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Afinal, o que é sustentabilidade e porque você deveria se preocupar com isso?

Afinal, o que é sustentabilidade e porque você deveria se preocupar com isso?

Falamos em sustentabilidade aqui o tempo todo. Se somos um pouco repetitivas, pedimos a sua paciência :), nosso objetivo é que o mundo seja um lugar melhor para viver, por isso não cansamos deste assunto

E você? Já parou para pensar se sabe realmente o que é sustentabilidade e porque aplicar na sua vida deveria ser algo natural, como um hábito?

Já trouxemos aqui algumas ideias [que usamos em nossas vidas] de como aplicar no seu dia a dia de forma bem prática ações sustentáveis, pois entendemos que ações valem mais do que palavras.

No entanto, sabemos que as informações chegam para você de forma aleatória, por isso, entendemos que poderíamos contribuir com o teu processo de busca por uma vida mais sustentável e te convidar a conhecer um pouco mais o nosso mundo e o que nos move

Se você quer aprender mais sobre esse conceito e tudo que ele significa, este texto é para você.

Afinal, o que é sustentabilidade e porque você deveria se preocupar com isso?

Conceitos e Breve Histórico 

Para começar, vamos entender o que é sustentabilidade, e um pouquinho de como e porque esse termo começou a ficar tão presente em nossas vidas [e na sua também]. 

 

Sustentabilidade é a capacidade de cumprir com as necessidades do presente sem comprometer a disponibilidade dos recursos para as gerações futuras. O desenvolvimento sustentável tem como o objetivo a preservação do planeta e o atendimento das necessidades humanas. 

Ou seja, quem somos hoje para a nossa família, para a nossa comunidade e para o nosso planeta, impacta diretamente no que terá disponível para as futuras gerações, assim, os nossos filhos, amigos e entes queridos que ainda nem nasceram dependem de nós para ter um futuro sobre o nosso planeta. 

Como tudo começou

Nos anos 90, o sociólogo e consultor britânico John Elkington, co-fundador da organização não-governamental internacional SustainAbility, com grande visão de futuro, criou o conceito de Tripé da Sustentabilidade, advertindo as empresas de que elas teriam que expandir seus modelos de negócios tradicionais, direcionando-se não apenas para a obtenção de lucro, mas também para cuidar do desenvolvimento humano e social, além de agir no sentido de preservar os recursos naturais para as futuras gerações.

Em inglês, o conceito de Tripé da Sustentabilidade que foi criado por Elkington é chamado de Triple Bottom Line, e foi sintetizado em 3 Ps: Profit (Lucro), Planet (Planeta) e People (Pessoas).

 

O conceito evoluiu ao longo dos anos, passando de um conceito mais genérico, dos pilares Econômico, Social e Ambiental para os 3P’s e chegar no que é atualmente, incorporando novos valores, como a vitalidade cultural, evidenciando ainda mais o fator humano ligado ao tema. 

E para onde estamos indo?

Em setembro de 2015, representantes dos 193 Estados-membros da ONU se reuniram em Nova York e reconheceram que a erradicação da pobreza em todas as suas formas e dimensões, incluindo a pobreza extrema, é o maior desafio global e um requisito indispensável para o desenvolvimento sustentável. 

Ao adotarem o documento “Transformando o Nosso Mundo: A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”, os países comprometeram-se a tomar medidas ousadas e transformadoras para promover o desenvolvimento sustentável nos próximos 15 anos sem deixar ninguém para trás.

A Agenda 2030 é um plano de ação para as pessoas, o planeta e a prosperidade, que busca fortalecer a paz universal. O plano indica 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, os ODS, e 169 metas, para erradicar a pobreza e promover vida digna para todos, dentro dos limites do planeta. São objetivos e metas claras, para que todos os países adotem de acordo com suas próprias prioridades e atuem no espírito de uma parceria global que orienta as escolhas necessárias para melhorar a vida das pessoas, agora e no futuro.

Este é um plano para governos, sociedade, empresas, academia e para você.

As metas abrangem todos os setores da economia, todos os temas, e de alguma forma impactam a sociedade como um todo. 

E acredite, ler esse documento e se informar sobre isso já é um grande passo! 

Agenda 2030: Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Um mundo perfeito

Como o mundo seria se todos pudéssemos fazer o nosso melhor? 

Se reduzíssemos a geração de lixo, se nenhum ser ficasse sem acesso a alimentos seguros ou água potável, o mundo seria um lugar perfeito.

