaptadas ao trabalho diário. A automação residencial está em expansão e soluções inovadoras vão se tornar mais frequentes como a interconexão entre diferentes dispositivos por meio da Internet das Coisas (IoT).

Fonte – Vipdoor
Privacidade

As plantas das casas estão mudando, a compartimentação dos espaços tende a aumentar e ambientes como escritório, varandas e hall de entrada entrarão no programa de necessidades básico. Porém, é possível criar soluções flexíveis com divisórias móveis que permitem a integração ou não dos ambientes. 

Os arquitetos, ao projetar, passam a considerar as atividades e não o nome do ambiente, por exemplo estudar, trabalhar, descansar, dormir em vez de escritório, sala de estar e quarto. 

De acordo com uma pesquisa realizada pela Zillow and The Harris Poll, 27% dos entrevistados disseram considerar se mudar para uma casa com mais cômodos. Sendo o principal motivo: o fato de ter passado mais tempo em casa durante a pandemia.

Bem estar e cuidados com a saúde

Estando mais em casa, as pessoas precisarão de alguns minutos no dia para relaxar, se exercitar e cuidar da saúde. Por isso, salas de ginástica e meditação serão comuns. 

“Buscaremos nos acalmar das formas mais alternativas possíveis. Portanto, teremos que reservar um espaço para ser o nosso santuário. Onde poderemos encontrar o silêncio. O banheiro pode ser o nosso spa, com acabamentos mais escuros, para deixarmos a mente acalmar. Teremos menos objetos, acumularemos menos, porém, os objetos que acumularmos terão um valor maior.” – Lili Tedde, trend forecaster

Fonte – Casa Vogue
Áreas abertas

Além das salas de lazer e descompressão, espaços abertos serão necessários para aquele momento de contato com a natureza

A integração entre área interna e externa da residência é outra tendência que ganhou ainda mais força durante a pandemia. A conexão entre os dois espaços aumenta a amplitude do ambiente como um todo, além de possibilitar maior contato com o exterior da casa e com a natureza.

“Vai mudar a relação da casa com o jardim. Os ambientes terão mais iluminação natural e serão mais ventilados. A combinação reduz o uso do ar-condicionado e melhora da qualidade do ar: bom para a saúde! Os ambientes serão mais integrados com a área externa. E o jardim ganha status de espaço para as família curtir. Com redário, fogo de chão e  pergolados.” – Catê Poli, paisagista

Plantas e hortas

A natureza também entra em casa e a presença de plantas e pequenas hortas dentro de casa complementa a decoração e o paisagismo interno de destaca com jardins e hortas verticais.

Fonte – Casa Vogue

A urban jungle deixa de ser tendência e passa a ser realidade quando a presença das plantas dentro de casa determina a escolha dos móveis e as paredes ganham tons de verde e azul.

Texturas

A casa passa a ser sinônimo de refúgio e aconchego e os materiais mais naturais como algodão e linho ganham destaque. 

“Há tempos que nos nossos livros de tendências explicamos que quanto mais virtuais nos tornarmos, mais iremos buscar a experiência sensitiva. A textura, em forma de tecidos em alto relevo como jacquard, as fibras naturais, a cerâmica, todas com relevos nos trazem de volta à realidade e proporciona conforto. Já os revestimentos em áreas como banheiro e cozinha, terão que ser de fácil limpeza. Mas não descarto tapetes e tecidos com muita textura e que tragam o conforto de se sentir protegido e abraçado.” – Lili Tedde, trend forecaster

A vida, a rotina, a casa, as pessoas, tudo está mudando em um ritmo veloz. Estarmos atentos ao presente é necessário e saudável, porém ao mesmo tempo precisamos estar conectados com o que está por vir para nos adaptarmos aos poucos às novas e significativas mudanças. 

Estamos juntos nessa aventura, sempre em busca por espaços cada vez mais extraordinários.

Fontes de pesquisa: Vipdoor | Líder Interiores | Vobi | Casa Vogue | Jornal Opção | Casa Vogue

Deise De Conto é Arquiteta e Urbanista, Especialista em Reabilitação Ambiental Sustentável, atua na área de projetos desde 2000.

