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Você já ouviu falar de Certificação para Construções Sustentáveis?

Há pouco anunciamos em nossas redes que nos tornamos membros do GCB Brasil, um órgão certificador para construções sustentáveis. Hoje, estamos aqui para explicar um pouco melhor o que isso significa e contar pra vocês sobre as certificações ambientais para a construção civil.

Para começar, vamos contextualizar lá, beeeem do início.

A adoção do termo desenvolvimento “sustentável” surgiu em 1972, quando foi criada a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. Anos depois, em 1987, sob a coordenação da Ministra da Noruega, Gro Harlem Brundtland, foi criado Relatório de Bruntland, um documento intitulado “Nosso Futuro Comun”, que disseminou o conceito de desenvolvimento sustentável.

O relatório faz parte de uma série de iniciativas, as quais questionam o modelo de desenvolvimento adotado pelos países industrializados e reproduzido pelas nações em desenvolvimento, e que ressaltam os riscos do uso excessivo dos recursos naturais sem considerar a capacidade de suporte dos ecossistemas.

O desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que encontra as necessidades atuais sem comprometer a habilidade das futuras gerações de atender suas próprias necessidades.(…) Muitos de nós vivemos além dos recursos ecológicos, por exemplo, em nossos padrões de consumo de energia(…) No mínimo, o desenvolvimento sustentável não deve pôr em risco os sistemas naturais que sustentam a vida na Terra: a atmosfera, as águas, os solos e os seres vivos.(…) Na sua essência, o desenvolvimento sustentável é um processo de mudança no qual a exploração dos recursos, o direcionamento dos investimentos, a orientação do desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional estão em harmonia e reforçam o atual e futuro potencial para satisfazer as aspirações e necessidades humanas.[1]

Nas décadas seguintes, grandes convenções internacionais passaram a ser realizadas e metas foram definidas para a desaceleração do consumo de recursos naturais, podendo-se citar a Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano (Estocolmo, 1972); a Convenção de Viena para Proteção da Camada de Ozônio (Viena, 1985); o Protocolo de Montreal (Montreal, 1987); a Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento – ECO’92 (Rio de Janeiro, 1992), a Conferência das Nações Unidas (Istambul, 1996) e o Protocolo de Kyoto (1997). Nessas reuniões, protocolos internacionais foram firmados, a fim de rever as metas e elaborar mecanismos para o desenvolvimento sustentável.

Desde então, este conceito tem sido usado (às vezes de forma banalizada) para representar ações em prol do uso consciente dos recursos naturais, nas esferas: ambiental, social, econômica e cultural.

A construção civil é historicamente um grande gerador de resíduos e consumidor de recursos naturais, desta forma o termo construções sustentáveis ganhou repercussão rapidamente no setor.

As construções sustentáveis representam uma necessidade diante do quadro ambiental vivido. Se considerarmos o impacto que a construção civil gera, poderemos entender a mitigação que ações sustentáveis e conscientes irão desencadear nas próximas décadas.

A construção é a atividade humana de maior impacto ambiental, consome 75% dos recursos naturais do planeta e representa:

Edificações sustentáveis otimizam o uso dos recursos de água e energia e não perdem em conforto e tecnologia. Além disso, proporcionam mais conforto e menor consumo, tornando a vida útil da construção mais barata.

Diante disso tudo, com a demanda crescente por construções mais sustentáveis e responsáveis, surgiram as Certificações Ambientais, como uma estratégia para estimular construções mais conscientes.

Elas comprovam que a construção utiliza técnicas e tecnologias visando a preservação dos recursos naturais e concedem uma valorização e diferenciação nas construções do mercado.

Felizmente, as certificações que avaliam as práticas sustentáveis para edifícios estão ficando cada vez mais conhecidas no mundo todo.

No Brasil, podemos citar os 5 principais selos de sustentabilidade:

– Selo Casa Azul da Caixa Econômica Federal;

– Certificação Leed | Leadership in Energy and Enviromental Design;

– Certificação AQUA-HQE | Alta Qualidade Ambiental;

– Selo Procel Edifica;

– FSC Brasil.

O Brasil é o quinto país com mais edificações buscando a certificação LEED, atrás apenas dos Estados Unidos, Canadá, China e Índia. A mesma ferramenta é usada em 143 países, o que permite a comparação do desempenho em consumo de energia, água ou qualidade do ar com um prédio nos Emirados Árabes, por exemplo.

O LEED (sigla para Leadership in Energy and Environmental Design) faz parte das certificações emitidas pelo GBC Brasil (Green Building Council Brasil) “uma entidade ligada à World Green Building Council e que tem como objetivo promover a capacitação de profissionais, informar a sociedade sobre as melhores práticas da construção civil, aplicar a certificação LEED e atuar junto a Organizações Não Governamentais (ONGs) no sentido de promover políticas públicas que incentivem os construtores a pensar na sustentabilidade dos seus empreendimentos.”

Além do LEED, o GBC atua também com outras certificações: GBC Casa, GBC Condomínio, GBC Life e GBC Zero Energy.

CERTIFICAÇÃO LEED

Aplicável a praticamente todos os tipos de projetos de edifícios, comunidades e cidades, o LEED fornece uma estrutura para criar edifícios sustentáveis, saudáveis, altamente eficientes e econômicos. A certificação LEED é um símbolo globalmente reconhecido de conquista de sustentabilidade. https://www.gbcbrasil.org.br/certificacao/certificacao-leed/

CERTIFICAÇÃO GBC BRASIL CASA

Aplicável a novas construções de unidades unifamiliares, o GBC Casa avalia as fases de projeto e obra reconhecendo residências mais eficientes e confortáveis, que promovem redução dos custos operacionais ao longo do ciclo de vida da edificação e conforto, saúde e bem estar para os ocupantes. https://www.gbcbrasil.org.br/certificacao/certificacao-casa/

CERTIFICAÇÃO GBC BRASIL CONDOMÍNIO

Aplicável a novas construções de condomínios multifamiliares, o GBC Condomínio avalia as fases de projeto e obra reconhecendo residências mais eficientes e confortáveis, que promovem redução dos custos operacionais ao longo do ciclo de vida da edificação e conforto, saúde e bem estar para os ocupantes. https://www.gbcbrasil.org.br/certificacao/certificacao-condominio/ 

GBC LIFE

Guia referencial para projetos de interiores residenciais com foco em conforto, saúde e bem-estar. https://www.gbcbrasil.org.br/certificacao/gbc-life/

GBC BRASIL ZERO ENERGY

A certificação GBC Brasil Zero Energy é uma ferramenta extremamente prática e eficiente para o desenvolvimento de construções, reformas ou operação, visando o equilíbrio entre o consumo e geração de energia por fontes renováveis nestas edificações. https://www.gbcbrasil.org.br/certificacao/zero-energy/

Cada modalidade de certificação avalia critérios específicos que são categorizados em áreas e pontuados. Para exemplificar, vamos aprofundar sobre a certificação Leed, a mais conhecida e utilizada internacionalmente.

LEED – O Leadership in Energy and Environmental Design ou LEED, é um sistema internacional de certificação e orientação ambiental para edificações utilizado em mais de 160 países, e possui o intuito de incentivar a transformação dos projetos, obra e operação das edificações, sempre com foco na sustentabilidade de suas atuações.

O LEED possui 4 tipologias, que consideram as diferentes necessidades para cada tipo de empreendimento

As tipologias analisam 8 áreas:

Os pré-requisitos são as ações obrigatórias em qualquer empreendimento que busca a certificação. Não cumprindo um dos diversos pré-requisitos, impossibilita o empreendimento receber a certificação.

Créditos são ações que o LEED sugere, sempre focadas em performance de desempenho. A medida que o empreendimento assume tal ação, recebe uma pontuação.