Estamos longe disso, mas acredite, sustentabilidade começa muito mais em você do que imagina. Alguns objetivos de sustentabilidade sequer tem a ver com o meio ambiente, pois começam em nós, nos comportamentos de igualdade, tolerância, na não-discriminação e também na garantia de direitos básicos.

Afinal, somos todos humanos, compartilhando o mesmo pequeno planeta. 

Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) emergiram de uma série de cúpulas multilaterais realizadas durante os anos 1990 sobre o desenvolvimento humano. 

O processo de construção dos ODM contou com especialistas renomados e esteve focado, principalmente, na redução da extrema pobreza. A Declaração do Milênio e os ODMs foram adotados pelos Estados-membros da ONU em 2000 e impulsionaram os países a enfrentarem os principais desafios sociais no início do século XXI.

Os ODMs reconheceram a urgência de combater a pobreza e demais privações generalizadas, tornando o tema uma prioridade na agenda internacional de desenvolvimento e sendo incorporados posteriormente à Agenda 2030.

Veja que isso foi no ano 2000, e a meta seria chegar a esses objetivos até 2015. Passaram-se 21 anos e faltam apenas 9 para a nossa Agenda 2030. 

Acreditamos que agora você deve ter entendido como esse assunto passou a fazer parte tão presente da sua vida. 😉

 

Primeiros passos da Agenda 2030: Os objetivos do Milênio

Curiosidade: 

Você sabia que o famoso Empire State Building em Nova Iorque é o maior Greenbuilding do mundo? Construído em 1930, tem 103 andares e segue se reiventando. Obteve o nível Leed Gold em 2011. Na arquitetura, é possível ser antigo e totalmente contemporâneo ao mesmo tempo. Pense nisso!

Empire State Building - Fonte da imagem: getyourguide.com.br

Quanto custa não ser sustentável

Dizem que podemos aprender de duas formas, por amor ou pela dor. 

Você já parou para pensar no que está perdendo quando pensa que essa “onda verde” não é para você? 

Além de gastar mais recursos naturais, sua conta é mais cara também, afinal, como costumamos explicar para nossos clientes: quando se trata de sustentabilidade na arquitetura, todo investimento feito para ter tecnologias melhores durante a obra, resulta em economia depois, no uso da edificação. 

Afinal, um sistema como o de geração de energia solar fotovoltáica é pago uma vez, enquanto a conta de luz pagamos todos os meses. 

Esse é um conceito de sustentabilidade que chamamos de pay back, que significa, literalmente, “pagar de volta”. É a conta matemática que fazemos de quanto tempo levará para recuperarmos o investimento feito em um sistema através da economia gerada por ele.  

Guarde essa informação: os números não mentem! 

 

Quero começar e não sei por onde

Recomendamos que você comece por onde cabe no seu tempo e na sua rotina. Mas grandes mudanças vem aos poucos, não é mesmo?

Então você pode fazer isso todos os dias um pouquinho, começando assim: sempre que for consumir, comprar ou construir, procure saber se o que você vai adquirir ou o serviço que vai usar é socialmente responsável ou sustentável. 

Vamos assumir que separar o seu lixo e consumir água e energia de forma consciente  você já faz, combinado?

Por isso, vamos te dar alguns exemplos de como ir além 😉

Mas antes, temos algumas boas notícias! 

Se você costuma comprar de produtores e empresas locais, priorizando os negócios próximos a você, você já é mais sustentável.

Quando você pensa além do seu espaço, seja da sua casa, empresa, escola do seu filho, quando olha para o seu bairro, para a cidade, para o país, você está pensando de forma alinhada com os pilares da sustentabilidade: social, econômico e ambiental. A consciência de que impactamos além das paredes das nossas casas já é um ato de sustentabilidade. 

E agora, sim, vamos além?

  1. Vamos trocar o mais breve possível em nossas vidas: lâmpadas incandescentes, ar condicionado de janela, chuveiro elétrico e deixa de usar água potável no vaso sanitário.
  2. Quando for pensar em construir, você pode escolher:
  • Sistemas construtivos mais limpos
  • Empregar menos água na sua obra
  • Usar bacias sanitárias economizadoras de água
  • Instalar sistemas que economizam energia
  • Reaproveitar a água da chuva
  • Gerar sua própria energia 
  • Dar atenção ao isolamento térmico e acústico, para economizar energia
  • Buscar produtos locais e menor impacto com transporte
  • Escolher fornecedores social e ambientalmente responsáveis
  • Consumir produtos certificados 
  • Reduzir o uso de madeira, mas se usar, escolher apenas madeiras com certificação de origem 
  • Preocupar-se com o destino dos resíduos 
  • Fazer uma obra licenciada, legalizada e com responsáveis técnicos
  • Solicitar nota fiscal dos produtos que compra
  • Entender que as escolhas feitas repercutem por toda a vida do imóvel
  • Investir mais tempo no projeto para garantir a qualidade de todas essas escolhas
Como você pode ver, a sustentabilidade é uma escolha.
 