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Os 4 principais benefícios de construir em Light Steel Frame

Os 4 principais benefícios de construir em Light Steel Frame

Já imaginou executar sua casa em até 1/3 do tempo, ter uma obra tranquila e ainda ter um espaço extraordinário para morar, mais quentinho no inverno, eficiente e sem patologias como infiltrações e mofo, tão comuns em nossa região?

Então vem com a gente nesse post sobre os 4 principais benefícios de construir em Light Steel Frame que identificamos ao longo de nossa trajetória de mais de 10 anos desde que começamos a estudar e trazer esse sistema para a nossa querida Serra Gaúcha.

Sabemos que ainda há muito a melhorar na construção civil, mas alguns problemas vão além do simples fato de tornar uma obra melhor ou pior. O que nos surpreende desde os tempos da faculdade até hoje é que os problemas mais comuns às obras convencionais são considerados normais!

Por mais incrível que possa parecer, problemas das obras convencionais como os listados abaixo são considerados NORMAIS pela grande maioria das pessoas:

  • Obra artesanal: além de estarem sujeitas à grande margem de erro, ficam expostas à vulnerabilidade do conhecimento do pedreiro, do servente e de outros profissionais de mão de obra, alguns com pouca ou nenhuma especialização.
  • Desperdício: a alta geração de resíduos é decorrente da mão de obra pouco especializada e também da falta de padronização dos materiais.
  • Materiais sem padronização: com exceção do concreto usinado, algumas estruturas pré-moldadas e do aço, os materiais empregados na construção civil convencional não são padronizados. Tijolos, blocos cerâmicos, telhas possuem grande variação de tamanho, resistência e qualidade.
  • Obra úmida: toda a construção é feita à base d’água, o que faz com que a obra seja úmida desde a construção, facilitando o aparecimento de patologias.
  • Prazo e orçamento incertos: ao orçar uma obra convencional, não é possível prever distorções no orçamento como alteração do preço de insumos ao longo do prazo da obra, desperdício, alterações introduzidas no projeto durante a execução, entre outras.

Nós já passamos pela experiência pessoal e também junto com alguns clientes que optaram por fazer uma obra convencional e podemos dizer que não é nada fácil! O stress que uma obra envolve, seja com a mão de obra, com os investimentos, com as decisões a serem tomadas ao longo do caminho e o resultado muitas vezes abaixo da expectativa geram muitos conflitos.

Em nossa opinião, praticamente nenhuma família está preparada para o fator EMOCIONAL que uma obra envolve.

Recentemente, os sistemas secos surgiram como uma alternativa viável em um momento de crise de sustentabilidade e custo na construção. No Brasil, já são utilizados há mais de 15 anos. O que diferencia o momento atual é que os sistemas secos foram incorporados ao nosso mercado e não são mais apenas meras inovações.

A norma que regulamenta o sistema já está em processo de consulta pública e isso traz muitas vantagens para o crescimento desta forma de construir no Brasil. A NBR 16970-1 – Light steel framing — Sistemas construtivos estruturados em perfis leves de aço conformados a frio, com fechamentos em chapas delgadas vem para colocar um fim ao fator inovação no sistema.

Apenas para termos ideia da importância desta norma, ela deve minimizar e até eliminar alguns empecilhos para o financiamento imobiliário de obras no sistema light steel frame.

Porque viramos Nesta

Iniciamos nossa trajetória em 2006, quando buscávamos fazer a melhor arquitetura possível, com o menor impacto ao meio ambiente. Em 2013, a partir do momento em que entendemos a redução do impacto ambiental e os benefícios proporcionados pelos sistemas à seco em relação às obras convencionais, resolvemos abraçar essa mudança e iniciamos a reformulação da nossa marca. Criamos então a Tuti Arquitetura + Verde, que agora evoluiu e se tornou a Nesta Espaços Extraordinários.