Total de 110 pontos possíveis em todas as tipologias. Os pontos são conquistados à medida que o empreendimento aplica os créditos sugeridos pelo LEED.

Os benefícios proporcionados pelas edificações sustentáveis e certificadas são muitos, entre eles:

Econômicos:

  • Diminuição dos custos operacionais
  • Diminuição dos riscos regulatórios
  • Valorização do imóvel para revenda ou arrendamento
  • Aumento na velocidade de ocupação
  • Aumento da retenção
  • Modernização e menor obsolescência da edificação

Ambientais:

  • Uso racional e redução da extração dos recursos naturais
  • Redução do consumo de água e energia
  • Implantação consciente e ordenada
  • Mitigação dos efeitos das mudanças climáticas
  • Uso de materiais e tecnologias de baixo impacto ambiental
  • Redução, tratamento e reuso dos resíduos da construção e operação.

Sociais:

  • Melhora na segurança e priorização da saúde dos trabalhadores e ocupantes
  • Inclusão social e aumento do senso de comunidade
  • Capacitação profissional
  • Conscientização de trabalhadores e usuários
  • Aumento da produtividade do funcionário; melhora na recuperação de pacientes (em Hospitais); melhora no desempenho de alunos (em Escolas); aumento no ímpeto de compra de consumidores (em Comércios).
  • Incentivo a fornecedores com maiores responsabilidades socioambientais
  • Aumento da satisfação e bem estar dos usuários
  • Estímulo a políticas públicas de fomento a Construção Sustentável

A Nesta acredita e apoia movimentos para um futuro mais sustentável, responsável, e por construções com mais tecnologia e conforto. Por isso nos tornamos membros do GBC e levantamos a bandeira das certificações e da capacitação de profissionais e consumidores, para avançarmos cada vez mais rumo a um futuro sustentável.

Deise De Conto é Arquiteta e Urbanista, Especialista em Reabilitação Ambiental Sustentável, atua na área de projetos desde 2000.

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A etapa definitiva para transformar o seu projeto em realidade

A etapa definitiva para transformar o seu projeto em realidade

Este texto explica a etapa mais decisiva do projeto: a sua entrega, o momento de transformar o projeto em realidade. 

Mas o que é a entrega [no método Nesta]? 

É aquele momento mágico, onde o seu projeto está pronto para se materializar. 

Também conhecida como fase de Projeto Executivo, nesta etapa, os desenhos precisam falar a língua de quem estará no canteiro: o pedreiro, o ferreiro, o montador de steel frame, o gesseiro, o carpinteiro, o eletricista, o encanador. São essas pessoas que fazem a verdadeira mágica acontecer: a tão sonhada obra.  

Se você chegou hoje aqui no Blog e está perdid@, vamos relembrar: 

Chamamos nossas fases de projeto de DefiniçãoDesenho e Entrega. Clica nos links para ler os textos anteriores que explicam direitinho porque renomeamos os termos técnicos dessas etapas para essas palavrinhas mais amigáveis. 

E agora sim, vamos ao que interessa, começando pelo começo.

 

O que é um Projeto Executivo ou Projeto para Execução? 

Segundo o projeto da Norma ABNT NBR 16636-2, que encontra-se em consulta pública e especifica as atividades técnicas envolvidas no desenvolvimento do projeto arquitetônico, com foco em edificações, Projeto Executivo é: 

“a etapa destinada à concepção e à representação final das informações técnicas dos projetos arquitetônicos, realizada por profissional legalmente habilitado, e de seus elementos, instalações e componentes, completas, definitivas, necessárias e suficientes à execução dos serviços e de obras correspondentes.”

Ou seja, nesta etapa, os desenhos devem representar o mais próximo possível a realidade da futura obra. 

Um bom projeto executivo deve conter todos os detalhamentos e especificações necessários ao orçamento final e à execução da obra. Aqui na Nesta, nosso escopo de Projeto Executivo contempla: 

  • Arquitetônico e Construtivo: Plantas, Cortes, Fachadas, Elevações e Imagens Realistas
  • Planta de Forro e iluminação
  • Paginações de Pisos e revestimentos
  • Mapas de instalações (com medidas adequadas ao mobiliário)
  • Projeto de Interiores e ambientação
  • Detalhes construtivos de: escadas, guarda-corpos, lareiras, churrasqueiras e todos que se fizerem necessários
  • Demais projetos compatibilizados e organizados para execução

Onde está a diferença entre o projeto executivo e a nossa entrega?

Agora que você já entendeu o que é um projeto executivo, podemos te dizer o que mais essa fase compreende: 

  • Orientação e assessoria para contratar os projetos complementares: uma vez feitas as escolhas mais importantes, é hora de definir as soluções de apoio. Além dos tradicionais projetos estruturais, hidráulicos, sanitários e elétricos, temos ainda algumas possibilidades de projetos complementares, de acordo com o que foi definido durante o projeto de Arquitetura, como por exemplo: automação, aquecimento, paisagismo, impermeabilização, geração de energia, piscinas, entre outros.

  • Orçamento executivo: considerando 2 a 3 orçamentos de cada produto ou serviço para aprovação do cliente e escolha do fornecedor.

E, para nós, o mais importante:

  • Planejamento da obra: além do cronograma de obra, planejar é analisar a hora certa de entrar em campo. Cada serviço tem um momento certo para começar. O planejamento e o cronograma representam a organização das etapas de obra em uma sequência lógica, para que cada serviço aconteça no momento certo, de forma a evitar atrasos e retrabalhos, além de prever e antecipar serviços, antes da entrada em campo.

    Alguns exemplos de atividades que não envolvem projeto: durante o planejamento, são providenciadas as ligações de energia e água para a obra, são verificados acessos, mapeada a logística do canteiro considerando o tempo total de obra para evitar mobilizações desnecessárias, são analisadas as divisas do lote e também os riscos inerentes à vizinhança (construções em divisas, diferenças de níveis, áreas de preservação, entre outras). 

Ou seja, a entrega vai além da produção técnica de desenhos, ela é um ensaio para a obra.

E por isso, permite organizarmos o escopo de execução, que consiste no trabalho de Administração da obra, que é tema para outro texto. 😉 

Mas, resumidamente, as principais atividades da Administração da obra são:

  • Gestão financeira
  • Gestão de pessoas
  • Gestão de contratos
  • Gestão executiva: fiscalização técnica e supervisão de serviços

Para que essas atividades possam ser exercidas, precisamos de uma fase de planejamento bem organizada e documentada, ou não saberíamos quem chamar, quando contratar e nem o que efetivamente fiscalizar no trabalho dos envolvidos. 

Por isso criamos nosso método de trabalho, desenhado de acordo com as necessidades da sua obra. 

Gostou? Então pode sonhar, que a gente realiza 😉 

Simone Fraga é Arquiteta e Urbanista, Especialista em Construções Sustentáveis e pós graduanda em Coordenação e Gestão de Projetos em BIM, atua na área de projetos desde 2008.

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A etapa de desenho do seu espaço extraordinário

A etapa de desenho do seu espaço extraordinário

Neste texto você vai entender porque esse é um momento crucial para a execução correta de tudo que vai em sua construção e porque a ordem dos fatores é tão importante. A etapa de desenho do seu espaço extraordinário é um momento fundamental para o sucesso da obra. 

Chamamos nossas fases de projeto de Definição, Desenho e Entrega

Caso você esteja chegando aqui agora, vamos recomendar que você faça uma leitura deste texto, que fala da etapa de Definição, antes de começarmos a falar da fase de Desenho da sua futura construção, pois esta etapa é uma etapa intermediária entre o projeto inicial e o projeto executivo (Entrega). 

