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Casa inteligente: eu preciso de uma?

Casa inteligente: eu preciso de uma?

Estamos na era da internet das coisas, logo teremos a velocidade do 5G. Cada vez mais nossa casa tem a possibilidade de ser automatizada, se auto gerenciar e fazer atividades simples de forma remota.

Mas será que você e a sua casa precisam disso? Quais as vantagens, benefícios e razões para ter uma casa inteligente? Nessa matéria, você entenderá o que a automação residencial pode fazer por você e por que ter [ou não] na sua casa. 

Afinal, a escolha é SUA! 

Tipos de automação

Atualmente, você pode contar com dois tipos de solução para automatizar sua casa: 

Sem fio: utiliza sistemas modulares conectados a uma central wi-fi onde cada módulo controla um ou mais equipamentos, lâmpadas ou circuitos. A vantagem deste sistema é a possibilidade de ser implantado em obras existentes, praticamente sem nenhuma intervenção. 

Cabeada: utiliza uma central onde o sinal é distribuído a cada ponto por uma rede de cabos conectados a cada um dos equipamentos ou circuitos a automatizar. Esta tecnologia, em geral, tem maior estabilidade por não sofrer interferências ou instabilidades de sinal, no entanto, precisa ser pensada durante o seu projeto, sob o risco de inviabilidade de implantação. 

Se quiser saber mais sobre o comparativo entre esses dois sistemas, leia mais aqui

O QUE AUTOMATIZAR E PORQUE

Climatização

Sistemas de calefação, ar condicionado, piso radiante, lareiras eletrônicas, entre outros sistemas podem ser programados para ligar e desligar em horários específicos. Isso gera, além de conforto, economia de energia. 

Aquecimento da água

Se você utiliza sistemas de água com taque de acumulação, poderá ter um custo muito alto para que tenha água quente disponível a maior parte do tempo. A automação pode te dar conforto e economia permitindo que você aqueça a água somente em horários alternados. Em outras palavras, acione o aquecimento somente quando realmente necessário, economizando energia. 

Sensores 

Uma das formas mais simples de automação, os sensores de presença, chuva ou luminosidade nos permitem acionar equipamentos, luzes ou mesmo a irrigação através desta tecnologia.

Home Theather – Som e Imagem

Entretenimento e conforto andam juntos, e você já pode ter isso na palma da mão. Os sistemas de som nos permitem ter mais de uma área da casa compartilhando o equipamento de home theather para diferentes áreas de som, com tecnologia e qualidade. 

Iluminação

A iluminação é umas das categorias onde a automação é mais utilizada. O sistema nos permite criar cenários para chegada e saída de casa, férias, verão e inverno, a imaginação é o limite. 

Ligar e desligar luzes em horários específicos pode gerar muita economia de energia e ainda facilitar o dia a dia, afinal, quem nunca esqueceu uma lâmpada acesa ao sair de casa?  

Persianas e Cortinas

Além de controlar a luminosidade, as cortinas e persianas protegem nosso mobiliário e nossa privacidade. Com a automação, podemos controlar a incidência solar em nossas casas, reduzindo até mesmo a carga térmica produzida pelo sol e o uso do ar condicionado no verão. 

Irrigação

Os sistemas de irrigação atendidos pela automação residencial podem molhar a sua grama apenas quando não chove. São controlados por centrais climáticas e sensores de umidade, economizando água e garantindo o melhor cuidado com o seu jardim. 

Segurança

Se você busca segurança, a casa inteligente poderá controlar fechaduras magnéticas, câmeras de segurança e alarme. 

Seja fechando toda a casa, apagando as luzes e ligando o alarme na sua saída, registrando ou até mesmo avisando quando há acessos na sua fechadura eletrônica. 

Outras funções

Além de tudo que já falamos, você ainda poderá: 

  • Ligar/desligar eletrodomésticos de forma remota 
  • Utilizar Assistentes de Voz como o Google e a Alexa 
  • Controlar sua casa pelo smartphone

 

BENEFÍCIOS

 

Além da sustentabilidade obtida através da redução do consumo de água, energia e outros combustíveis, você pode gerar muito conforto e bem estar através da automação. 

Segurança e economia de energia são os pontos altos da automação em nossa opinião, e a tecnologia já não é mais vista somente como supérflua ou luxo. 

Deixamos aqui um vídeo do canal do colega Ralph Dias, da Planarq eu ilustra um pouco de tudo que foi falado aqui no texto para você entender e se inspirar. 

Acreditamos no poder das escolhas, na informação de qualidade e nas decisões assertivas – aquelas que levam sua casa a ser um espaço extraordinário.

As casas inteligentes já são uma realidade aplicada a muitos de nossos projetos e acreditamos que não são apenas luxo ou uma novidade para poucos. Temos certeza que, dentro das suas necessidades e desejo de investimento, não é necessário fazer todos os sistemas citados aqui. Afinal, a sua decisão é sempre a melhor, pois é a que atende você e sua família.