Relançamos nossa marca para entregar uma solução completa para obras residenciais e comerciais de pequenos e médio porte. Isso só foi possível pois desde então temos fornecedores para toda a cadeia da construção, desde o projeto estrutural, os complementares, materiais e insumos e mão de obra para execução.

Motivadas pela sustentabilidade, ainda em 2013, escolhemos o sistema Light Steel Frame para dirigir uma fase da nossa empresa.

Hoje, com a Nesta, esperamos entregar obras extraordinárias nesse sistema que é líder em diversos países na construção de residências, lojas e edifícios de até 4 pavimentos.

E agora, é claro, os 4 principais benefícios de construir nesse sistema:

  1. Emprega mão de obra especializada: reduzindo distorções de projeto, desperdícios e aumenta a certeza de resultado e custos.
  2. Sua produção é industrializada: isso reduz de forma drástica a produção de resíduos. Além disso, reduz a margem de erros no canteiro. A padronização de materiais, como placas cimentícias e de gesso, permite uma paginação regular dos materiais, impactando do resultado estético e financeiro da obra, pois reduz o desperdício.
  3. A obra é seca: o baixo emprego da água faz com que a obra tenha muito menos patologias e ainda seja mais confortável e seca no inverno.
  4. O orçamento e o prazo são mais precisos: com a industrialização, o preço dos componentes do sistema é exato e o prazo de execução tem mais controle e precisão.

O Light Steel Frame se tornou um “produto de linha” em nosso escritório em 2013, quando passamos a contar com 

  • Projeto de arquitetura especializado para o sistema
  • Fornecedor do projeto de engenharia + cálculo estrutural + aço
  • Fornecedores de materiais para a obra a seco como um todo (emplacamentos industrializados, sistemas de fixação, tratamentos de juntas, etc.)
  • Mão de obra treinada e supervisionada pela fábrica

Isso sempre foi uma preocupação para nós, porque sustentabilidade também tem a ver com a cadeia de produção de um bem e com a segurança com que ele pode ser oferecido.

Em 2021, a Nesta veio com ainda mais inovações para entregar obras de maior qualidade e precisão:

  • Criamos nosso método de projetos DEFINIÇÃO >> DESENHO >> ENTREGA que garante alta resolução do projeto desde o início para validar o Estudo de Viabilidade Financeira antes de qualquer aprovação legal ou contratação de serviços
  • Adotamos a filosofia BIM de projetos, que consiste num processo colaborativo que resulta em uma modelagem de projetos voltados para previsibilidade e exatidão na execução
  • Estamos em constante busca por soluções a seco de materiais e sistemas construtivos para cada dia entregar um maior número de opções e obras ainda melhores.

Os benefícios que vemos em fazer obras melhores vão além do que se pode enxergar.

Pensamos que cada detalhe faz a diferença, não apenas para nós, mas para você e para o nosso planeta.

Desde a nossa primeira obra, em 2013, realizamos vários projetos de clientes que compraram a ideia de morar de forma mais sustentável apostando num sistema que é amplamente empregado em países como Estados Unidos, Canadá, Chile e Alemanha. Já são quase 50 obras executadas, que nos orgulham muito das escolhas que fizemos desde 2010, quando começamos a sonhar com este modelo de negócio inovador para a construção e para as pessoas.

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Simone Fraga é Arquiteta e Urbanista, Especialista em Construções Sustentáveis e pós graduanda em Coordenação e Gestão de Projetos em BIM, atua na área de projetos desde 2008.

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Vidros duplos ou simples? Como escolher os vidros para sua casa

Vidros duplos ou simples? Como escolher os vidros para sua casa

Cada dia ocupando um espaço maior e de mais destaque nas construções, os vidros podem ser soluções arquitetônicas incríveis ou grandes vilões de uma edificação.

E como aqui na Nesta falamos muito dos conceitos de sustentabilidade, eficiência energética, isolamento térmico e acústico e saúde nas construções, não poderíamos deixar de fazer um guia para você escolher com segurança esse item tão importante da sua obra.