Depois de passar pela nossa fase de Definição, entramos na fase que geraremos todos os desenhos técnicos da obra, ou seja, nesta etapa acontecem eventos muito importantes, que definem o futuro funcionamento da edificação.

Popularmente conhecida como ANTEPROJETO, podemos separar esta etapa em três grandes fases:

  • Projeto Legal
  • Projetos Complementares
  • Compatibilização de Projetos
É uma etapa com baixa participação do cliente, visto que as definições mais importantes e cruciais foram feitas na fase anterior.

O que é Anteprojeto ?

Segundo o Colégio de Arquitetos, o “Anteprojeto é a etapa intermediária do projeto arquitetônico que consiste em uma configuração definitiva da construção proposta. É formado por um conjunto de desenhos que representam o projeto com maior clareza e personalidade.

 

No anteprojeto são incorporados os dados necessários à sua aprovação pelo cliente e pela autoridade competente.

 

Situa-se entre o estudo preliminar e o projeto de execução, de modo que somente a partir do anteprojeto devem ser iniciadas as atividades dos projetos complementares (estrutura, elétrica e hidráulica)”.

A importância da experiência

Aqui começa o ponto chave do sucesso da obra: a experiência profissional. 

E é claro que você quer que tudo dê certo, afinal, não estamos falando apenas de obras, mas de sonhos. 

Então, nesta etapa, a experiência conta muito.

Acredito que você, ou alguém muito próximo de você, passou por uma situação assim 👇

Fonte: Desconhecida

Está bem, não vamos exagerar… mas, que obras tem a péssima fama de serem geradoras de problemas e de casos inusitados durante sua execução, isso precisamos concordar. Esta percepção das pessoas não é nada agradável, e diz muito a respeito de quem somos como sociedade, pois aceitamos isso como algo normal. 

Não ficamos nada satisfeitas com esta má fama das obras.

Para nós, obra não é projeto em andamento, projeto é projeto e obra é obra. Por isso criamos um método de trabalho, para atuar nesses pontos onde o processo precisa de mais atenção.

E vamos te explicar isso passo-a-passo, na ordem em que as atividades acontecem em cada etapa: 

1- Projeto Legal: etapa que consiste em legalizar e licenciar a construção. É preciso entender quando devemos iniciar etapas complementares, por exemplo, realizar projetos complementares antes de aprovar o projeto, pode gerar transtornos desnecessários com ajustes de projetos, por isso, aprovar antes de fazer qualquer tipo de projeto complementar é fundamental.  

2- Projetos Complementares: para que tudo esteja funcionando em harmonia com a arquitetura, na etapa anterior tudo é escolhido, e nesta etapa de desenho, os projetos de estruturas, sistemas, equipamentos e outros são feitos para atender à arquitetura da edificação, já aprovada pelo órgão responsável, ou seja, em sua forma legal. São exemplos de projetos complementares:

  • Hidráulico
  • Redes de Esgoto
  • Redes Pluviais
  • Drenagens
  • Elétrico 
  • Lógico
  • Geração de energia
  • Climatização 
  • Automação
  • Rede de aspiração central
  • Piscinas e tanques 
  • Paisagismo
  • Estruturais: concreto, aço, madeira e/ou alvenarias

3- Compatibilização de projetos: após os projetos lançados, em conjunto com as Engenharias, fazemos o que chamamos de análise de “clashes” ou conflitos. Assim, inconsistências entre as disciplinas de arquitetura e sistemas podem ser detectadas de forma antecipada, evitando ou minimizando retrabalho, atrasos e custos inesperados durante a obra.

Porque o fluxo importa?

Mais uma vez, ressaltamos a importância de ter uma metodologia: o fluxo correto de processos, baseado em metodologias BPM – Business Process Management, garante que nenhuma atividade fuja da ordem, pulando etapas que possam causar perda de informações, ou mesmo sendo produzidas sem que haja uma etapa anterior de aprovação. 

Abaixo um trecho do projeto na metodologia Nesta, desenhada com exclusividade para nossa equipe e parceiros, deixando o caminho claro para cada etapa e onde estão os pontos chave do processo, e onde tudo deve ser aprovado antes de seguir adiante. 

FLUXO DE PROJETOS BIM. Fonte: Nesta Projetos

Acreditamos na cultura do projeto de qualidade, nas informações organizadas e em projetos capazes de mudar o mundo.

 

Por isso nos dedicamos com paixão a projetos cada dia mais especializados, sustentáveis e eficientes. 

Simone Fraga é Arquiteta e Urbanista, Especialista em Construções Sustentáveis e pós graduanda em Coordenação e Gestão de Projetos em BIM, atua na área de projetos desde 2008.

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Porque chamamos o Estudo Preliminar de Fase de Definição?

Porque chamamos o Estudo Preliminar de Fase de Definição?

Em 2018, após uma intensa imersão no universo da Arquitetura e da Gestão de Projetos, descobrimos porque alguns de nossos processos internos não funcionavam bem.

Estivemos em alguns dos maiores escritórios de arquitetura do mundo para encontrar algumas respostas. Mais alguns cursos, uma pós graduação e pelo menos 12 obras executadas depois, aqui estamos para te contar como encontramos a solução. 

E não nos entenda mal, não era uma questão nossa, a grande maioria das empresas do mercado de arquitetura e construção utiliza até hoje esses processos

O que ainda nos espanta e nos fez implantar mudanças profundas em nosso processo de projeto e nos fluxos de trabalho.

Entenda porque chamamos o Estudo Preliminar de projeto de “Fase de Definição” e porque nosso método é a “prova de balas” depois dessa mudança. 

O que é ESTUDO PRELIMINAR?

Segundo a ASBEA – Associação Brasileira de Escritórios de Arquitetura, o Estudo Preliminar é a fase onde devemos “desenvolver o partido arquitetônico e demais elementos do empreendimento, definindo e consolidando todas as informações
necessárias a fim de verificar sua viabilidade física, legal e econômica bem como possibilitar a elaboração dos Projetos Legais.
 

Na prática tradicional, em especial no que diz respeito às obras residenciais, a grande maioria dos escritórios utiliza apenas as plantas e o estudo tridimensional para atender esta fase, e envia a construtoras ou empreiteiros estas informações para obter orçamento “estimado” da construção. 

Geralmente o fluxo de um projeto é organizado da seguinte forma: 

Nessa linha do tempo, o projeto com todos os seus detalhes somente é 100% detalhado quando estiver na última etapa, que geralmente é que antecede ao ORÇAMENTO DEFINITIVO. 

Porém, logo após o estudo preliminar você já quer saber o custo global da obra. E acredite, com apenas as informações gerada até aqui, isso não é possível. 

Aqui começam alguns dilemas… não necessariamente nesta ordem: 

Dilema 1: pressa e/ ou ansiedade

Quando vamos construir, reformar ou decorar, queremos saber logo como tudo vai ficar e, nessas horas, quanto antes tivermos esta imagem melhor, não é verdade?

Te entendemos perfeitamente, somos humanas e compartilhamos da mesma ansiedade. 

Dilema 2: o orçamento

A questão toda é [quase] sempre o orçamento.

É quase uma dúvida existencial, o que vem antes, o ovo ou a galinha?

O projeto ou o orçamento?

Explicamos melhor a seguir… 

O paradoxo do preço

Achamos importante dar um nome para essa situação, pois ela é recorrente, em quase 100% dos projetos.

Devemos ter o valor que queremos gastar antes, ou devemos projetar e orçar, para só então decidir se o preço ficou dentro do orçamento?

Na primeira opção, podemos limitar a criatividade.
Na segunda podemos ficar fora do valor que temos disponível ou até gastar além do que desejamos. 

