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8 Respostas para as principais perguntas sobre light steel frame

8 Respostas para as principais perguntas sobre light steel frame

Se você ainda está em dúvidas se este sistema é para sua casa, aqui vão algumas respostas que podem te ajudar. 

Na hora de construir podem surgir dúvidas que nos fazem pensar duas vezes antes de fazer algo novo e, se este é o seu caso, esse post é para você.

Para quem ainda tem dúvidas sobre o sistema light steel frame, vamos responder às 8 perguntas mais frequentes que nos fazem sobre o sistema.

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Feng Shui e Sustentabilidade

Feng Shui e Sustentabilidade

Desde que começamos a trabalhar com arquitetura, estamos sempre em busca de algo mais: casas mais confortáveis, construções mais inteligentes, materiais mais sustentáveis e por aí vai… Iniciamos em 2010 com a construção seca e desde então não paramos mais. Nesta busca, iniciamos em 2012 os estudos de um conhecimento milenar sobre o meio ambiente e sua influência ao homem, o Feng Shui

Inicialmente, confesso, estava em busca de algo a mais para minha vida pessoal, o que de fato encontrei. Porém, compreendi depois, que no pessoal também estava a arquitetura, afinal, ela faz parte da minha vida.

O Feng Shui é uma arte, um conhecimento profundo e encantador sobre vida, natureza, homem e arquitetura. 

Hoje, em nosso trabalho, projetos, relacionamento com os clientes, escolha de parceiros e em nossas obras, aplicamos todo conhecimento que adquirimos durante a vida, mas dois conceitos são muito fortes em nossa assinatura e atendem ao nosso propósito através da arquitetura: sustentabilidade e Feng Shui. A relação entre esses dois conhecimentos é íntima e muito alinhada. 

Agir em fluxo consciente no nosso espaço está intimamente conectado com a sustentabilidade do nosso planeta. Acreditamos que tudo que é natural tem uma assinatura energética, constante e forte. Portanto, quanto mais natural for a nossa casa, mais saudável ela será

Fatores que influenciam

Se permitirmos que a nossa casa respire com materiais e produtos mais naturais, também nos beneficiaremos de uma maior clareza e leveza todos os dias.

Cuidar das escolhas que fazemos sobre o que vai “morar” com a gente, passa a ser algo além do “comprar”. Isso vale desde o material de construção, do mobiliário, e até que produtos de higiene e limpeza usamos, que tipo de comida comemos ou como tratamos o nosso lixo.

Existem estudos em várias áreas que demonstram que os cheiros, texturas, cores e principalmente o que não vemos, influenciam nosso humor, nossa saúde, nosso sono. 

De forma mais científica podemos citar os COVs (Compostos Orgânicos Voláteis), os metais pesados, os fungos e as bactérias presentes no ar. Uma pesquisa da Agência de proteção ambiental americana (EPA) mostrou que o ar interno pode ser 100 vezes mais tóxico do que o ar externo.

Na linha mais holística (conheça o significado desta palavra), temos a influência do “Qi” – energia intrínseca a tudo que existe que é utilizada nas aplicações do Feng Shui – as radiações, o magnetismo, a radiestesia e a geobiologia, dentre outros.

Tudo isso considera que as coisas que convivemos e que estão à nossa volta, nos afetam de alguma forma

Vale lembrar…

Gastar abundantemente os recursos disponíveis não é sinal de prosperidade mas sinal de não saber gerir a energia disponível, interna (emoções) e externa (corpo). Apagar as luzes quando não são necessárias, ter filtros nas torneiras para que gastem menos água e ventilar os espaços naturalmente são apenas algumas ideias para uma melhor gestão dos recursos disponíveis.

Por isso, Feng Shui e sustentabilidade estão diretamente relacionados. Seja na escolha dos materiais, nos estudos de iluminação e mobiliário, ou na posição correta da cama, tudo influencia de forma positiva ou não, nas pessoas.

Casas não devem ser projetadas para vender, elas devem ser para o usuário. E se isso for feito com uma visão abrangente, holística (sem misticismos) e sustentável, teremos cada vez mais qualidade de vida, bem estar e construções saudáveis. 

Em um próximo texto iremos falar de como aplicamos esses conceitos em nossos projetos. Nos acompanhe! 

Deise De Conto é Arquiteta e Urbanista, Especialista em Reabilitação Ambiental Sustentável, atua na área de projetos desde 2000.