Antes mesmo de começar, precisamos te explicar que as esquadrias e os vidros fazem parte da curva ABC do orçamento das construções, ou seja, estão entre os itens que representam o maior custo da obra

A curva ABC é um método de classificação de informações para que se separem os itens de maior importância ou impacto, os quais são normalmente em menor número ou quantidade, mas representam os maiores valores ou importância. Também pode ser relacionada com a lei de Pareto ou Lei dos 80/20, em resumo, são os itens que representam 20% da sua obra, mas que custam 80% do valor investido. 

Neste post você vai entender: 

  • Como escolher o melhor vidro para sua obra;
  • Quais os custos e benefícios decorrentes das escolhas feitas durante o seu projeto de arquitetura;
  • Quais as melhores estratégias de conforto em relação aos vidros;
  • Como obter grandes vãos sem grandes custos.

 

Vidro é assunto sério!

No Brasil, os vidros devem ser especificados de acordo com a Norma NBR 7199 – Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações. 

Isso significa que você deve sempre pedir orientação ao responsável técnico pelo seu projeto para que especifique corretamente seus vidros, em especial, de acordo com o uso, para que atendam ao desempenho e à segurança esperados.

A Norma Brasileira tem força de lei, portanto, isso gera garantias sobre os vidros da sua obra, desde que os vidros sejam aplicados conforme a norma.

Instalações com normas específicas: 

  • Boxes de banheiro: NBR 14207
  • Sistemas de envidraçamento de sacadas: NBR 16259

Conhecendo um pouco os vidros disponíveis

 

Por ser um assunto extenso e super especializado, falaremos aqui apenas dos principais tipos de vidros utilizados na construção civil, mais especificamente em construções residenciais.

 

1. Vidro float ou comum

É o vidro mais comum. Um vidro plano transparente, incolor ou colorido, com espessura uniforme e massa homogênea. É o vidro ideal para aplicações que exijam perfeita visibilidade, pois não apresenta distorção óptica, e possui alta transmissão de luz. É a matéria-prima para processamento de todos os demais vidros planos. 

Pode ser: laminado, temperado, curvo, serigrafado e usado em duplo envidraçamento. Utilizado na indústria automobilística, eletrodomésticos, construção civil, móveis e decoração.

 

2. Vidro impresso

 

O vidro impresso é um vidro plano translúcido, incolor ou colorido, que recebe a impressão de um padrão (desenho) quando está saindo do forno. É utilizado para reduzir visibilidade e aumentar a privacidade em ambientes como banheiros, por exemplo. Exemplo: vidro mini boreal, muito utilizado em janelas de banheiros.

 

3. Vidro de segurança

 

É produzido a partir do vidro float, objetivando minimizar riscos em caso de acidentes e quebra acidental. Os vidros de segurança são definidos pela ABNT como sendo “aqueles que, quando fraturados, produzem fragmentos menos suscetíveis de causar ferimentos graves”. Podem ser: temperado e laminado.

 

3.1 Vidro temperado

O vidro temperado recebe um tratamento térmico (é aquecido e resfriado rapidamente) que o torna mais rígido e mais resistente à quebra. Em caso de quebra produz pontas e bordas menos cortantes, fragmentando-se em pequenos pedaços arredondados.

 

3.2 Vidro laminado

O vidro laminado é composto por duas chapas de vidro intercaladas por uma película plástica de grande resistência (PVB – Polivinil Butiral). O vidro laminado é o produto adequado para diversas aplicações, como coberturas, fachadas, sacadas, guarda-corpos, portas, janelas, divisórias, vitrines, pisos e outros, pois em caso de quebra, os cacos ficam presos na película de PVB, evitando ferimentos e mantendo a área fechada até que a substituição do vidro seja realizada.

3.3 Vidro laminado temperado

O vidro laminado temperado é resultante da composição, como o próprio nome diz, de chapas de vidro temperadas unidas pela película PVB compondo um vidro laminado. Ele é recomendado para áreas de cobertura, escadas, pisos, onde houver trânsito ou carga sobre o vidro, que além de mais resistente, também possui a mesma segurança do laminado em caso de quebra.