Nosso papel é trazer o que há de mais inovador e ajudá-lo a fazer a sua casa ser o mais sustentável possível. E concluímos que sim, a automação residencial é um recurso de sustentabilidade. 

Esperamos ter ajudado!

Quer nos ajudar também? Compartilha esse texto com quem está pensando em construir, curte nossas redes sociais e escreve para nós sobre quais temas vocês gostaria de saber mais. 

 

Simone Fraga é Arquiteta e Urbanista, Especialista em Construções Sustentáveis e pós graduanda em Coordenação e Gestão de Projetos em BIM, atua na área de projetos desde 2008.

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Reforma sustentável – o valor das edificações existentes

Reforma sustentável – o valor das edificações existentes

O tempo passa e, em cada período, a arquitetura apresenta características diferentes. As demandas dos moradores não são mais as mesmas. É preciso que a casa se adapte e se transforme.

Dentro da bandeira das construções sustentáveis e responsáveis, existe uma abordagem que não é muito reconhecida, porém que possui alta demanda e grande potencial: as reformas. É um ponto de vista diferente, que ganha força no movimento por construções que causem menos impacto. 

Ouso dizer que uma reforma pode ser mais sustentável do que uma obra nova, principalmente porque aproveita algo existente. Quando reformamos, “pulamos” uma boa parte do processo construtivo. É como se fossemos direto para a etapa dos acabamentos e instalações, porque tudo o que vem antes já está pronto. 

Isso por si só já economiza muitos recursos e evita todo o desperdício de materiais que envolve esta etapa em uma construção convencional (digo convencional, pois nos sistemas construtivos a seco o desperdício é bem menor). 

 
“Em um mundo onde o lixo é um problema grave, é urgente que a arquitetura se adapte.”

Nossa proposta

Dentro dos serviços que prestamos, a reforma tem ganhado espaço e é, de certa forma, uma queridinha. 🙂 Quem nunca assistiu os episódios de Irmãos a obra? É maravilhoso poder ver espaços antigos e que não atendem mais às necessidades da família se transformarem em espaços lindos, renovados e funcionais!

Porém nossa proposta vai além da reforma em si – avançamos, propondo reformas mais sustentáveis, que valorizam as características originais e as qualidades da edificação, com menor impacto e foco na saúde e bem estar do usuário.

O retrofit

Nesse caso, o Retrofit, é o que representa melhor essa abordagem. Porém, “o termo retrofit não deve ser confundido com restauração — que devolve o edifício ao seu estado original — nem com reforma — que não se compromete com as características originais do prédio. Modernização é a palavra que tem o significado conceitual mais próximo da técnica — já que, além de restaurar o edifício, o retrofit renova as estruturas com novos materiais e soluções.

Dentre as principais vantagens que o retrofit proporciona às obras de arquitetura, destaca-se o potencial sustentável — uma vez que a adequação torna a fachada mais eficiente e introduz sistemas hidráulicos, de eletricidade, iluminação e ventilação que atendem exigências ambientais.

Em suma, além de uma grande intervenção no edifício, o retrofit determina a forma como o prédio irá funcionar para reduzir gastos energéticos e custos com manutenções.” – AECWEB

Na prática

Vamos ver como isso funciona na prática? Listamos abaixo algumas iniciativas que adotamos para ter uma de reforma sustentável:

1 – Reaproveitar itens 

Antes de sair descartando tudo na caliça de coleta de resíduos, é importante fazer uma avaliação do que pode ser reaproveitado ou doado. Alguns materiais como torneiras, esquadrias e móveis, por exemplo, podem ser relocados ou doados. A prática de vender ou doar itens é muito sustentável. Ela permite que outras pessoas possam comprar produtos usados com valores acessíveis, evitando que eles virem lixo.

 
2 – Flexibilidade

Além das necessidades atuais da reforma, é importante pensar em como o espaço pode se adequar a novos usos que possam surgir. Principalmente nos projetos corporativos, é comum que as empresas contratem novos funcionários ou incorporem novos setores à estrutura e precisem adequar o espaço às novas demandas. 

Neste caso, divisórias que podem ser reposicionadas e plantas livres que permitam novas compartimentações são importantes de serem consideradas. Estruturas metálicas que são recicláveis também podem ser desmontadas e reaproveitadas, além de chegarem prontas para serem instaladas.

 
3 – Projeto executivo

Sabemos que qualquer reforma não está livre de surpresas e, mesmo que seja bem planejada, requer ajustes e adaptações. Porém, quando existe um projeto bem resolvido e pensado para ser executado, esses ajustes reduzem drasticamente. 

Uma equipe com qualidade técnica e que faça um levantamento detalhado e um projeto compatibilizado é item importante para a sustentabilidade da obra. 

4 – Eficiência energética

Renovar as instalações elétricas pode representar boa economia na nova conta: para isso, tenha projeto elétrico elaborado por um profissional capacitado. Substituir a iluminação por lâmpadas de led e dimensionar a necessidade de iluminação artificial, por exemplo, complementam e contribuem para um melhor desempenho energético.