A segunda opção ainda abre a possibilidade de modificar o projeto, gerando uma frustração com todas as decisões tomadas e escolhas feitas, que agora terão de ser refeitas. E isso ainda pode envolver custo e retrabalho, dependendo da etapa que o projeto está. 

Percebemos também que ninguém quer esperar até o final do processo para saber quanto vai custar, mas que no início não haviam informações suficientes para ter um orçamento confiável.
 

Mas como resolver? 

O Método Nesta

Aí é que entra a nossa solução que vamos te explicar passo-a-passo.

Nosso sistema de linha do tempo não é linear, e usa 3 tempos de projeto: Definição, Desenho e Entrega. 

Primeiro te apresentamos nossa rota ou road-map

 

Tratamos toda a etapa inicial do projeto como uma etapa de definição, pois assim conseguimos orçar com precisão e gerar imagens realistas, para te dar uma visão total do seu projeto. 

Definimos junto com você todos os aspectos a considerar em seu projeto:  

Passo 1 – Levantamentos métricos, documentais, seu gostos, a forma do terreno, etc. 
Passo 2 – Escolhas – sim é preciso escolher! Basicamente, tudo, ainda nesta fase. 
Passo 3 – Desenhos Preliminares na sua linguagem, espia as imagens abaixo 😉 
Passo 4 – Estudo de viabilidade financeira: um orçamento geral estimado com responsabilidade, envolvendo os fornecedores de material e mão de obra de cada etapa da obra, a engenharia, e todos os demais envolvidos.  

Finalizando essa fase chegamos ao desenho de projeto de Arquitetura e Interiores, adequados ao orçamento. 

 

Nossa missão é realizar sonhos com responsabilidade, criando espaços e experiências extraordinárias, por isso, pensamos sempre numa forma de te entregar seu projeto onde tudo faz sentido. 

Foi assim que descobrimos duas informações que são as mais importantes em nosso processo:

1- nada pode ser orçado com precisão sem ser escolhido 

2- nada pode ser desenhado sem que se saiba como será executado

Por isso, nossa fase inicial de projeto é mais longa que as demais. E acredite, vale a pena!

Dizem que o que importa não é o destino e sim a viagem.
Trabalhamos muito para que o passeio valha muito a pena! 

Vem com a gente?

 

Simone Fraga é Arquiteta e Urbanista, Especialista em Construções Sustentáveis e pós graduanda em Coordenação e Gestão de Projetos em BIM, atua na área de projetos desde 2008.

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Arquitetura Sustentável Eficiência energética Meio Ambiente

Afinal, o que é sustentabilidade e porque você deveria se preocupar com isso?

Afinal, o que é sustentabilidade e porque você deveria se preocupar com isso?

Falamos em sustentabilidade aqui o tempo todo. Se somos um pouco repetitivas, pedimos a sua paciência :), nosso objetivo é que o mundo seja um lugar melhor para viver, por isso não cansamos deste assunto

E você? Já parou para pensar se sabe realmente o que é sustentabilidade e porque aplicar na sua vida deveria ser algo natural, como um hábito?

Já trouxemos aqui algumas ideias [que usamos em nossas vidas] de como aplicar no seu dia a dia de forma bem prática ações sustentáveis, pois entendemos que ações valem mais do que palavras.

No entanto, sabemos que as informações chegam para você de forma aleatória, por isso, entendemos que poderíamos contribuir com o teu processo de busca por uma vida mais sustentável e te convidar a conhecer um pouco mais o nosso mundo e o que nos move

Se você quer aprender mais sobre esse conceito e tudo que ele significa, este texto é para você.

Afinal, o que é sustentabilidade e porque você deveria se preocupar com isso?

Conceitos e Breve Histórico 

Para começar, vamos entender o que é sustentabilidade, e um pouquinho de como e porque esse termo começou a ficar tão presente em nossas vidas [e na sua também]. 

 

Sustentabilidade é a capacidade de cumprir com as necessidades do presente sem comprometer a disponibilidade dos recursos para as gerações futuras. O desenvolvimento sustentável tem como o objetivo a preservação do planeta e o atendimento das necessidades humanas. 

Ou seja, quem somos hoje para a nossa família, para a nossa comunidade e para o nosso planeta, impacta diretamente no que terá disponível para as futuras gerações, assim, os nossos filhos, amigos e entes queridos que ainda nem nasceram dependem de nós para ter um futuro sobre o nosso planeta. 

Como tudo começou

Nos anos 90, o sociólogo e consultor britânico John Elkington, co-fundador da organização não-governamental internacional SustainAbility, com grande visão de futuro, criou o conceito de Tripé da Sustentabilidade, advertindo as empresas de que elas teriam que expandir seus modelos de negócios tradicionais, direcionando-se não apenas para a obtenção de lucro, mas também para cuidar do desenvolvimento humano e social, além de agir no sentido de preservar os recursos naturais para as futuras gerações.

Em inglês, o conceito de Tripé da Sustentabilidade que foi criado por Elkington é chamado de Triple Bottom Line, e foi sintetizado em 3 Ps: Profit (Lucro), Planet (Planeta) e People (Pessoas).

 

O conceito evoluiu ao longo dos anos, passando de um conceito mais genérico, dos pilares Econômico, Social e Ambiental para os 3P’s e chegar no que é atualmente, incorporando novos valores, como a vitalidade cultural, evidenciando ainda mais o fator humano ligado ao tema. 

E para onde estamos indo?

Em setembro de 2015, representantes dos 193 Estados-membros da ONU se reuniram em Nova York e reconheceram que a erradicação da pobreza em todas as suas formas e dimensões, incluindo a pobreza extrema, é o maior desafio global e um requisito indispensável para o desenvolvimento sustentável. 

Ao adotarem o documento “Transformando o Nosso Mundo: A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”, os países comprometeram-se a tomar medidas ousadas e transformadoras para promover o desenvolvimento sustentável nos próximos 15 anos sem deixar ninguém para trás.

A Agenda 2030 é um plano de ação para as pessoas, o planeta e a prosperidade, que busca fortalecer a paz universal. O plano indica 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, os ODS, e 169 metas, para erradicar a pobreza e promover vida digna para todos, dentro dos limites do planeta. São objetivos e metas claras, para que todos os países adotem de acordo com suas próprias prioridades e atuem no espírito de uma parceria global que orienta as escolhas necessárias para melhorar a vida das pessoas, agora e no futuro.

Este é um plano para governos, sociedade, empresas, academia e para você.

As metas abrangem todos os setores da economia, todos os temas, e de alguma forma impactam a sociedade como um todo. 

E acredite, ler esse documento e se informar sobre isso já é um grande passo! 

Agenda 2030: Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Um mundo perfeito

Como o mundo seria se todos pudéssemos fazer o nosso melhor? 

Se reduzíssemos a geração de lixo, se nenhum ser ficasse sem acesso a alimentos seguros ou água potável, o mundo seria um lugar perfeito.

Estamos longe disso, mas acredite, sustentabilidade começa muito mais em você do que imagina. Alguns objetivos de sustentabilidade sequer tem a ver com o meio ambiente, pois começam em nós, nos comportamentos de igualdade, tolerância, na não-discriminação e também na garantia de direitos básicos.

Afinal, somos todos humanos, compartilhando o mesmo pequeno planeta. 

Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) emergiram de uma série de cúpulas multilaterais realizadas durante os anos 1990 sobre o desenvolvimento humano. 

O processo de construção dos ODM contou com especialistas renomados e esteve focado, principalmente, na redução da extrema pobreza. A Declaração do Milênio e os ODMs foram adotados pelos Estados-membros da ONU em 2000 e impulsionaram os países a enfrentarem os principais desafios sociais no início do século XXI.