 

4. Vidro acústico

 

4.1 Vidro laminado acústico

 

É um vidro laminado com um PVB especial (acústico) e por isso funciona como um excelente isolante acústico. É um produto inovador que garante uma poderosa proteção contra ruídos.

 

4.2 Vidro duplo ou insulado

 

É o conjunto de dois vidros separados por uma camada de ar ou gás, conferindo redução na propagação de som, na entrada de calor e uma infinidade de combinações decorativas. Largamente utilizado na construção civil dos países europeus, o vidro duplo está presente no nosso dia a dia, como por exemplo, na porta dos freezers e refrigeradores (com a função de isolação térmica). 

O duplo envidraçamento pode ser composto por qualquer tipo de vidro, melhorando a performance térmica e acústica. Além disso, pode ser equipado com persianas internas, que dão ao conjunto um efeito estético diferenciado. Quando composto por pelo menos um vidro laminado, atende às mais exigentes especificações de projetos residenciais. 

 

5. Vidro Jumbo 

Normalmente, o tamanho de chapas padrão fabricado no Brasil é em torno de 2,4m x 3,21m. O vidro jumbo mais comumente aplicado por aqui é o de 6,00 m x 3,21m, podendo ser temperado e/ou laminado e passar por outros processos de beneficiamento, inclusive espelhação. A

s chapas têm 6, 8 ou 10mm de espessura, não menos que 6mm para não quebrar, mas podem chegar a 12mm e até 16mm para atender especificações de resistência a ventos e segurança. Para se ter uma ideia, uma chapa de 10 mm de vidro float pesa 500kg e, se passar por laminação, pode atingir uma tonelada.

 

Saiba mais sobre os vidros Jumbo

Um dos maiores desafios do vidro jumbo é a movimentação, pois ele necessita de transporte, manipulação e armazenagem diferenciados, dentro e fora da fábrica. Toda movimentação deve ser feita com equipamentos específicos, evitando qualquer interação manual no vidro, preservando a segurança dos trabalhadores. A armazenagem e as instalações devem ser apropriadas: altura do galpão, portas de acesso, mesas de corte, ponte rolante, estoque, etc.

Os custos com fretes e movimentação, a necessidade de equipamentos especiais para transporte e manipulação tornam o valor do produto até 50% mais caros que dos vidros convencionais, e em alguns casos acima disso(Fonte: adaptado de vidroimpresso.com.br)

 

Fonte: http://www.guiadovidro.com.br/noticia/o-vidro-jumbo-na-arquitetura-e-nas-construcoes-modernas

Como escolher seus vidros

Para saber a espessura correta de seus vidros, a fabricante Cebrace criou uma ferramenta para auxiliar na especificação. Para saber mais, clique aqui.

A Abravidro também criou um Guia de Aplicação de vidros na Construção Civil, confira! 

No que se refere ao seu projeto, continue lendo para conhecer nosso guia para conforto, melhores escolhas na arquitetura e grandes vãos. 

Conforto x Perdas 

Se você busca conforto térmico, há dois caminhos:

1. Vidros duplos ou insulados

Para regiões mais frias ou úmidas, é o vidro ideal. Nas regiões mais frias ou úmidas, o vidro duplo aumenta o conforto térmico e evita a condensação. 

DICA IMPORTANTE: o vidro não faz seu trabalho sozinho. Para que o fator conforto térmico seja atingido com eficiência, as esquadrias precisam ter boa vedação. Por essa razão, as esquadrias de PVC são as mais recomendadas por nós atualmente. Elas atingem isolamento superior em conjunto com vidros duplos, pois tem melhor vedação e estanqueidade que outros materiais, como a madeira e o alumínio, por exemplo

2. Vidros simples laminados ou vidros térmicos

Para regiões onde a questão é o calor, os vidros laminados e térmicos são sua melhor opção. 

Com o uso deste tipo de solução, você reduz a carga térmica dos seus ambientes, reduzindo a necessidade de utilizar o ar condicionado. 