 
5 – Valorização da iluminação e ventilação natural 

Foi-se o tempo em que os funcionários eram considerados quase parte do mobiliário. Hoje, a produtividade é sinônimo de bem-estar e é comprovado que proporcionar ambientes bem iluminados e ventilados aumenta a produtividade e reduz as chances de problemas de saúde e consequentemente se ausentar com frequência. 

 
6 – Biofilia e vegetação

Estar dentro dos ambientes significa se afastar da natureza, certo? Não mais. Conceitos como Biofilia e Urban Jungle estão cada vez mais presentes nos projetos de interiores. Trazer a natureza para dentro é mais que uma tendência, é uma necessidade que proporciona aconchego e bem estar.

 
7 – Torneiras e descargas ecológicas

A reforma é uma ótima oportunidade de optar por produtos que economizam recursos e, consequentemente, dinheiro. Torneiras com temporizador podem reduzir o consumo de água em até 80% se comparadas às torneiras de banheiro tradicionais. As descargas com duplo acionamento também reduzem o consumo de água quando apresentam litragem diferente para líquidos (3 litros) e sólidos (6 litros). 

Além destes itens, as empresas do ramo já apresentam outras soluções para diminuir o consumo tanto de água quanto de energia. A Deca, por exemplo criou o sistema Deca Comfort, que está presente em toda a linha de torneiras e misturadores Deca e proporciona economia de até 60% de água.

Já a cuba L. 737, com solução Plug&Play, é sinônimo de Reforma Fácil e foi desenvolvida para auxiliar as pessoas que desejam substituir a cuba de embutir oval (L.37) por uma de apoio, sem precisar fazer a troca ou quebrar a bancada, pois seu tamanho é capaz de cobrir o corte universal de tampos já existentes, além de auxiliar no aproveitamento da furação do tampo para a instalação dos metais. 

 

Existem diversas outras ações que podem ser adotadas para fazer da reforma uma obra sustentável. Valorizar o que já existe é uma virtude na construção civil e já temos muitos edifícios construídos no mundo, talvez seja a hora de parar de construir e começar a reformar. #ficaadica

 

Deise De Conto é Arquiteta e Urbanista, Especialista em Reabilitação Ambiental Sustentável, atua na área de projetos desde 2000.

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Calefação – entenda o que é, e como escolher o melhor sistema para sua casa

Calefação – entenda o que é, e como escolher o melhor sistema para sua casa

Em tempos de frio, falar de calefação é totalmente conveniente, porém não é por este motivo que resolvemos abordar o assunto.

Aqui na Nesta, desde que iniciamos um projeto, ou melhor, ainda antes, no briefing com o cliente, uma das perguntas que fazemos é sobre qual sistema ele quer usar.

Perguntinha fácil, resposta difícil. Existem muitas opções no mercado e você não precisa escolher só uma, sabia?

Antes de avançarmos, é importante esclarecer o significado de calefação: de forma simples, calefação residencial é o aquecimento de um local fechado de forma rápida e segura. O sistema pode ser central (instalado em um ponto fixo da residência) ou local (equipamento instalado em que aquece um ambiente específico).

Sistemas modernos

Atualmente há várias fontes de energia para serem utilizadas: sistemas elétricos, à lenha, solar, à pellet e à gás. Dentro destas opções, ainda temos uma variedade de equipamentos: lareira à lenha, lareira à pellet, lareira à álcool, radiador elétrico, radiador hidráulico, ar condicionado, piso aquecido elétrico, piso aquecido hidráulico, estufa a gás, estufa a óleo, estufa elétrica, fogo de chão… ops, brincadeirinha. 😛

Com todas essas opções, você saberia qual delas escolher? Provavelmente não… Mas é por isso que estamos aqui falando sobre este assunto.

Acredite, apesar de ser um assunto bastante técnico, a escolha do sistema de aquecimento de uma casa tem um viés bem pessoal. Tem pessoas que amam colocar aquela lenha na lareira, outros tem horror à sujeira que ela faz e não querem fazer aquela forcinha pra carregar toras de um lado para o outro.

Alguns não suportam o vento quente do ar condicionado e outros não abrem mão dele pois é versátil e aquece o ambiente rapidamente.

Por isso, quando conversamos com o cliente sobre este assunto a conversa normalmente se estende e, no caso dos mais indecisos, o projeto dá uma “travadinha” pois é preciso de tempo para conhecer as vantagens e desvantagens de todos os sistemas, conversar com fornecedores, visitar lojas e fazer orçamentos.

Vamos falar um pouco sobre cada um deles e como eles impactam no projeto e no orçamento:

Lareira à lenha

A mais conhecida e rústica, para quem gosta e tem tempo de cuidar do fogo. Este modelo tem ótimo rendimento, porém deve ser executado por profissionais experientes e seguir um projeto detalhado para que não tenha problemas de voltar fumaça no ambiente ou de perda de calor. É indicada para espaços abertos e integrados, mas nos cômodos mais distantes, pode não aquecer muito bem, precisando de um complemento.