E por isso escolhemos estar em constante evolução para construir melhor e com menos impacto. 

Nosso próximo passo é construir espaços não mais apenas sustentáveis, mas saudáveis, pensando no bem estar das pessoas acima de tudo. Em breve te contamos mais sobre isso, pois estamos estudando este tema com muita dedicação no momento. 

Essa é a nossa missão: criar espaços extraordinários é pensar nas pessoas, e é por isso que a sustentabilidade é tão importante para nós.

Nesta semana começa a COP26, que vai 31 de outubro a 12 de novembro de 2021, na qual Líderes mundiais encontram-se em Glasgow, na Escócia, para a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática. 

Simone Fraga é Arquiteta e Urbanista, Especialista em Construções Sustentáveis e pós graduanda em Coordenação e Gestão de Projetos em BIM, atua na área de projetos desde 2008.

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Arquitetura de Interiores Arquitetura Sustentável

Biofilia – tendência ou genética?

Biofilia – tendência ou genética?

Biofilia – do grego bios, vida e philia, amor, afeição – significa literalmente “amor pela vida”. É um termo que vem sendo usado na arquitetura e no design há pouco tempo, porém, ele foi mencionado pela primeira vez em 1964 por um psicólogo, e se popularizou na década de 80, através do biólogo Edward O. Wilson.

 

Segundo Winston em seu livro “Biofilia”, os seres humanos têm uma ligação emocional inata com outros organismos vivos e com a natureza.

Este mesmo conceito foi desenvolvido em seu segundo livro, em parceria com Stephen Kellert, intitulado “A hipótese da biofilia” que discute a possibilidade de haver base genética para nosso apreço pela natureza.

 

Na história da humanidade, o homem sempre teve muito contato com a natureza. Se formos analisar alguns números, desde o Homo Sapiens, (200.000 anos), passando pela agricultura (16.000 anos) e, finalmente, com o surgimento das cidades (6.000 anos), veremos que esse afastamento é recente em proporção a nossa existência e a nossa relação com a natureza.

 

Fonte: http://uptowhat.com.br/vislumbres/o-homem-e-natureza

Nossa história está essencialmente ligada a ambientes naturais. Até a década de 50, dois terços da população vivia em ambientes naturais. Isso tudo que está acontecendo é muito recente com relação à história da humanidade.

Biofilia no presente

 

Neste novo cenário construído as pessoas vivem uma pressão por desempenho, e dividem sua atenção com tudo que está acontecendo ao seu redor, gerando dificuldade de foco e aprofundamento contemplativo. 

 

Nossa sociedade está sendo chamada por estudiosos de sociedade do cansaço. O trabalho esteve em primeiro plano por muitas décadas e os ambientes construídos passaram a ser o cenário de maior permanência da maioria das pessoas. 

 

A organização mundial da saúde OMS estima que a ansiedade, que se manifesta pelo pânico, estresse e compulsão, atinge 1 a cada 25 pessoas na terra. No Brasil, quase 10% da população sofre de distúrbios psíquicos.

 

Diferente do que se pensava antigamente, a qualidade de vida não tem ligação direta com o desenvolvimento econômico. Ela depende de nos sentirmos bem, em paz – e a Biofilia é nossa capacidade natural de nos sentirmos bem em determinados lugares. É um sentimento inato de pertencimento a algo maior, é nossa essência.

 
Fonte: https://itsinformov.com.br/pt_br/projetos/its-informov/

Felizmente a arquitetura tem voltado seus olhares e estudos para ambientes mais conectáveis, não no sentido tecnológico, mas sensorial. Cada vez mais os criadores, designers e arquitetos estão voltando sua atenção para a perfeição da natureza. E existe melhor referência para qualquer projeto do que essa?