Fique atento às perdas térmicas:

  • Vidros temperados não possuem qualquer barreira térmica, por isso não são recomendados para fins de isolamento de qualquer finalidade. 
  • A inversão térmica rápida, com grandes diferenças entre a temperatura interna e externa, pode gerar condensação nos vidros simples (sejam eles laminados, temperados ou float), pois a troca térmica entre interior e exterior é direta, porque o vidro é um material fino e de baixa resistência térmica. 

Além disso, o vidro laminado possui outros benefícios, como a redução da entrada de ruídos externos (quando comparado aos vidros comuns) e a proteção contra os raios UV (Ultravioleta), pois o PVB (película que fica entre os vidros) barra 99,6% dos raios solares UV (Ultravioleta), protegendo as pessoas dos danos causados por esse tipo de raio. Isso também evita o desbotamento e envelhecimento dos móveis, cortinas, tapetes e outros objetos.

 

Se você busca conforto acústico, o vidro laminado é uma ótima opção. Mais uma vez, o fator vedação e estanqueidade das esquadrias são essenciais para um bom desempenho. 

Se você busca desempenho térmico e acústico, sua melhor opção é o vidro duplo ou insulado, sendo que você terá desempenho térmico superior com câmaras de ar maiores e acústica com vidros de diferentes espessuras.  

Arquitetura: Custos e benefícios

Tenha sempre em mente que o projeto de arquitetura define a escolha dos vidros para sua casa, por isso é importante conhecer os estilos arquitetônicos e algumas das premissas que vem junto com eles.

Vamos lá?

Casas contemporâneas:

Marcadas por grandes volumes geométricos, estas casas pedem aberturas maiores, mais envidraçamento e grandes vãos de vidro. Para essas obras, é importante observar limitações de chapas de vidros que, de forma geral, vão até 2,40 x 3,20m, evitando o uso das chapas de vidro jumbo, que tornam os vidros até 2 vezes mais caros.

Casa Contemporânea. Projeto Autoral Nesta. Ano: 2020
Casas tradicionais, em estilo americano, rústico ou colonial 
Geralmente têm aberturas menores, portanto, vidros menores. Nesse tipo de projeto, os vidros custam menos. 
 

 

Casa em Estilo Americano. Projeto Autoral Nesta. Ano: 2020
Casas minimalistas 

Com grandes planos envidraçados do piso ao forro, geralmente suas esquadrias são folhas deslizantes com altura acima da média, entre 3,00 e 4,00 metros de altura. É preciso pensar não apenas nos vidros, mas nos sistemas de folhas móveis das suas esquadrias, especialmente se você busca vidros duplos ou insulados.

VOCÊ SABIA? Os sistemas móveis das esquadrias tem limitação de peso por folha móvel. Isso significa que você precisa ter mais folhas conforme o peso vai aumentando, ou seja, o valor da suas esquadrias aumenta por várias razões: tamanho dos vãos, peso dos vidros, número de folhas e quantidade de trilhos (no caso dos sistemas deslizantes). Isso pode tornar sua obra ainda mais cara, sendo que os vidros podem ser bastante significativos nesta conta.

E NÃO SE ESQUEÇA: como há menos paredes, os sistemas de climatização precisam, em geral, ficar no piso ou no forro, aumentando também o custo para manter o conforto térmico. 

Fonte: tuacasa.com.br

Grandes vãos

Se você não abre mão de grandes vãos envidraçados, peça ao seu arquiteto para considerar as limitações técnicas dos produtos especificados para vidros, esquadrias e orientação solar.

Grandes rasgos verticais podem ser divididos com travessas ou vigas para reduzir o tamanho dos vidros e distribuir melhor as cargas na estrutura.

Vidros duplos ou insulados devem ser especificados em conjunto com a esquadria, tendo o cuidado de alinhar especificações de espessuras de paredes e isolamento térmico e acústico. 

Simone Fraga é Arquiteta e Urbanista, Especialista em Construções Sustentáveis e pós graduanda em Coordenação e Gestão de Projetos em BIM, atua na área de projetos desde 2008.