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Planta baixa x Projeto executivo: derrubando algumas crenças da arquitetura que podem acabar com o seu orçamento

Planta baixa x Projeto executivo: derrubando algumas crenças da arquitetura que podem acabar com o seu orçamento

Se você já construiu algo na vida, participou da construção de um familiar ou amigo, ou está pensando em construir, este texto é para você.

O conceito básico de planta baixa é uma representação da vista superior plana do seu imóvel como se tivesse sido cortado a um metro e meio de altura, a partir da base do pavimento, em escala e com informações como espessuras de paredes, portas, janelas, layout do mobiliário, entre outros. Mas esse não é o assunto deste texto.  

Para começar essa conversa tão importante sobre projeto, sim, projeto de arquitetura sério, completo e necessário a toda obra realizada com competência e sucesso, vamos entender um pouquinho do passado, de como chegamos até aqui: 2021. 

Nos formamos em 2006, com nossos sonhos de mudar o mundo, de fazer arquitetura sustentável e de qualidade, achando que sabíamos muito sobre arquitetura e obras, afinal estudamos longos 8 anos de um curso que deveria durar 5, mas que por razões da vida somente alguns conseguem se formar em tão pouco tempo. 

Nos primeiros anos de profissão, o que encontramos foi um mercado ainda pouco preparado para sustentabilidade, mas que sempre se achou cheio de verdades sobre construção.

 

A realidade bateu logo em nossa porta: clientes que queriam apenas uma assinatura no projeto, obras onde o pedreiro mandava, qualidade duvidosa dos materiais, demanda por apenas um projeto básico. Alguns clientes ainda traziam a planta baixa desenhada numa folha de caderno, não nos dando qualquer espaço para criar ou aplicar todos aqueles anos de estudos, conceitos ou soluções. 

Nunca deixamos de interferir e melhorar o processo, mesmo remando contra a corrente. E é verdade que algumas coisas já mudaram. Mas ainda não o suficiente. E neste post vamos te contar a verdade

A planta baixa não é algo que seja simples de fazer, é resultado de uma série de estudos prévios de condicionantes, custos, materiais, soluções e muitas outras variáveis introduzidas pelo usuário [sim, você!] para personalização de um projeto de construção, e não, o pedreiro não consegue fazer sozinho. E ela é apenas um dos elementos necessários para realizar um projeto. 

Este texto se propõe a derrubar o mito que todo mundo [ainda] acredita: que outros tantos profissionais ou pessoas sabem mais que o arquiteto quando se trata de projeto e que uma planta baixa resolve tudo.

Vamos lá? 

Mais que apenas uma planta baixa: por que defendemos o projeto executivo 

Todo projeto é resultado de processos, da evolução em etapas. Durante essas etapas, as demandas, necessidades e também as resoluções técnicas para que o produto (a construção) funcione como uma máquina [que aquece, resfria, ventila, pressuriza a água, liga equipamentos, entre tantas outras funções] e gere baixa manutenção precisam ser harmonizadas com a tão sonhada forma, o visual, o jardim, a iluminação e os materiais. 

Mas de fato as etapas iniciais precisam ser simples. 

E não só porque o processo está no início, mas também porque é a linguagem do cliente que deve ser utilizada. Visual, simples, acessível. Cada fase é desenhada para alguém específico.

Por isso, separamos nossos projetos em 3 fases: 

  • Definição: participam arquiteto e cliente e tudo é definido em linguagem visual, para o cliente. É onde são tomadas as grandes decisões: qual área será construída, qual o sistema construtivo, como será climatizado, que forma deverá ter, como serão os ambientes internos, as cores, os materiais. Já nessa fase, tudo que será proposto em projeto precisa ter seus espaços pensados para acomodar equipamentos, em normas que devem ser seguidas e em todos os fatores que se relacionam com o desempenho da futura construção. 
  • Desenho: arquiteto, engenheiros, designer de interiores, esta é a etapa onde são desenvolvidos todos os sistemas que conversam com a arquitetura, hidráulico, elétrico, equipamentos, piscinas, aquecimento, ar condicionado, além do paisagismo e dos projetos de interior. Por isso tudo precisa estar decidido. Nessa etapa a linguagem é técnica, em nível bem avançado, pois muitas dessas disciplinas ficarão dentro de paredes e lajes, e precisam intercomunicarem-se com as redes externas, de esgoto, água e luz, por exemplo, ligando-se às concessionárias. 
  • Entrega: é onde geramos os produtos detalhados da fase de desenho, em nível executivo, ou seja, com todas as informações necessárias e na linguagem correta para que possam ser utilizados pelas equipes de mão de obra tornarem tudo real. 