Os ODMs reconheceram a urgência de combater a pobreza e demais privações generalizadas, tornando o tema uma prioridade na agenda internacional de desenvolvimento e sendo incorporados posteriormente à Agenda 2030.

Veja que isso foi no ano 2000, e a meta seria chegar a esses objetivos até 2015. Passaram-se 21 anos e faltam apenas 9 para a nossa Agenda 2030. 

Acreditamos que agora você deve ter entendido como esse assunto passou a fazer parte tão presente da sua vida. 😉

 

Primeiros passos da Agenda 2030: Os objetivos do Milênio

Curiosidade: 

Você sabia que o famoso Empire State Building em Nova Iorque é o maior Greenbuilding do mundo? Construído em 1930, tem 103 andares e segue se reiventando. Obteve o nível Leed Gold em 2011. Na arquitetura, é possível ser antigo e totalmente contemporâneo ao mesmo tempo. Pense nisso!

Empire State Building - Fonte da imagem: getyourguide.com.br

Quanto custa não ser sustentável

Dizem que podemos aprender de duas formas, por amor ou pela dor. 

Você já parou para pensar no que está perdendo quando pensa que essa “onda verde” não é para você? 

Além de gastar mais recursos naturais, sua conta é mais cara também, afinal, como costumamos explicar para nossos clientes: quando se trata de sustentabilidade na arquitetura, todo investimento feito para ter tecnologias melhores durante a obra, resulta em economia depois, no uso da edificação. 

Afinal, um sistema como o de geração de energia solar fotovoltáica é pago uma vez, enquanto a conta de luz pagamos todos os meses. 

Esse é um conceito de sustentabilidade que chamamos de pay back, que significa, literalmente, “pagar de volta”. É a conta matemática que fazemos de quanto tempo levará para recuperarmos o investimento feito em um sistema através da economia gerada por ele.  

Guarde essa informação: os números não mentem! 

 

Quero começar e não sei por onde

Recomendamos que você comece por onde cabe no seu tempo e na sua rotina. Mas grandes mudanças vem aos poucos, não é mesmo?

Então você pode fazer isso todos os dias um pouquinho, começando assim: sempre que for consumir, comprar ou construir, procure saber se o que você vai adquirir ou o serviço que vai usar é socialmente responsável ou sustentável. 

Vamos assumir que separar o seu lixo e consumir água e energia de forma consciente  você já faz, combinado?

Por isso, vamos te dar alguns exemplos de como ir além 😉

Mas antes, temos algumas boas notícias! 

Se você costuma comprar de produtores e empresas locais, priorizando os negócios próximos a você, você já é mais sustentável.

Quando você pensa além do seu espaço, seja da sua casa, empresa, escola do seu filho, quando olha para o seu bairro, para a cidade, para o país, você está pensando de forma alinhada com os pilares da sustentabilidade: social, econômico e ambiental. A consciência de que impactamos além das paredes das nossas casas já é um ato de sustentabilidade. 

E agora, sim, vamos além?

  1. Vamos trocar o mais breve possível em nossas vidas: lâmpadas incandescentes, ar condicionado de janela, chuveiro elétrico e deixa de usar água potável no vaso sanitário.
  2. Quando for pensar em construir, você pode escolher:
  • Sistemas construtivos mais limpos
  • Empregar menos água na sua obra
  • Usar bacias sanitárias economizadoras de água
  • Instalar sistemas que economizam energia
  • Reaproveitar a água da chuva
  • Gerar sua própria energia 
  • Dar atenção ao isolamento térmico e acústico, para economizar energia
  • Buscar produtos locais e menor impacto com transporte
  • Escolher fornecedores social e ambientalmente responsáveis
  • Consumir produtos certificados 
  • Reduzir o uso de madeira, mas se usar, escolher apenas madeiras com certificação de origem 
  • Preocupar-se com o destino dos resíduos 
  • Fazer uma obra licenciada, legalizada e com responsáveis técnicos
  • Solicitar nota fiscal dos produtos que compra
  • Entender que as escolhas feitas repercutem por toda a vida do imóvel
  • Investir mais tempo no projeto para garantir a qualidade de todas essas escolhas
Como você pode ver, a sustentabilidade é uma escolha.
 

E por isso escolhemos estar em constante evolução para construir melhor e com menos impacto. 

Nosso próximo passo é construir espaços não mais apenas sustentáveis, mas saudáveis, pensando no bem estar das pessoas acima de tudo. Em breve te contamos mais sobre isso, pois estamos estudando este tema com muita dedicação no momento. 

Essa é a nossa missão: criar espaços extraordinários é pensar nas pessoas, e é por isso que a sustentabilidade é tão importante para nós.

Nesta semana começa a COP26, que vai 31 de outubro a 12 de novembro de 2021, na qual Líderes mundiais encontram-se em Glasgow, na Escócia, para a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática. 

Simone Fraga é Arquiteta e Urbanista, Especialista em Construções Sustentáveis e pós graduanda em Coordenação e Gestão de Projetos em BIM, atua na área de projetos desde 2008.

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Arquitetura de Interiores Arquitetura Sustentável

Biofilia – tendência ou genética?

Biofilia – tendência ou genética?

Biofilia – do grego bios, vida e philia, amor, afeição – significa literalmente “amor pela vida”. É um termo que vem sendo usado na arquitetura e no design há pouco tempo, porém, ele foi mencionado pela primeira vez em 1964 por um psicólogo, e se popularizou na década de 80, através do biólogo Edward O. Wilson.

 

Segundo Winston em seu livro “Biofilia”, os seres humanos têm uma ligação emocional inata com outros organismos vivos e com a natureza.

Este mesmo conceito foi desenvolvido em seu segundo livro, em parceria com Stephen Kellert, intitulado “A hipótese da biofilia” que discute a possibilidade de haver base genética para nosso apreço pela natureza.

 

Na história da humanidade, o homem sempre teve muito contato com a natureza. Se formos analisar alguns números, desde o Homo Sapiens, (200.000 anos), passando pela agricultura (16.000 anos) e, finalmente, com o surgimento das cidades (6.000 anos), veremos que esse afastamento é recente em proporção a nossa existência e a nossa relação com a natureza.

 

Fonte: http://uptowhat.com.br/vislumbres/o-homem-e-natureza

Nossa história está essencialmente ligada a ambientes naturais. Até a década de 50, dois terços da população vivia em ambientes naturais. Isso tudo que está acontecendo é muito recente com relação à história da humanidade.

Biofilia no presente

 

Neste novo cenário construído as pessoas vivem uma pressão por desempenho, e dividem sua atenção com tudo que está acontecendo ao seu redor, gerando dificuldade de foco e aprofundamento contemplativo. 

 

Nossa sociedade está sendo chamada por estudiosos de sociedade do cansaço. O trabalho esteve em primeiro plano por muitas décadas e os ambientes construídos passaram a ser o cenário de maior permanência da maioria das pessoas. 

 

A organização mundial da saúde OMS estima que a ansiedade, que se manifesta pelo pânico, estresse e compulsão, atinge 1 a cada 25 pessoas na terra. No Brasil, quase 10% da população sofre de distúrbios psíquicos.

 

Diferente do que se pensava antigamente, a qualidade de vida não tem ligação direta com o desenvolvimento econômico. Ela depende de nos sentirmos bem, em paz – e a Biofilia é nossa capacidade natural de nos sentirmos bem em determinados lugares. É um sentimento inato de pertencimento a algo maior, é nossa essência.

 
Fonte: https://itsinformov.com.br/pt_br/projetos/its-informov/

Felizmente a arquitetura tem voltado seus olhares e estudos para ambientes mais conectáveis, não no sentido tecnológico, mas sensorial. Cada vez mais os criadores, designers e arquitetos estão voltando sua atenção para a perfeição da natureza. E existe melhor referência para qualquer projeto do que essa?