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Calefação – entenda o que é, e como escolher o melhor sistema para sua casa

Calefação – entenda o que é, e como escolher o melhor sistema para sua casa

Em tempos de frio, falar de calefação é totalmente conveniente, porém não é por este motivo que resolvemos abordar o assunto.

Aqui na Nesta, desde que iniciamos um projeto, ou melhor, ainda antes, no briefing com o cliente, uma das perguntas que fazemos é sobre qual sistema ele quer usar.

Perguntinha fácil, resposta difícil. Existem muitas opções no mercado e você não precisa escolher só uma, sabia?

Antes de avançarmos, é importante esclarecer o significado de calefação: de forma simples, calefação residencial é o aquecimento de um local fechado de forma rápida e segura. O sistema pode ser central (instalado em um ponto fixo da residência) ou local (equipamento instalado em que aquece um ambiente específico).

Sistemas modernos

Atualmente há várias fontes de energia para serem utilizadas: sistemas elétricos, à lenha, solar, à pellet e à gás. Dentro destas opções, ainda temos uma variedade de equipamentos: lareira à lenha, lareira à pellet, lareira à álcool, radiador elétrico, radiador hidráulico, ar condicionado, piso aquecido elétrico, piso aquecido hidráulico, estufa a gás, estufa a óleo, estufa elétrica, fogo de chão… ops, brincadeirinha. 😛

Com todas essas opções, você saberia qual delas escolher? Provavelmente não… Mas é por isso que estamos aqui falando sobre este assunto.

Acredite, apesar de ser um assunto bastante técnico, a escolha do sistema de aquecimento de uma casa tem um viés bem pessoal. Tem pessoas que amam colocar aquela lenha na lareira, outros tem horror à sujeira que ela faz e não querem fazer aquela forcinha pra carregar toras de um lado para o outro.

Alguns não suportam o vento quente do ar condicionado e outros não abrem mão dele pois é versátil e aquece o ambiente rapidamente.

Por isso, quando conversamos com o cliente sobre este assunto a conversa normalmente se estende e, no caso dos mais indecisos, o projeto dá uma “travadinha” pois é preciso de tempo para conhecer as vantagens e desvantagens de todos os sistemas, conversar com fornecedores, visitar lojas e fazer orçamentos.

Vamos falar um pouco sobre cada um deles e como eles impactam no projeto e no orçamento:

Lareira à lenha

A mais conhecida e rústica, para quem gosta e tem tempo de cuidar do fogo. Este modelo tem ótimo rendimento, porém deve ser executado por profissionais experientes e seguir um projeto detalhado para que não tenha problemas de voltar fumaça no ambiente ou de perda de calor. É indicada para espaços abertos e integrados, mas nos cômodos mais distantes, pode não aquecer muito bem, precisando de um complemento.

Lareira à pellet

Considerada a opção mais sustentável, é alimentada com pellets, que é considerada uma fonte de energia renovável. É um combustível sólido em formato de granulado que é feito a partir de resíduos prensados de madeira proveniente de florestas renováveis. Promete eliminar a fumaça e a sujeira da lenha, sem perder o charme do fogo. 

Geralmente tem controles eletrônicos e pode ser automatizada – você programa um horário para ela ligar e “plin”! quando chega em casa ela está quentinha te esperando. Importante mencionar que ela possui uma chama de tamanho reduzido, comparada aos calefatores a lenha, mas nem por isso tem menos potência de aquecimento.

Lareira à álcool ou ecológica

Utiliza álcool etanol como combustível e não emite cheiro nem fumaça, por isso não necessita de chaminé. Sua instalação é simples, e pode ser usada tanto em área interna como externa. Por consumir oxigênio e emitir CO e CO2, é importante ter o ambiente minimamente ventilado. Seu rendimento é considerado razoável, mas deve ser dimensionada por empresas especializadas.