Lareira à pellet

Considerada a opção mais sustentável, é alimentada com pellets, que é considerada uma fonte de energia renovável. É um combustível sólido em formato de granulado que é feito a partir de resíduos prensados de madeira proveniente de florestas renováveis. Promete eliminar a fumaça e a sujeira da lenha, sem perder o charme do fogo. 

Geralmente tem controles eletrônicos e pode ser automatizada – você programa um horário para ela ligar e “plin”! quando chega em casa ela está quentinha te esperando. Importante mencionar que ela possui uma chama de tamanho reduzido, comparada aos calefatores a lenha, mas nem por isso tem menos potência de aquecimento.

Lareira à álcool ou ecológica

Utiliza álcool etanol como combustível e não emite cheiro nem fumaça, por isso não necessita de chaminé. Sua instalação é simples, e pode ser usada tanto em área interna como externa. Por consumir oxigênio e emitir CO e CO2, é importante ter o ambiente minimamente ventilado. Seu rendimento é considerado razoável, mas deve ser dimensionada por empresas especializadas.

Radiador hidráulico

Modelo de calefação mais conhecido e utilizado, é um sistema de aquecimento central que utiliza dutos de água quente que circulam por toda casa até chegar em um radiador instalado no ambiente. A água é aquecida por um boiler ou caldeira que pode ser a gás (mais utilizado) ou outras fontes de energia, como solar e elétrica. É um sistema muito eficiente e confortável, porém o custo de instalação e manutenção é mais alto que outros sistemas.

Radiador elétrico

Ainda pouco conhecido na nossa região, é um modelo que apresenta ótimo rendimento, é discreto, elegante e com consumo parecido com o do ar condicionado. A vantagem é que não tem aquele ventinho circulando e é completamente silencioso. Ele pode ser pendurado na parede ou com rodízios para ter mobilidade. 

Como as lareiras à pellet, o radiador elétrico pode ser programado para ligar e desligar, e sua potência é dimensionada conforme o tamanho do ambiente. Da categoria dos aquecedores locais, é uma ótima opção para aquecer um ambiente menor com qualidade e conforto.

Imagem: Portal Energia

Ar condicionado

Também conhecido como Split, muito prático e de rápido aquecimento, é um sistema que, diferente de todos os outros, pode ser utilizado no inverno e no verão. O sistema tipo inverter quente e frio possui também grande eficiência energética. Para alguns, apresenta um pequeno inconveniente, que é o vento, o que pede uma avaliação cuidadosa na hora de escolher o melhor local para instalar. Para mais informações sobre consumo e especificidades do sistema, leia este texto!

Piso aquecido

É considerado o mais confortável pois distribui o calor uniformemente pelo ambiente através de serpentinas no piso. Pode ser hidráulico e elétrico, sendo que no primeiro sua energia vem de um sistema de caldeira muito similar à calefação com radiador hidráulico. Outra vantagem deste sistema é que o piso fica quentinho, proporcionando uma sensação muito agradável e como o calor irradia a partir do chão, passa por todo ambiente até chegar ao forro. A desvantagem deste tipo de sistema é a demora para aquecer ambientes maiores ou com pé direito duplo. 

Todas estas opções são válidas e eficientes. Cabe mesmo analisar qual ou quais delas atende melhor às demandas de cada cliente e de cada casa. Dependendo do projeto ou se é um apartamento por exemplo, algumas opções ficam mais restritas. 

Aqui na Nesta, procuramos combinar sistemas com eficiência energética e conforto. Por isso sempre analisamos a fonte de energia e o consumo esperado ao especificar esse conjunto de sistemas. E sempre que utilizamos sistemas elétricos, avaliamos junto com o cliente a possibilidade de gerar sua própria energia como estratégia de redução de consumo, ao longo de toda a vida útil da casa. 

Sistemas de calefação e o Steel Frame

Como trabalhamos com o sistema light steel frame, imagino que possam estar se perguntando se muda alguma coisa em relação às casas de alvenaria: absolutamente nada. Todos estes sistemas podem ser usados em casas de steel frame, com algumas peculiaridades na instalação.

Por exemplo, passar uma tubulação de calefação durante a obra é muito mais simples pois as paredes ficam abertas. No caso da lareira convencional, ela é revestida com tijolos refratários sobre uma placa cimentícia e, dentro na parede, é colocada lã de rocha. O piso aquecido é executado da mesma forma que nas obras convencionais, com aplicação sobre o contrapiso de concreto.

Enfim, tanto em casas de alvenaria quanto de steel, o que importa realmente é adequar o sistema às suas necessidades e isso deve ser feito na etapa inicial do projeto, a qual chamamos de definição. É nela que analisamos todas as questões relacionadas ao sistema de calefação e definimos qual será usado para que possamos prever as instalações no momento adequado à etapa da obra, sem precisar fazer arranjos depois.