O projeto executivo representa a união da criatividade e da funcionalidade com o orçamento e o cronograma de execução. Ou seja, ele garante que fique bonito e que funcione, pois somente neste nível mais detalhado de informação é possível fazer isso de forma planejada, e com o mínimo desperdício de tempo e dinheiro. 

Tudo o que não estiver desenhado de forma executiva, com todos os detalhes pensados, será resolvido na obra, com um custo maior e o risco de não dar certo, pois nem sempre é possível compatibilizar esses dois mundos depois que a obra já está andando. Ou melhor, quase nunca. 

Aí a sua obra vira o festival das concessões. Já cansamos de ouvir: – “Ah que pena, já que não dá mais, faz desse jeito mesmo então, tudo bem, obra é assim mesmo.” Será? 

O que é BIM e porque utilizamos em nossos projetos? 

BIM é um termo que vem do inglês Building Information Modeling ou Modelagem da Informação da Construção. É uma evolução da era CAD – Computer Aided Design ou Design assistido por Computador. 

No entanto, embora alguns de vocês já tenham ouvido profissionais utilizando esse argumento para vender seus projetos, algo como: entregamos em BIM ou fazemos nossos projetos em tecnologia BIM, a grande maioria apenas utiliza sofwares com essa inteligência para desenhar. 

BIM é um modo de ver o projeto e suas equipes de forma mais colaborativa. BIM é a gestão colaborativa do projeto. Pois somente será possível modelar as informações da construção de verdade, algo como um ensaio da obra antes de sua construção, se as equipes de projetos colaborarem. Ou seja, BIM é a gestão das informações da construção traduzidas de forma executiva em um projeto, antes de sua construção. 

Isso permite avaliar cenários reais, evitar desperdícios, reduzir o custo e obter uma construção melhor em todo o seu ciclo de vida, desde o projeto até o final de sua vida útil. 

O BIM de verdade só acontece quando o seu arquiteto colabora com todas as equipes de projeto e de execução para discutir o que acontecerá na sua obra e quais as melhores formas de projetar e executar o seu projeto durante as fases de concepção. O BIM também facilita a entrega do projeto executivo pois permite simular como serão executados os serviços da obra, por isso é importante que o profissional entenda, na prática, como a obra é feita. 

Por isso, optamos desde o início de nossa atuação profissional por estar presentes e envolvidas com nossas obras. 

 

É importante você saber que o clichê é verdadeiro: papel e tela de computador aceitam tudo. 

Por que investir em um profissional que te fala a verdade custa mais caro? 

Desde que decidimos nos posicionar, escolhemos o caminho da verdade.

Você deve estar se perguntando: mas meninas, esse post não é sobre planta baixa e projetos? É sim, já te explicaremos.

[QUASE] Sempre que um cliente nos procura para fazer um orçamento a pergunta sobre quanto custa um projeto vem antes mesmo do cliente nos informar que tipo, tamanho ou qualidade de construção ele está procurando. 

Esse é o seu erro mais básico como cliente: nem sempre você sabe o que quer. E cai na armadilha de comprar um projeto ou contratar um profissional por preço. 

O profissional sério, antes de te passar um orçamento, vai te fazer as perguntas difíceis

Elas envolvem a etapa que é a mais gostosa da construção do seu sonho, mas também a que mais dói, por assim dizer. Pois é aquela que vai definir o tamanho do sonho, o que ele precisa ter, quanto custa, e o que é preciso abrir mão para torná-lo realidade.

E isso dá trabalho.

A resposta fácil todo mundo tem, é R$ %)&g#@# por metro quadrado. 

E é a resposta errada na maioria das vezes, pois não considera todas as perguntas.

Então, para chegar à resposta certa, criamos um sistema. Este sistema permite definir o cenário ideal junto com você, munido de muitas informações. E por isso nossa fase de definição envolve um projeto bem completo e avançado, e não apenas uma planta baixa. 

De posse desse cenário, fazemos um estudo de viabilidade financeira completo, onde orçamos produtos e fornecedores reais de tudo que é possível nesta fase, e te empoderamos nas decisões que vêm a seguir, em tempo de ajustar o que for preciso para viabilizar a obra. 

E isso custa mais. 

No entanto, te entrega o valor real, aquele que não deixa faltar recursos nas fases mais avançadas da obra. E economiza muito dinheiro, pois as decisões são totalmente conscientes, feitas no papel, e viabilizam trocas de materiais e cenários que podem representar economias muito maiores, numa fase que nada ainda foi comprado. 