Radiador hidráulico

Modelo de calefação mais conhecido e utilizado, é um sistema de aquecimento central que utiliza dutos de água quente que circulam por toda casa até chegar em um radiador instalado no ambiente. A água é aquecida por um boiler ou caldeira que pode ser a gás (mais utilizado) ou outras fontes de energia, como solar e elétrica. É um sistema muito eficiente e confortável, porém o custo de instalação e manutenção é mais alto que outros sistemas.

Radiador elétrico

Ainda pouco conhecido na nossa região, é um modelo que apresenta ótimo rendimento, é discreto, elegante e com consumo parecido com o do ar condicionado. A vantagem é que não tem aquele ventinho circulando e é completamente silencioso. Ele pode ser pendurado na parede ou com rodízios para ter mobilidade. 

Como as lareiras à pellet, o radiador elétrico pode ser programado para ligar e desligar, e sua potência é dimensionada conforme o tamanho do ambiente. Da categoria dos aquecedores locais, é uma ótima opção para aquecer um ambiente menor com qualidade e conforto.

Imagem: Portal Energia

Ar condicionado

Também conhecido como Split, muito prático e de rápido aquecimento, é um sistema que, diferente de todos os outros, pode ser utilizado no inverno e no verão. O sistema tipo inverter quente e frio possui também grande eficiência energética. Para alguns, apresenta um pequeno inconveniente, que é o vento, o que pede uma avaliação cuidadosa na hora de escolher o melhor local para instalar. Para mais informações sobre consumo e especificidades do sistema, leia este texto!

Piso aquecido

É considerado o mais confortável pois distribui o calor uniformemente pelo ambiente através de serpentinas no piso. Pode ser hidráulico e elétrico, sendo que no primeiro sua energia vem de um sistema de caldeira muito similar à calefação com radiador hidráulico. Outra vantagem deste sistema é que o piso fica quentinho, proporcionando uma sensação muito agradável e como o calor irradia a partir do chão, passa por todo ambiente até chegar ao forro. A desvantagem deste tipo de sistema é a demora para aquecer ambientes maiores ou com pé direito duplo. 

Todas estas opções são válidas e eficientes. Cabe mesmo analisar qual ou quais delas atende melhor às demandas de cada cliente e de cada casa. Dependendo do projeto ou se é um apartamento por exemplo, algumas opções ficam mais restritas. 

Aqui na Nesta, procuramos combinar sistemas com eficiência energética e conforto. Por isso sempre analisamos a fonte de energia e o consumo esperado ao especificar esse conjunto de sistemas. E sempre que utilizamos sistemas elétricos, avaliamos junto com o cliente a possibilidade de gerar sua própria energia como estratégia de redução de consumo, ao longo de toda a vida útil da casa. 

Sistemas de calefação e o Steel Frame

Como trabalhamos com o sistema light steel frame, imagino que possam estar se perguntando se muda alguma coisa em relação às casas de alvenaria: absolutamente nada. Todos estes sistemas podem ser usados em casas de steel frame, com algumas peculiaridades na instalação.

Por exemplo, passar uma tubulação de calefação durante a obra é muito mais simples pois as paredes ficam abertas. No caso da lareira convencional, ela é revestida com tijolos refratários sobre uma placa cimentícia e, dentro na parede, é colocada lã de rocha. O piso aquecido é executado da mesma forma que nas obras convencionais, com aplicação sobre o contrapiso de concreto.

Enfim, tanto em casas de alvenaria quanto de steel, o que importa realmente é adequar o sistema às suas necessidades e isso deve ser feito na etapa inicial do projeto, a qual chamamos de definição. É nela que analisamos todas as questões relacionadas ao sistema de calefação e definimos qual será usado para que possamos prever as instalações no momento adequado à etapa da obra, sem precisar fazer arranjos depois.

Não esqueça: procure sempre a assessoria de um profissional especializado, tanto da arquitetura quanto de fornecedores específicos, e você não terá inconvenientes durante a obra e terá sua casa quentinha sempre que precisar.

 

Deise De Conto é Arquiteta e Urbanista, Especialista em Reabilitação Ambiental Sustentável, atua na área de projetos desde 2000.

 

Fontes de pesquisa: Central das Lareiras

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