Não esqueça: procure sempre a assessoria de um profissional especializado, tanto da arquitetura quanto de fornecedores específicos, e você não terá inconvenientes durante a obra e terá sua casa quentinha sempre que precisar.

 

Deise De Conto é Arquiteta e Urbanista, Especialista em Reabilitação Ambiental Sustentável, atua na área de projetos desde 2000.

 

Fontes de pesquisa: Central das Lareiras

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De quem é a responsabilidade sobre a obra? O Método Nesta para construir a casa dos seus sonhos

De quem é a responsabilidade sobre a obra? O Método Nesta para construir a casa dos seus sonhos

Quando o assunto é execução de obras, há muitas dúvidas e nebulosidade na forma que os profissionais e as empresas de construção atuam. Mas afinal, de quem é a responsabilidade pela obra?

Montamos aqui o Guia Definitivo para você fazer a sua obra de sucesso [de preferência conosco ;)] e explicamos como e por que criamos nosso método, que é a prova de bala, para fazer sua obra sem sustos.

Vamos começar por alguns conceitos…

Existem apenas duas formas de contratar a execução de uma obra e, para quem não é do mercado de construção, ou seja, 99% dos nossos clientes, no momento de decidir há muitas dúvidas quanto às responsabilidades pela obra. Você provavelmente deve estar se perguntando:

E se minha casa tiver algum problema, a quem eu me reporto?

Calma, já vamos responder! Como isso depende da forma de contratação dos serviços, criamos esse guia para te ajudar! 

Segundo o CAU – Conselho de Arquitetura e Urbanismo, órgão que regulamenta o exercício da profissão dos Arquiteto e Urbanista no país, você pode contratar sua obra de duas formas: por empreitada ou por administração. 

Antes, é muito importante esclarecermos o conceito de execução. Segundo o CAU, é a atividade em que o Profissional, por conta própria ou a serviço de terceiros, realiza trabalho técnico ou científico visando à materialização do que é previsto nos projetos de um serviço ou obra. 

Ou seja, somente se trata de uma execução quando a contratação se dá por uma dessas modalidades. Todas as demais se enquadram na categoria de gestão, o que significa que, seja qual for a empresa ou profissional que vá executar a sua obra, quem ficará responsável por materializar o seu projeto deverá recolher o RRT – Registro de Responsabilidade Técnica pela sua obra através de uma dessas modalidades. 

Este mesmo profissional ou o profissional que responde tecnicamente pela empresa responderá pela execução da sua obra perante o órgão Municipal responsável pela emissão do seu Alvará de Construção, que é o documento que autoriza sua obra a acontecer. Este profissional não precisa ser o autor do projeto. 

Isso também significa que qualquer empresa que você contratar para execução dos serviços deverá ter um responsável técnico, com registro no Conselho de Arquitetura ou Engenharia para responder pela execução da sua obra. 

Conceitos esclarecidos! Agora sim vamos explicar como funcionam as modalidades de execução de obras:  

Execução por empreitada 

É realizada quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço total de material e mão de obra ou preço total de mão de obra. Seu uso se verifica geralmente em contratações de objetos mais comuns, quando os quantitativos de materiais empregados são poucos sujeitos a alterações durante a execução da obra ou da prestação dos serviços e podem ser aferidos mais facilmente. (Fonte: CAU-BR)

 

dica da nesta

Este tipo de contratação normalmente é utilizado pelas construtoras, que entregam a obra pronta conforme materiais descritos em um Memorial Descritivo, sem grandes margens para modificação ou troca de materiais. 
Mesmo que você opte por esta modalidade, sempre contrate o autor do projeto para uma das modalidades de Gestão de Obra para acompanhar se está tudo sendo cumprido de acordo com o contrato, bem como o Memorial Descritivo e as especificações do seu Projeto Arquitetônico. 

Execução por administração 

Consiste no regime de contratação na qual o construtor é remunerado pelo seu trabalho de administração e responsabilidade técnica da obra mediante um percentual dos valores de materiais e mão de obra efetivamente aplicados. (Fonte: CAU-BR)

Nesta modalidade, você tem total domínio dos materiais empregados, uma vez que o papel do administrador da obra é representar você no canteiro de obras. 

A responsabilidade sobre a administração de obra geralmente engloba: 

  • contratação da mão de obra;
  • compra de materiais;
  • gerenciamento de prazos.

Consequentemente, o administrador da sua obra deverá: 

  • recusar serviços feitos em desacordo;
  • conferir todos os materiais que chegam na obra;
  • solicitar pagamentos dos materiais comprados;
  • gerar relatórios mensais de pagamento de serviços.
Abaixo estpa a tabela indicada pelo CAU para pagamento de honorários por serviços de administração de obra. 

 

TABELA DE HONORÁRIOS PARA EXECUÇÃO DE OBRAS POR ADMINISTRAÇÃO Fonte: CAU-BR

dica da nesta

Essa é modalidade que escolhemos para executar obras, pois ela traz transparência aos processos, permite que você só pague o que foi efetivamente executado, e ainda escolha cada um dos materiais que vai ser empregado na sua obra.