Na prática

Mas como os arquitetos podem alcançar essa conexão? Integrando a natureza aos seus espaços, através da iluminação natural, ventilação e, principalmente, vegetação. Incorporando materiais naturais como madeira, fibras e pedras aos seus projetos. 

 

Um estudo conduzido por 10 anos pelo Dr. Chris Knight da Exeter University demonstrou que as plantas aumentam em 38% a produtividade dos funcionários, enquanto estimularam uma melhora em 47% nos níveis de bem estar e 45% nos níveis de criatividade.

 
Fonte: https://itsinformov.com.br/pt_br/projetos/its-informov/

Neuroarquitetura

É comprovado que ambientes biofílicos aumentam a produtividade, o bem estar, a criatividade e a cognição. Além disso, diminuem em 37% a ansiedade e em 30% os distúrbios psíquicos.   

 

Dentro deste contexto, não poderia deixar de mencionar a Neuroarquitetura, que estuda a influência dos espaços no cérebro humano, e que tem dentro dela a biofilia. Estudos demonstram que a neuroarquitetura e a biofilia proporcionam espaços especiais para trabalhar.

 

Passamos 90% da nossa existência em determinados ambientes e isso torna ainda mais urgente que elementos relacionados à natureza estejam presentes para que a qualidade de vida de quem usufrui dos espaços também esteja ali.

 
Fonte: https://www.wework.com/pt-BR

Isso vale para todos os locais. Porém, quando pensamos em ambientes corporativos, os estudos são ainda mais necessários, já que faz uma grande diferença no aumento da produtividade – o que, consequentemente, oferece o crescimento da empresa e do profissional ao demonstrar um trabalho de qualidade.

Sabe-se que em hospitais, pacientes se curam 30% mais rápido em espaços com janelas ou vegetação. Isso se reflete também para os profissionais da saúde, que acabam se sentindo mais dispostos em voltar para o seu ambiente de trabalho.

 
Hospital Universitário St. James em Leeds na Inglaterra - Fonte: https://sustentarqui.com.br/arquitetura-biofilica-traz-bem-estar-a-pacientes/

Mais produtividade, mais atenção, menos pessoas doentes. As pessoas querem trabalhar nestes lugares pois elas se sentem mais felizes.

A gente pertence à natureza, quer queira, quer não. 

Nos afastamos demais desse contato mas, felizmente, estamos voltando para essa conexão, para a necessidade humana de estarmos mais próximos à natureza. Afinal, não é mais fácil preservar o que temos e conviver com essa maravilha que a natureza nos dá? 

É um caminho sem volta… Estejamos abertos.

Deise De Conto é Arquiteta e Urbanista, Especialista em Reabilitação Ambiental Sustentável, atua na área de projetos desde 2000.

Fontes: WEWork | IST Informov | Eduardo Cabral – arquiteto informov | TarJab | VegMag | Lab Design

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Saiba tudo sobre ripados na arquitetura

Saiba tudo sobre ripados na arquitetura

Queridinhos do momento, os ripados ou painéis ripados fazem bonito nas fachadas, nas áreas externas e na arquitetura de interiores.
Neste texto te apresentamos os principais materiais e possibilidades de uso deste elemento super alinhado com a arquitetura contemporânea.

O que são ripados?

As ripas são peças estreitas e compridas, em madeira, MDF e outros materiais (PVC, poliestireno, metal, entre outros), unidas por um elemento comum (seja um painel ou guias transversais) em arranjos verticais, horizontais ou inclinados. Os ripados ou painéis ripados podem ser utilizados em elementos como portas, painéis, elementos vazados, revestimentos, entre tantas outras aplicações. 

 

Por que usar?

Além de bonitos e atemporais, os ripados permitem vários desenhos e podem ser utilizados em diversas cores, dependendo do tom da madeira escolhida. 

São uma forma contemporânea de usar a madeira nos ambientes e um recurso versátil para a arquitetura, pois permitem valorizar a altura ou pé direito de um ambiente, separar de forma discreta, valorizar mobiliários, aplicar iluminação, ocultar uma porta, entre tantas outras aplicações, que o tornaram o “queridinho” do momento na arquitetura. 

 

Como usar?

Em fachadas

No lado externo, os ripados podem fazer as vezes de revestimento, brises, venezianas ou até mesmo elementos decorativos. 

Na decoração de interiores

Na arquitetura de interiores e na decoração, os painéis ripados não têm limites. Por serem muito versáteis e atemporais, suas aplicações são muito variadas. 