Na prática

Mas como os arquitetos podem alcançar essa conexão? Integrando a natureza aos seus espaços, através da iluminação natural, ventilação e, principalmente, vegetação. Incorporando materiais naturais como madeira, fibras e pedras aos seus projetos. 

 

Um estudo conduzido por 10 anos pelo Dr. Chris Knight da Exeter University demonstrou que as plantas aumentam em 38% a produtividade dos funcionários, enquanto estimularam uma melhora em 47% nos níveis de bem estar e 45% nos níveis de criatividade.

 
Fonte: https://itsinformov.com.br/pt_br/projetos/its-informov/

Neuroarquitetura

É comprovado que ambientes biofílicos aumentam a produtividade, o bem estar, a criatividade e a cognição. Além disso, diminuem em 37% a ansiedade e em 30% os distúrbios psíquicos.   

 

Dentro deste contexto, não poderia deixar de mencionar a Neuroarquitetura, que estuda a influência dos espaços no cérebro humano, e que tem dentro dela a biofilia. Estudos demonstram que a neuroarquitetura e a biofilia proporcionam espaços especiais para trabalhar.

 

Passamos 90% da nossa existência em determinados ambientes e isso torna ainda mais urgente que elementos relacionados à natureza estejam presentes para que a qualidade de vida de quem usufrui dos espaços também esteja ali.

 
Fonte: https://www.wework.com/pt-BR

Isso vale para todos os locais. Porém, quando pensamos em ambientes corporativos, os estudos são ainda mais necessários, já que faz uma grande diferença no aumento da produtividade – o que, consequentemente, oferece o crescimento da empresa e do profissional ao demonstrar um trabalho de qualidade.

Sabe-se que em hospitais, pacientes se curam 30% mais rápido em espaços com janelas ou vegetação. Isso se reflete também para os profissionais da saúde, que acabam se sentindo mais dispostos em voltar para o seu ambiente de trabalho.

 
Hospital Universitário St. James em Leeds na Inglaterra - Fonte: https://sustentarqui.com.br/arquitetura-biofilica-traz-bem-estar-a-pacientes/

Mais produtividade, mais atenção, menos pessoas doentes. As pessoas querem trabalhar nestes lugares pois elas se sentem mais felizes.

A gente pertence à natureza, quer queira, quer não. 

Nos afastamos demais desse contato mas, felizmente, estamos voltando para essa conexão, para a necessidade humana de estarmos mais próximos à natureza. Afinal, não é mais fácil preservar o que temos e conviver com essa maravilha que a natureza nos dá? 

É um caminho sem volta… Estejamos abertos.

Deise De Conto é Arquiteta e Urbanista, Especialista em Reabilitação Ambiental Sustentável, atua na área de projetos desde 2000.

Fontes: WEWork | IST Informov | Eduardo Cabral – arquiteto informov | TarJab | VegMag | Lab Design

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Saiba tudo sobre ripados na arquitetura

Saiba tudo sobre ripados na arquitetura

Queridinhos do momento, os ripados ou painéis ripados fazem bonito nas fachadas, nas áreas externas e na arquitetura de interiores.
Neste texto te apresentamos os principais materiais e possibilidades de uso deste elemento super alinhado com a arquitetura contemporânea.

O que são ripados?

As ripas são peças estreitas e compridas, em madeira, MDF e outros materiais (PVC, poliestireno, metal, entre outros), unidas por um elemento comum (seja um painel ou guias transversais) em arranjos verticais, horizontais ou inclinados. Os ripados ou painéis ripados podem ser utilizados em elementos como portas, painéis, elementos vazados, revestimentos, entre tantas outras aplicações. 

 

Por que usar?

Além de bonitos e atemporais, os ripados permitem vários desenhos e podem ser utilizados em diversas cores, dependendo do tom da madeira escolhida. 

São uma forma contemporânea de usar a madeira nos ambientes e um recurso versátil para a arquitetura, pois permitem valorizar a altura ou pé direito de um ambiente, separar de forma discreta, valorizar mobiliários, aplicar iluminação, ocultar uma porta, entre tantas outras aplicações, que o tornaram o “queridinho” do momento na arquitetura. 

 

Como usar?

Em fachadas

No lado externo, os ripados podem fazer as vezes de revestimento, brises, venezianas ou até mesmo elementos decorativos. 

Na decoração de interiores

Na arquitetura de interiores e na decoração, os painéis ripados não têm limites. Por serem muito versáteis e atemporais, suas aplicações são muito variadas. 

A madeira com tons mais naturais tende a ser mais atemporal e por isso dura mais.

Elementos verticais sujam com menos facilidade e aparentam aumentar o pé direito (altura) dos ambientes. 

Algumas ideias de uso dos ripados: 

  • Cabeceiras: quando usados como cabeceira, podem ir até o forro ou ser de meia altura 
  • Portas: usados para ocultar ou revestir portas internas 
  • Painéis de TV 
  • Divisões de ambientes
  • Escadas
  • Revestimento 
  • Portas ou painéis deslizantes
  • Forros 

Leia mais em:

https://www.bentec.com.br/pt/2021/05/31/ripados-os-queridinhos-da-vez/

https://www.todeschini.com.br/blog/paineis-ripados-o-revestimento-que-conquistou-o-design-de-ambientes/

 

Encontre mais referências nesta seleção do Pinterest.

Materiais

Além da tradicional madeira natural e do MDF revestido em tons de madeira, hoje há muitos fornecedores oferecendo soluções mais tecnológicas e de baixa manutenção, além de revestimentos criativos, que simulam o ripado, facilitando seu uso e reduzindo seu custo, como é o caso do MDF Brise da Duratex

Arkos tem uma linha completa de ripados para interiores e exterior com materiais de madeira ecológica compostos de 50% madeira e 50% plásticos que não requerem pintura e são de baixa manutenção. 

Já a Santa Luzia tem uma linha de ripados somente para ambientes internos e ripados de encaixe, todos em poliestireno. 

Simone Fraga é Arquiteta e Urbanista, Especialista em Construções Sustentáveis e pós graduanda em Coordenação e Gestão de Projetos em BIM, atua na área de projetos desde 2008.

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Arquitetura Sustentável Construção Seca Steel Frame

Engenheiro conta como são as fundações para o Light Steel Frame

Engenheiro conta como são as fundações para o Light Steel Frame

Você que nos acompanha, sabe que o Light Steel Frame é nosso sistema construtivo principal. 

Já fizemos inúmeras palestras e visitas guiadas em nossas obras para levar o conhecimento para consumidores, estudantes e profissionais da arquitetura e quando iniciamos uma visita, normalmente começamos explicando como são as fundações e quais as características específicas para atender ao sistema. 

Bem, é sobre este assunto que vamos falar hoje. 

Quando falamos em Light Steel Frame, logo pensamos em construção rápida e leve e isso afeta diretamente nas fundações. Para o sistema de construção a seco, em nossa região, normalmente usamos de dois tipos: convencional (sapatas, pilares, vigas e laje) ou radier.

Pelo fato de não termos muitos pavimentos e o peso por metro quadrado ser baixo, (em média, a construção com em Steel Frame pesa 250Kg/m² contra 1.250Kg/m² da Construção Convencional – alvenaria) a fundação mais utilizada para o sistema é o radier.

O Radier

Radier é um tipo de fundação superficial caracterizada por uma laje de concreto armado que recebe as cargas da edificação e distribui sobre uma grande área do solo. Possui normalmente entre 10 e 20 cm de espessura.

 
 
Foto: Acervo Nesta

Tecnicamente falando, muitos fatores influenciam no tipo de fundação que será utilizada em uma construção, como resistência do solo, número de pavimentos, projeto arquitetônico, entre outros. 