Quando você é o comprador, também há o benefício da não bitributação dos materiais, tornando sua obra mais barata. 

Importante: Somente estas duas modalidades de contrato tratam da execução, ou seja, a materialização da obra. Todas as demais não demandam ao profissional autor do projeto responsabilidade sobre a execução. 

Modalidades de Gestão 

Para todas as demais atividades que não sejam de execução, há diferentes níveis de responsabilidade. Abaixo explicamos as principais.

Supervisão

Atividade exercida por profissional ou empresa de Arquitetura e Urbanismo que consiste na verificação da implantação do projeto na obra ou serviço técnico, visando assegurar que sua execução obedeça fielmente às definições e especificações técnicas nele contidas.

Direção ou Condução

Atividade técnica que consiste em determinar, comandar e essencialmente decidir com vistas à consecução de obra ou serviço, definindo uma orientação ou diretriz a ser seguida durante a sua execução por terceiros.

Gerenciamento

Atividade que consiste no controle dos aspectos técnicos e econômicos do desenvolvimento de uma obra ou serviço técnico, envolvendo a administração dos contratos e incluindo um rigoroso controle do cronograma físico-financeiro estabelecido.

Acompanhamento de obra ou serviço técnico

Atividade exercida por profissional ou empresa de arquitetura e urbanismo para verificação da implantação do projeto na obra, visando assegurar que sua execução obedeça fielmente às definições e especificações técnicas nele contidas.

Fiscalização

Atividade que envolve a inspeção e o controle técnicos sistemáticos de obra ou serviço, com a finalidade de examinar ou verificar se sua execução obedece ao projeto e às especificações e prazos estabelecidos. Consiste no serviço de acompanhamento técnico, certificação ou reprovação, indicação das retificações pertinentes e autorização de pagamentos a cada etapa da obra.

Nunca é demais lembrar que se você contratar qualquer forma de gestão de obra, o papel do administrador provavelmente será seu, e isso implica em estar presente a todas as decisões, controlar pagamentos, aprovar serviços, conferir materiais, entre outras atividades. 

O método NESTA 

Aqui na Nesta, trabalhamos com duas formas de contratação dos serviços: 

  • Acompanhamento de Obra ou Serviço Técnico
  • Execução de obra por Administração

Nosso “pulo do gato” consiste em nossa metodologia de trabalho, na qual realizamos algumas etapas pouco convencionais de planejamento em todas as obras que nos envolvemos, sejam projetos autorais ou de terceiros, colocando em fluxo as informações de todas as demandas a serem definidas e o estudo de viabilidade financeira da obra. 

A metodologia Nesta foi elaborada com base em dois conceitos principais:

  1. O fluxo correto de informações para planejar projetos e obras, baseado na metodologia BIM – Definição > Desenho > Entrega 
  2. O custo da obra sendo o principal meio de tornar viável a execução do objeto

Explicando melhor, não é possível decidir quem fará o serviço sem ter certeza do que será feito, certo? 

Parece óbvio, mas não é. Quando um cliente nos procura para fazer uma obra em light steel frame, por exemplo, mas já tem um projeto pronto para orçarmos no sistema, muitas vezes antes disso precisamos definir (ou redefinir) todos os materiais para podermos orçar de forma correta esta obra. 

Um exemplo que pode te ajudar a entender estas diferenças são as fundações em concreto: se você tem um projeto para alvenaria, possivelmente o seu projeto estrutural de fundações está projetado para 4 vezes mais cargas do que se a obra for em light steel frame. Possivelmente terá que ser recalculado para que possa ser orçado. 

Por isso não importa em que estágio o seu projeto esteja, ao colocarmos o seu projeto em rota, sempre é possível ainda tomar as melhores decisões.

Dizemos que nossa metodologia é blindada pois fazemos assim: 

DEFINIÇÃO

Assessoramos você na escolha de tudo o que estiver ainda em aberto: sistema construtivo, climatização, materiais, revestimentos, projetos complementares… Sempre te orientando para o sucesso, com base no SEU BRIEFING, ou seja, você é quem decide o rumo da sua obra. Estas decisões geram o EVF – Estudo de Viabilidade Financeira, que permite que você ajuste a rota para seguir em frente.

DESENHO

Nesta fase realizamos o projeto executivo e as compatibilizações de todos os sistemas, detalhamos tudo o que foi decidido e geramos os projetos necessários para o canteiro. 
Geralmente são gerados aqui 4 cadernos técnicos:
1 – Arquitetura
2 – Interiores
3 – Instalações
4 – Estruturas 

Mas isso poder variar conforme a complexidade de cada obra. 