A madeira com tons mais naturais tende a ser mais atemporal e por isso dura mais.

Elementos verticais sujam com menos facilidade e aparentam aumentar o pé direito (altura) dos ambientes. 

Algumas ideias de uso dos ripados: 

  • Cabeceiras: quando usados como cabeceira, podem ir até o forro ou ser de meia altura 
  • Portas: usados para ocultar ou revestir portas internas 
  • Painéis de TV 
  • Divisões de ambientes
  • Escadas
  • Revestimento 
  • Portas ou painéis deslizantes
  • Forros 

Leia mais em:

https://www.bentec.com.br/pt/2021/05/31/ripados-os-queridinhos-da-vez/

https://www.todeschini.com.br/blog/paineis-ripados-o-revestimento-que-conquistou-o-design-de-ambientes/

 

Encontre mais referências nesta seleção do Pinterest.

Materiais

Além da tradicional madeira natural e do MDF revestido em tons de madeira, hoje há muitos fornecedores oferecendo soluções mais tecnológicas e de baixa manutenção, além de revestimentos criativos, que simulam o ripado, facilitando seu uso e reduzindo seu custo, como é o caso do MDF Brise da Duratex

Arkos tem uma linha completa de ripados para interiores e exterior com materiais de madeira ecológica compostos de 50% madeira e 50% plásticos que não requerem pintura e são de baixa manutenção. 

Já a Santa Luzia tem uma linha de ripados somente para ambientes internos e ripados de encaixe, todos em poliestireno. 

Simone Fraga é Arquiteta e Urbanista, Especialista em Construções Sustentáveis e pós graduanda em Coordenação e Gestão de Projetos em BIM, atua na área de projetos desde 2008.

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Arquitetura Sustentável Construção Seca Steel Frame

Engenheiro conta como são as fundações para o Light Steel Frame

Engenheiro conta como são as fundações para o Light Steel Frame

Você que nos acompanha, sabe que o Light Steel Frame é nosso sistema construtivo principal. 

Já fizemos inúmeras palestras e visitas guiadas em nossas obras para levar o conhecimento para consumidores, estudantes e profissionais da arquitetura e quando iniciamos uma visita, normalmente começamos explicando como são as fundações e quais as características específicas para atender ao sistema. 

Bem, é sobre este assunto que vamos falar hoje. 

Quando falamos em Light Steel Frame, logo pensamos em construção rápida e leve e isso afeta diretamente nas fundações. Para o sistema de construção a seco, em nossa região, normalmente usamos de dois tipos: convencional (sapatas, pilares, vigas e laje) ou radier.

Pelo fato de não termos muitos pavimentos e o peso por metro quadrado ser baixo, (em média, a construção com em Steel Frame pesa 250Kg/m² contra 1.250Kg/m² da Construção Convencional – alvenaria) a fundação mais utilizada para o sistema é o radier.

O Radier

Radier é um tipo de fundação superficial caracterizada por uma laje de concreto armado que recebe as cargas da edificação e distribui sobre uma grande área do solo. Possui normalmente entre 10 e 20 cm de espessura.

 
 
Foto: Acervo Nesta

Tecnicamente falando, muitos fatores influenciam no tipo de fundação que será utilizada em uma construção, como resistência do solo, número de pavimentos, projeto arquitetônico, entre outros. 

Separamos a seguir, 5 perguntas que fizemos para nosso engenheiro civil* sobre as fundações para Steel Frame:

1- Qual o tipo de fundação mais indicada para o Steel Frame?

Em qualquer obra, o correto a fazer é um estudo do solo no local, por intermédio de sondagens ou análises das propriedades do solo, mas em geral, o radier atende bem às demandas do steel frame.

2 – Por que o radier é bastante utilizado nesse sistema?

O radier é um tipo de fundação fácil e de rápida execução, além de ser barato comparado ao sistema de sapatas, blocos e estacas quando bem dimensionado.

3 – O que influencia na escolha do tipo de fundação para o steel frame?

O principal fator a ser avaliado do steel frame, são as cargas provenientes da estrutura e como estas serão dissipadas no solo, além disso, diferente dos sistemas convencionais de concreto armado com alvenaria de vedação, o steel frame já vem pronto da indústria, trabalhando com precisão milimétrica nas peças, ou seja, a fundação adotada precisa seguir o perímetro do steel frame com pequena taxa de erro no esquadro da fundação.

4 – Como é feito o radier?