Separamos a seguir, 5 perguntas que fizemos para nosso engenheiro civil* sobre as fundações para Steel Frame:

1- Qual o tipo de fundação mais indicada para o Steel Frame?

Em qualquer obra, o correto a fazer é um estudo do solo no local, por intermédio de sondagens ou análises das propriedades do solo, mas em geral, o radier atende bem às demandas do steel frame.

2 – Por que o radier é bastante utilizado nesse sistema?

O radier é um tipo de fundação fácil e de rápida execução, além de ser barato comparado ao sistema de sapatas, blocos e estacas quando bem dimensionado.

3 – O que influencia na escolha do tipo de fundação para o steel frame?

O principal fator a ser avaliado do steel frame, são as cargas provenientes da estrutura e como estas serão dissipadas no solo, além disso, diferente dos sistemas convencionais de concreto armado com alvenaria de vedação, o steel frame já vem pronto da indústria, trabalhando com precisão milimétrica nas peças, ou seja, a fundação adotada precisa seguir o perímetro do steel frame com pequena taxa de erro no esquadro da fundação.

4 – Como é feito o radier?

O radier segue o mesmo conceito de uma laje convencional, com a diferença de ficar apoiado diretamente no solo. O solo precisa ser compactado antes da execução do radier e preparado com uma lona e brita, para servir de leito para o concreto do radier. 

Leito com lastro de brita. Foto: Acervo Nesta

A armação do radier, diferente da maioria das lajes convencionais, é feita com malha dupla, podendo ser comprada pronta em qualquer loja de material de construção, dando agilidade e economia na execução da obra.

Armadura para o radier. Foto: acervo Nesta
5 – Quando NÃO é possível utilizar o radier como fundação no Steel Frame?

Terrenos que possuem grandes diferenças de nível inviabilizam a utilização do radier. Para edificações com mais de quatro pavimentos ou muito carregadas não se recomenda o uso do radier sem o estudo adequado do solo.

Também é importante mencionar que as tubulações elétricas e hidráulicas devem ser colocadas abaixo do radier com saídas na laje antes da concretagem, evitando assim que sejam feitos cortes e furos na base já executada. 

Tubulações e esperas antes da concretagem (Foto: Acervo Nesta)

Em geral, como todo o sistema de construção a seco, as fundações também costumam ser mais simples e o radier se apresenta com vantagens em relação às fundações convencionais, as quais podemos citar: o baixo custo, a redução de mão-de-obra e a rapidez na execução.

De qualquer forma, é sempre importante avaliar cada caso e ter uma equipe técnica especializada para desenvolver o projeto e a obra. Na Nesta, você encontra tudo isso. Vem com a gente fazer sua obra extraordinária!

 

Deise De Conto é Arquiteta e Urbanista, Especialista em Reabilitação Ambiental Sustentável, atua na área de projetos desde 2000.

*Giusephe Tael Much é Engenheiro Civil formado pela FSG (Centro Universitário da Serra Gaúcha) e trabalha com a Nesta desde 2019. 

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Arquitetura de Interiores Decisão de compra Dicas

Casa inteligente: eu preciso de uma?

Casa inteligente: eu preciso de uma?

Estamos na era da internet das coisas, logo teremos a velocidade do 5G. Cada vez mais nossa casa tem a possibilidade de ser automatizada, se auto gerenciar e fazer atividades simples de forma remota.

Mas será que você e a sua casa precisam disso? Quais as vantagens, benefícios e razões para ter uma casa inteligente? Nessa matéria, você entenderá o que a automação residencial pode fazer por você e por que ter [ou não] na sua casa. 

Afinal, a escolha é SUA! 

Tipos de automação

Atualmente, você pode contar com dois tipos de solução para automatizar sua casa: 

Sem fio: utiliza sistemas modulares conectados a uma central wi-fi onde cada módulo controla um ou mais equipamentos, lâmpadas ou circuitos. A vantagem deste sistema é a possibilidade de ser implantado em obras existentes, praticamente sem nenhuma intervenção. 

Cabeada: utiliza uma central onde o sinal é distribuído a cada ponto por uma rede de cabos conectados a cada um dos equipamentos ou circuitos a automatizar. Esta tecnologia, em geral, tem maior estabilidade por não sofrer interferências ou instabilidades de sinal, no entanto, precisa ser pensada durante o seu projeto, sob o risco de inviabilidade de implantação. 

Se quiser saber mais sobre o comparativo entre esses dois sistemas, leia mais aqui

O QUE AUTOMATIZAR E PORQUE

Climatização

Sistemas de calefação, ar condicionado, piso radiante, lareiras eletrônicas, entre outros sistemas podem ser programados para ligar e desligar em horários específicos. Isso gera, além de conforto, economia de energia. 

Aquecimento da água

Se você utiliza sistemas de água com taque de acumulação, poderá ter um custo muito alto para que tenha água quente disponível a maior parte do tempo. A automação pode te dar conforto e economia permitindo que você aqueça a água somente em horários alternados. Em outras palavras, acione o aquecimento somente quando realmente necessário, economizando energia. 

Sensores 

Uma das formas mais simples de automação, os sensores de presença, chuva ou luminosidade nos permitem acionar equipamentos, luzes ou mesmo a irrigação através desta tecnologia.

Home Theather – Som e Imagem

Entretenimento e conforto andam juntos, e você já pode ter isso na palma da mão. Os sistemas de som nos permitem ter mais de uma área da casa compartilhando o equipamento de home theather para diferentes áreas de som, com tecnologia e qualidade. 

Iluminação

A iluminação é umas das categorias onde a automação é mais utilizada. O sistema nos permite criar cenários para chegada e saída de casa, férias, verão e inverno, a imaginação é o limite. 

Ligar e desligar luzes em horários específicos pode gerar muita economia de energia e ainda facilitar o dia a dia, afinal, quem nunca esqueceu uma lâmpada acesa ao sair de casa?  

Persianas e Cortinas

Além de controlar a luminosidade, as cortinas e persianas protegem nosso mobiliário e nossa privacidade. Com a automação, podemos controlar a incidência solar em nossas casas, reduzindo até mesmo a carga térmica produzida pelo sol e o uso do ar condicionado no verão. 

Irrigação

Os sistemas de irrigação atendidos pela automação residencial podem molhar a sua grama apenas quando não chove. São controlados por centrais climáticas e sensores de umidade, economizando água e garantindo o melhor cuidado com o seu jardim. 

Segurança

Se você busca segurança, a casa inteligente poderá controlar fechaduras magnéticas, câmeras de segurança e alarme. 

Seja fechando toda a casa, apagando as luzes e ligando o alarme na sua saída, registrando ou até mesmo avisando quando há acessos na sua fechadura eletrônica. 

Outras funções

Além de tudo que já falamos, você ainda poderá: 

  • Ligar/desligar eletrodomésticos de forma remota 
  • Utilizar Assistentes de Voz como o Google e a Alexa 
  • Controlar sua casa pelo smartphone

 

BENEFÍCIOS

 

Além da sustentabilidade obtida através da redução do consumo de água, energia e outros combustíveis, você pode gerar muito conforto e bem estar através da automação. 

Segurança e economia de energia são os pontos altos da automação em nossa opinião, e a tecnologia já não é mais vista somente como supérflua ou luxo. 

Deixamos aqui um vídeo do canal do colega Ralph Dias, da Planarq eu ilustra um pouco de tudo que foi falado aqui no texto para você entender e se inspirar. 

Acreditamos no poder das escolhas, na informação de qualidade e nas decisões assertivas – aquelas que levam sua casa a ser um espaço extraordinário.