ENTREGA

Os produtos gerados na fase de desenho são entregues e explicados às equipes selecionadas e, caso você escolha a Nesta para administrar a sua obra, nesta etapa geramos os principais documentos do Planejamento da Obra:

1- Cronograma físico-financeiro
2- Orçamento executivo 

O orçamento executivo é a versão atualizada e revisada do EVF, com os prestadores e produtos já definidos em caráter final de execução. 

Isso permite levantarmos dentro do SEU ORÇAMENTO qual a melhor forma de contratação, quais os prestadores de serviços ideais para sua obra, e também te empoderar sobre o valor a investir para ter a obra pronta, sem sustos

Assim, não há surpresas, mas sim decisões baseadas em fatos e números, o que resulta em um planejamento real, à prova dos “achismos”, estimativas e chutes que tanto ouvimos em nosso dia a dia. 

Em breve falaremos mais da metodologia Nesta aqui no blog, fique com a gente e deixe a sua dúvida, pergunta ou sugestão de conteúdo que podemos fazer novos textos para ajudar você 😉 

 

 

Simone Fraga é Arquiteta e Urbanista, Especialista em Construções Sustentáveis e pós graduanda em Coordenação e Gestão de Projetos em BIM, atua na área de projetos desde 2008.

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Feng Shui e Sustentabilidade

Feng Shui e Sustentabilidade

Desde que começamos a trabalhar com arquitetura, estamos sempre em busca de algo mais: casas mais confortáveis, construções mais inteligentes, materiais mais sustentáveis e por aí vai… Iniciamos em 2010 com a construção seca e desde então não paramos mais. Nesta busca, iniciamos em 2012 os estudos de um conhecimento milenar sobre o meio ambiente e sua influência ao homem, o Feng Shui

Inicialmente, confesso, estava em busca de algo a mais para minha vida pessoal, o que de fato encontrei. Porém, compreendi depois, que no pessoal também estava a arquitetura, afinal, ela faz parte da minha vida.

O Feng Shui é uma arte, um conhecimento profundo e encantador sobre vida, natureza, homem e arquitetura. 

Hoje, em nosso trabalho, projetos, relacionamento com os clientes, escolha de parceiros e em nossas obras, aplicamos todo conhecimento que adquirimos durante a vida, mas dois conceitos são muito fortes em nossa assinatura e atendem ao nosso propósito através da arquitetura: sustentabilidade e Feng Shui. A relação entre esses dois conhecimentos é íntima e muito alinhada. 

Agir em fluxo consciente no nosso espaço está intimamente conectado com a sustentabilidade do nosso planeta. Acreditamos que tudo que é natural tem uma assinatura energética, constante e forte. Portanto, quanto mais natural for a nossa casa, mais saudável ela será

Fatores que influenciam

Se permitirmos que a nossa casa respire com materiais e produtos mais naturais, também nos beneficiaremos de uma maior clareza e leveza todos os dias.

Cuidar das escolhas que fazemos sobre o que vai “morar” com a gente, passa a ser algo além do “comprar”. Isso vale desde o material de construção, do mobiliário, e até que produtos de higiene e limpeza usamos, que tipo de comida comemos ou como tratamos o nosso lixo.

Existem estudos em várias áreas que demonstram que os cheiros, texturas, cores e principalmente o que não vemos, influenciam nosso humor, nossa saúde, nosso sono. 

De forma mais científica podemos citar os COVs (Compostos Orgânicos Voláteis), os metais pesados, os fungos e as bactérias presentes no ar. Uma pesquisa da Agência de proteção ambiental americana (EPA) mostrou que o ar interno pode ser 100 vezes mais tóxico do que o ar externo.

Na linha mais holística (conheça o significado desta palavra), temos a influência do “Qi” – energia intrínseca a tudo que existe que é utilizada nas aplicações do Feng Shui – as radiações, o magnetismo, a radiestesia e a geobiologia, dentre outros.

Tudo isso considera que as coisas que convivemos e que estão à nossa volta, nos afetam de alguma forma

Vale lembrar…

Gastar abundantemente os recursos disponíveis não é sinal de prosperidade mas sinal de não saber gerir a energia disponível, interna (emoções) e externa (corpo). Apagar as luzes quando não são necessárias, ter filtros nas torneiras para que gastem menos água e ventilar os espaços naturalmente são apenas algumas ideias para uma melhor gestão dos recursos disponíveis.

Por isso, Feng Shui e sustentabilidade estão diretamente relacionados. Seja na escolha dos materiais, nos estudos de iluminação e mobiliário, ou na posição correta da cama, tudo influencia de forma positiva ou não, nas pessoas.

Casas não devem ser projetadas para vender, elas devem ser para o usuário. E se isso for feito com uma visão abrangente, holística (sem misticismos) e sustentável, teremos cada vez mais qualidade de vida, bem estar e construções saudáveis. 

Em um próximo texto iremos falar de como aplicamos esses conceitos em nossos projetos. Nos acompanhe! 

Deise De Conto é Arquiteta e Urbanista, Especialista em Reabilitação Ambiental Sustentável, atua na área de projetos desde 2000.