Se você chegou até aqui, parabéns! Você é uma pessoa muito acima da média e busca informações de qualidade antes de construir. 

Nosso conteúdo se propõe a uma reflexão mais profunda da vida em espaços construídos e do mercado da Arquitetura e da Construção. Quando fazemos uma obra, mesmo que apenas a nossa casa, estamos mudando o ambiente ao nosso redor, nosso bairro, nossa cidade e deixando um legado e um patrimônio para as gerações que vêm depois.

Nenhum projeto se resume a uma planta baixa. Por isso, nos preocupamos com o legado de nossas construções. Com os materiais, o desperdício de recursos, o conforto de quem habitará esses espaços. 

Antes de contratar um profissional ou um projeto, entenda um pouco melhor o que você está comprando, assim você estará fazendo um bem maior, para si mesmo e para a sociedade.

 

Simone Fraga é Arquiteta e Urbanista, Especialista em Construções Sustentáveis e pós graduanda em Coordenação e Gestão de Projetos em BIM, atua na área de projetos desde 2008.

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Revestimentos, o que considerar antes de comprar

Revestimentos, o que considerar antes de comprar

Digamos que você está construindo ou reformando sua casa e precisa escolher o melhor revestimento para os ambientes, você saberia por onde começar? Indo até a loja, é claro! 

Na verdade não é bem assim. Existem diversos critérios que devemos levar em consideração antes de escolher os revestimentos mais adequados para cada uso como estética, limpeza, manutenção, qualidade e preço.

Mas fica tranquilo que neste texto vamos te explicar direitinho e deixar você pronto para ir correndo escolher o seu.

 

Escolhendo por ambiente

Normalmente quando entramos na loja, vamos logo olhando os mais bonitos e que nos agradam mais na questão estética. Sim, ela é muito importante, mas não deve ser o único critério de escolha. Antes disso, devemos definir o tipo de piso adequado ao uso de cada ambiente, por exemplo:

Na garagem precisamos de maior resistência, um piso mais áspero e, de preferência, mais escuro.

Imagem: https://www.decorfacil.com

Na cozinha a manutenção deve ser facilitada usando cores mais claras e superfície lisa, principalmente na parede. Também são mais adequados revestimentos lisos, com junta seca (o rejunte bem fininho) para  facilitar a limpeza.

Imagem: Shutterstock

Já para nos banheiros e lavabos, podemos ousar com cores mais escuras, principalmente no piso, para não aparecer qualquer fio de cabelo que cair e não ficarmos reféns da faxina. Nas paredes, cores claras ajudam a ampliar o ambiente e pedras grandes facilitam a manutenção dentro do box, por terem menos rejunte. Quanto à resistência, não tem necessidade de ser muito alta.

 

Imagem: Portinari

Para escolher cores e estilo, cabe buscar referências em outros projetos ou em fornecedores para não pirar! O mercado nos oferece opções de pisos foscos, esmaltados, lisos, com ranhuras, 3D ou que imitam madeira e pedras. Acredite, a variedade é imensa e até a gente que é profissional, tem dificuldade de escolher.

 

Critérios e certificações

Outra questão fundamental é a resistência do piso. Você já ouviu falar de PEI? Eu explico: os revestimentos cerâmicos são classificados segundo um teste de resistência que indica os ambientes mais adequados para sua aplicação. Essa classificação é conhecida como Índice PEI, e todas as cerâmicas de qualidade devem ter a PEI gravada na embalagem indicando o local de uso.

  • PEI 1: Produto recomendado para ambientes residenciais onde se caminha geralmente com chinelos ou pés descalços. Exemplo: banheiros e dormitórios residenciais sem portas para o exterior.

  • PEI 2: Produto recomendado para ambientes residenciais onde se caminha geralmente com sapatos. Exemplo: todas as dependências residenciais, com exceção das cozinhas e entradas.

  • PEI 3: Produto recomendado para ambientes residenciais onde se caminha geralmente com alguma quantidade de sujeira abrasiva que não seja areia e outros materiais de dureza maior que areia (todas as dependências residenciais).

  • PEI 4: Produto recomendado para ambientes residenciais (todas as dependências) e pequenas áreas comerciais com médio tráfego.

  • PEI 5 (mais resistente): Produto recomendado para ambientes residenciais e comerciais com tráfego muito elevado. Exemplo: restaurantes, churrascarias, lanchonetes, lojas, bancos, entradas, corredores, exposições abertas ao público, consultório, outras dependências.