As casas inteligentes já são uma realidade aplicada a muitos de nossos projetos e acreditamos que não são apenas luxo ou uma novidade para poucos. Temos certeza que, dentro das suas necessidades e desejo de investimento, não é necessário fazer todos os sistemas citados aqui. Afinal, a sua decisão é sempre a melhor, pois é a que atende você e sua família.

Nosso papel é trazer o que há de mais inovador e ajudá-lo a fazer a sua casa ser o mais sustentável possível. E concluímos que sim, a automação residencial é um recurso de sustentabilidade. 

Esperamos ter ajudado!

Quer nos ajudar também? Compartilha esse texto com quem está pensando em construir, curte nossas redes sociais e escreve para nós sobre quais temas vocês gostaria de saber mais. 

 

Simone Fraga é Arquiteta e Urbanista, Especialista em Construções Sustentáveis e pós graduanda em Coordenação e Gestão de Projetos em BIM, atua na área de projetos desde 2008.

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Arquitetura de Interiores Arquitetura Sustentável Dicas Eficiência energética Iluminação Meio Ambiente Sustentabilidade

Reforma sustentável – o valor das edificações existentes

Reforma sustentável – o valor das edificações existentes

O tempo passa e, em cada período, a arquitetura apresenta características diferentes. As demandas dos moradores não são mais as mesmas. É preciso que a casa se adapte e se transforme.

Dentro da bandeira das construções sustentáveis e responsáveis, existe uma abordagem que não é muito reconhecida, porém que possui alta demanda e grande potencial: as reformas. É um ponto de vista diferente, que ganha força no movimento por construções que causem menos impacto. 

Ouso dizer que uma reforma pode ser mais sustentável do que uma obra nova, principalmente porque aproveita algo existente. Quando reformamos, “pulamos” uma boa parte do processo construtivo. É como se fossemos direto para a etapa dos acabamentos e instalações, porque tudo o que vem antes já está pronto. 

Isso por si só já economiza muitos recursos e evita todo o desperdício de materiais que envolve esta etapa em uma construção convencional (digo convencional, pois nos sistemas construtivos a seco o desperdício é bem menor). 

 
“Em um mundo onde o lixo é um problema grave, é urgente que a arquitetura se adapte.”

Nossa proposta

Dentro dos serviços que prestamos, a reforma tem ganhado espaço e é, de certa forma, uma queridinha. 🙂 Quem nunca assistiu os episódios de Irmãos a obra? É maravilhoso poder ver espaços antigos e que não atendem mais às necessidades da família se transformarem em espaços lindos, renovados e funcionais!

Porém nossa proposta vai além da reforma em si – avançamos, propondo reformas mais sustentáveis, que valorizam as características originais e as qualidades da edificação, com menor impacto e foco na saúde e bem estar do usuário.

O retrofit

Nesse caso, o Retrofit, é o que representa melhor essa abordagem. Porém, “o termo retrofit não deve ser confundido com restauração — que devolve o edifício ao seu estado original — nem com reforma — que não se compromete com as características originais do prédio. Modernização é a palavra que tem o significado conceitual mais próximo da técnica — já que, além de restaurar o edifício, o retrofit renova as estruturas com novos materiais e soluções.

Dentre as principais vantagens que o retrofit proporciona às obras de arquitetura, destaca-se o potencial sustentável — uma vez que a adequação torna a fachada mais eficiente e introduz sistemas hidráulicos, de eletricidade, iluminação e ventilação que atendem exigências ambientais.

Em suma, além de uma grande intervenção no edifício, o retrofit determina a forma como o prédio irá funcionar para reduzir gastos energéticos e custos com manutenções.” – AECWEB

Na prática

Vamos ver como isso funciona na prática? Listamos abaixo algumas iniciativas que adotamos para ter uma de reforma sustentável:

1 – Reaproveitar itens 

Antes de sair descartando tudo na caliça de coleta de resíduos, é importante fazer uma avaliação do que pode ser reaproveitado ou doado. Alguns materiais como torneiras, esquadrias e móveis, por exemplo, podem ser relocados ou doados. A prática de vender ou doar itens é muito sustentável. Ela permite que outras pessoas possam comprar produtos usados com valores acessíveis, evitando que eles virem lixo.

 
2 – Flexibilidade

Além das necessidades atuais da reforma, é importante pensar em como o espaço pode se adequar a novos usos que possam surgir. Principalmente nos projetos corporativos, é comum que as empresas contratem novos funcionários ou incorporem novos setores à estrutura e precisem adequar o espaço às novas demandas. 

Neste caso, divisórias que podem ser reposicionadas e plantas livres que permitam novas compartimentações são importantes de serem consideradas. Estruturas metálicas que são recicláveis também podem ser desmontadas e reaproveitadas, além de chegarem prontas para serem instaladas.

 
3 – Projeto executivo

Sabemos que qualquer reforma não está livre de surpresas e, mesmo que seja bem planejada, requer ajustes e adaptações. Porém, quando existe um projeto bem resolvido e pensado para ser executado, esses ajustes reduzem drasticamente. 

Uma equipe com qualidade técnica e que faça um levantamento detalhado e um projeto compatibilizado é item importante para a sustentabilidade da obra. 

4 – Eficiência energética

Renovar as instalações elétricas pode representar boa economia na nova conta: para isso, tenha projeto elétrico elaborado por um profissional capacitado. Substituir a iluminação por lâmpadas de led e dimensionar a necessidade de iluminação artificial, por exemplo, complementam e contribuem para um melhor desempenho energético.

 
5 – Valorização da iluminação e ventilação natural 

Foi-se o tempo em que os funcionários eram considerados quase parte do mobiliário. Hoje, a produtividade é sinônimo de bem-estar e é comprovado que proporcionar ambientes bem iluminados e ventilados aumenta a produtividade e reduz as chances de problemas de saúde e consequentemente se ausentar com frequência. 

 
6 – Biofilia e vegetação

Estar dentro dos ambientes significa se afastar da natureza, certo? Não mais. Conceitos como Biofilia e Urban Jungle estão cada vez mais presentes nos projetos de interiores. Trazer a natureza para dentro é mais que uma tendência, é uma necessidade que proporciona aconchego e bem estar.

 
7 – Torneiras e descargas ecológicas

A reforma é uma ótima oportunidade de optar por produtos que economizam recursos e, consequentemente, dinheiro. Torneiras com temporizador podem reduzir o consumo de água em até 80% se comparadas às torneiras de banheiro tradicionais. As descargas com duplo acionamento também reduzem o consumo de água quando apresentam litragem diferente para líquidos (3 litros) e sólidos (6 litros). 

Além destes itens, as empresas do ramo já apresentam outras soluções para diminuir o consumo tanto de água quanto de energia. A Deca, por exemplo criou o sistema Deca Comfort, que está presente em toda a linha de torneiras e misturadores Deca e proporciona economia de até 60% de água.

Já a cuba L. 737, com solução Plug&Play, é sinônimo de Reforma Fácil e foi desenvolvida para auxiliar as pessoas que desejam substituir a cuba de embutir oval (L.37) por uma de apoio, sem precisar fazer a troca ou quebrar a bancada, pois seu tamanho é capaz de cobrir o corte universal de tampos já existentes, além de auxiliar no aproveitamento da furação do tampo para a instalação dos metais. 

 

Existem diversas outras ações que podem ser adotadas para fazer da reforma uma obra sustentável. Valorizar o que já existe é uma virtude na construção civil e já temos muitos edifícios construídos no mundo, talvez seja a hora de parar de construir e começar a reformar. #ficaadica

 

Deise De Conto é Arquiteta e Urbanista, Especialista em Reabilitação Ambiental Sustentável, atua na área de projetos desde 2000.

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