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Saúde e qualidade do ar na arquitetura

Saúde e qualidade do ar na arquitetura

Em um momento tão desafiador como o que estamos passando, é impossível não pensarmos em nossa saúde e nos cuidados que devemos ter para que tenhamos uma vida longa e saudável. A pandemia trouxe à tona um assunto importantíssimo na arquitetura – a qualidade do ar e dos ambientes em que vivemos.

 

Recentemente o GBC – Green Building Council – um movimento global, presente em 80 países, que trabalha pela transformação da indústria da construção em direção à sustentabilidade – organizou no Brasil um evento chamado Green Building Week, cujo tema era Qualidade do Ar no Ambiente Construído.

Um assunto muito pertinente, e com certeza, não aleatório, que traz para a comunidade da construção civil uma discussão fundamental sobre os cuidados que devemos ter com a qualidade do ar nos ambientes projetados e construídos.

Em 1982 a organização Mundial da Saúde reconheceu a Síndrome do Edifício Doente (SED) após a comprovação de que a morte de 34 pessoas e a constatação de que 182 casos de contágio com a bactéria denominada Legionella pneumophila foram ocasionados pela contaminação do ar interno de um hotel na Filadélfia.

Isso aconteceu em 1976, durante uma convenção da Legião Americana de Veteranos, que reuniu mais de 4 mil ex-soldados no Bellevue Stratford Hotel. Os participantes começaram a adoecer misteriosamente, apresentando tosse, febre e dificuldade para respirar.

Como identificar a Síndrome do Edifício Doente

Quando mais de 20% dos ocupantes de um imóvel apresentam sintomas como dores de cabeça, fadiga, irritação nos olhos, nariz e garganta, ele pode ser diagnosticado com a Síndrome do Edifício Doente.

Em um primeiro momento, problemas de saúde como estes parecem não ter qualquer relação com os aspectos construtivos de uma edificação, porém, assim como nós as construções adoecem e apresentam patologias.

Nesses casos, a origem do problema pode estar na concepção do projeto da edificação – principalmente dos sistemas de ar-condicionado – e na falta de planos de manutenção periódica dos equipamentos.

Essa síndrome, que começou a ser estudada na década de 1970, está frequentemente relacionada ao sistema de refrigeração ou de aquecimento dos edifícios. Ela pode ser provocada pela presença de bactérias, vírus ou fungos em sistemas de ar condicionado sem manutenção adequada; de produtos químicos dispersos no ar ou de poeira acumulada em carpetes ou cortinas.

Além das bactérias e vírus, os contaminantes do ar interno podem aparecer na forma química. Entre os contaminantes químicos estão: monóxido de carbono, dióxido de nitrogênio, ozônio, formaldeído, dióxido de enxofre, amônia e radônio 222 (oriundo do decaimento radioativo do rádio 226), presente nos solos, lençóis freáticos e materiais como pedras, tijolos e concreto. 

Os materiais sintéticos de revestimento, aglomerados de madeira, alcatifas, papéis de parede, colas, removedores, cera, espumas de isolamento, solventes, tintas, vernizes, além de equipamentos como impressoras e fotocopiadoras e produtos de limpeza, são potenciais fontes de contaminação.

Além destes, outros fatores como iluminação, ruídos e odores, podem agravar os problemas de saúde relacionados ao edifício.

Certamente, nos projetos residenciais e de edifícios de pequeno porte, alguns destes problemas são produzidos em uma escala menor, porém não podem ser ignorados.

Vamos listar aqui 5 ações simples, mas de grande impacto, que consideramos premissas básicas para projetos inteligentes e que levam em consideração a qualidade de vida das pessoas.

  1. Iluminação natural – pensar em ambientes com iluminação natural e preferencialmente com incidência direta do sol durante alguns períodos do dia.
  2. Ventilação Natural – dimensionar corretamente as aberturas e permitir a ventilação natural e cruzada.
  3. Manutenção dos Equipamentos – realizar a manutenção preventiva dos equipamentos de ar condicionado respeitando a periodicidade recomendada pelo fornecedor.
  4. Materiais e produtos – dar preferência para produtos com ausência de metais pesados e tintas e que não utilizem formaldeído e não liberem COV’s (compostos orgânicos voláteis).
  5. Vegetação – Sempre que possível, tenha jardins internos e plantas purificadoras de ar. 

Os ambientes construídos influenciam a saúde, o bem-estar e a produtividade das pessoas que os utilizam. O ambiente que você mora, trabalha, fica ou se recupera não pode te deixar doente. A saúde é um grande motivador para fazermos ações conscientes e a arquitetura pode ser uma grande aliada nessa missão.

Acreditamos em ambientes mais saudáveis e sustentáveis, se você também acredita , dissemine essa ideia. Compartilhe esse texto com quem você gosta e promova equipamentos e ambientes mais saudáveis. 


Deise De Conto é Arquiteta e Urbanista, Especialista em Reabilitação Ambiental Sustentável, atua na área de projetos desde 2000.

 

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