Outro critério de classificação, agora com relação à qualidade do produto, está definido na norma brasileira NBR 13.818/97 – Placas Cerâmicas para Revestimentos:

  • Tipo A – Extra: quando 95% (ou mais) das peças não apresentarem defeitos visíveis na distância de até 1m;

  • Tipo C – Comercial: os defeitos são visíveis de 1m a 3m de distância – não possui garantia técnica;

  • Tipo D – Refugo: os defeitos são visíveis acima de 3m de distância – não possui garantia técnica;

Já falamos de estética, padrões, resistência, qualidade, mas e o preço? Quando ele deve ser um fator chave de decisão?

Felizmente, por termos grande variedade de marcas e estilos, temos também muita variação de valores, sem comprometer significativamente a qualidade. O custo de um piso de cor neutra, liso, com PEI abaixo de 2 pode variar, por exemplo, de R$ 50,00 até R$ 200,00 por metro quadrado. Neste caso, depois de levar em conta todos os critérios técnicos, o que vai pesar na balança é a beleza e o preço. Aqui, ninguém melhor do que você para decidir. 

Existe um critério de escolha que consideramos muito importante, mas que nem sempre é levado em conta: a escolha do fabricante e da procedência do produto que você está comprando pode representar um grande impacto no meio ambiente, sabia?

O processo de produção de um revestimento cerâmico envolve alto consumo de água e geração de resíduos que, se não devidamente gerenciados, podem deixar um triste legado para as futuras gerações. 

No caso de profissionais preocupados com sua responsabilidade ambiental, este é um fator chave para a escolha de fornecedores, que complementam as questões estéticas e funcionais. 

Felizmente, as grandes empresas do ramo estão cada vez mais implementando boas práticas de sustentabilidade e atendendo às leis ambientais, além de desenvolverem produtos que pontuam para certificações internacionais como a LEED.

“LEED® (Leadership in Energy and Environmental Design) é um sistema internacional de certificação e orientação ambiental para edificações, utilizado em 143 países, e possui o intuito de incentivar a transformação dos projetos, obra e operação das edificações, sempre com foco na sustentabilidade de suas atuações.” GBC Brasil.org

A certificação define, entre outros, critérios para escolha de produtos e materiais que atendam aos pré-requisitos para receber a certificação. A medida que o empreendimento adquire tal ação que atenda ao pré-requisito estabelecido para aquele produto, recebe uma pontuação. Essa pontuação varia de acordo com a quantidade de pré-requisitos atendidos e classifica o empreendimento em 4 níveis:  Certified (40 à 49 pontos) Silver (50 à 59 pontos), Gold (60 à 79 pontos),  Platinum (80+ pontos).

 

Imagem: GBC Brasil

Empresas como a Incepa, Portinari, Santa Luzia, por exemplo, possuem produtos que pontuam para a certificação nos quesitos IEQ – QUALIDADE DO AMBIENTE INTERNO – Indoor Environmental Quality e IEQc4.1 – Materiais de Baixa Emissão – Pisos – Low Emitting Material – Flooring. 

No caso do IEQc4.1, pelo menos 90% de todo piso instalado, por custo ou por superfície de área, está dentro das emissões de VOC permitidas ou o produto é uma fonte inerentemente não emissora de COVs (Compostos Orgânicos Voláteis), ou atenda o critério de produtos recuperados e reusados.

Compostos Orgânicos Voláteis (VOC em Inglês) são emitidos em forma de gases a partir de certos sólidos ou líquidos. Os VOCs incluem uma variedade de químicos, que promovem problemas de saúde de curto e/ou longo prazo. As concentrações de muitos VOCs são consideravelmente maiores em ambientes internos (dez vezes maiores) do que em ambientes externos.

Escolher um revestimento poderia ser uma tarefa mais simples, mas como todas as decisões que tomamos ao construir ou reformar, esta também tem impacto significativo e de longo prazo. Pesar estética, orçamento, qualidade e sustentabilidade, é fundamental em todas as escolhas de produtos e materiais e devem ser feitas com conhecimento técnico e, se possível, antes da obra começar.

De qualquer forma, agora você está mais qualificado para fazer uma escolha assertiva, com responsabilidade, e deixar o seu lar lindo e com produtos de qualidade. 

Deise De Conto é Arquiteta e Urbanista, Especialista em Reabilitação Ambiental Sustentável, atua na área de projetos desde 2000.

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