O radier segue o mesmo conceito de uma laje convencional, com a diferença de ficar apoiado diretamente no solo. O solo precisa ser compactado antes da execução do radier e preparado com uma lona e brita, para servir de leito para o concreto do radier. 

Leito com lastro de brita. Foto: Acervo Nesta

A armação do radier, diferente da maioria das lajes convencionais, é feita com malha dupla, podendo ser comprada pronta em qualquer loja de material de construção, dando agilidade e economia na execução da obra.

Armadura para o radier. Foto: acervo Nesta
5 – Quando NÃO é possível utilizar o radier como fundação no Steel Frame?

Terrenos que possuem grandes diferenças de nível inviabilizam a utilização do radier. Para edificações com mais de quatro pavimentos ou muito carregadas não se recomenda o uso do radier sem o estudo adequado do solo.

Também é importante mencionar que as tubulações elétricas e hidráulicas devem ser colocadas abaixo do radier com saídas na laje antes da concretagem, evitando assim que sejam feitos cortes e furos na base já executada. 

Tubulações e esperas antes da concretagem (Foto: Acervo Nesta)

Em geral, como todo o sistema de construção a seco, as fundações também costumam ser mais simples e o radier se apresenta com vantagens em relação às fundações convencionais, as quais podemos citar: o baixo custo, a redução de mão-de-obra e a rapidez na execução.

De qualquer forma, é sempre importante avaliar cada caso e ter uma equipe técnica especializada para desenvolver o projeto e a obra. Na Nesta, você encontra tudo isso. Vem com a gente fazer sua obra extraordinária!

 

Deise De Conto é Arquiteta e Urbanista, Especialista em Reabilitação Ambiental Sustentável, atua na área de projetos desde 2000.

*Giusephe Tael Much é Engenheiro Civil formado pela FSG (Centro Universitário da Serra Gaúcha) e trabalha com a Nesta desde 2019. 

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Arquitetura de Interiores Decisão de compra Dicas

Casa inteligente: eu preciso de uma?

Casa inteligente: eu preciso de uma?

Estamos na era da internet das coisas, logo teremos a velocidade do 5G. Cada vez mais nossa casa tem a possibilidade de ser automatizada, se auto gerenciar e fazer atividades simples de forma remota.

Mas será que você e a sua casa precisam disso? Quais as vantagens, benefícios e razões para ter uma casa inteligente? Nessa matéria, você entenderá o que a automação residencial pode fazer por você e por que ter [ou não] na sua casa. 

Afinal, a escolha é SUA! 

Tipos de automação

Atualmente, você pode contar com dois tipos de solução para automatizar sua casa: 

Sem fio: utiliza sistemas modulares conectados a uma central wi-fi onde cada módulo controla um ou mais equipamentos, lâmpadas ou circuitos. A vantagem deste sistema é a possibilidade de ser implantado em obras existentes, praticamente sem nenhuma intervenção. 

Cabeada: utiliza uma central onde o sinal é distribuído a cada ponto por uma rede de cabos conectados a cada um dos equipamentos ou circuitos a automatizar. Esta tecnologia, em geral, tem maior estabilidade por não sofrer interferências ou instabilidades de sinal, no entanto, precisa ser pensada durante o seu projeto, sob o risco de inviabilidade de implantação. 

Se quiser saber mais sobre o comparativo entre esses dois sistemas, leia mais aqui

O QUE AUTOMATIZAR E PORQUE

Climatização

Sistemas de calefação, ar condicionado, piso radiante, lareiras eletrônicas, entre outros sistemas podem ser programados para ligar e desligar em horários específicos. Isso gera, além de conforto, economia de energia. 

Aquecimento da água

Se você utiliza sistemas de água com taque de acumulação, poderá ter um custo muito alto para que tenha água quente disponível a maior parte do tempo. A automação pode te dar conforto e economia permitindo que você aqueça a água somente em horários alternados. Em outras palavras, acione o aquecimento somente quando realmente necessário, economizando energia. 

Sensores 

Uma das formas mais simples de automação, os sensores de presença, chuva ou luminosidade nos permitem acionar equipamentos, luzes ou mesmo a irrigação através desta tecnologia.

Home Theather – Som e Imagem

Entretenimento e conforto andam juntos, e você já pode ter isso na palma da mão. Os sistemas de som nos permitem ter mais de uma área da casa compartilhando o equipamento de home theather para diferentes áreas de som, com tecnologia e qualidade. 

Iluminação

A iluminação é umas das categorias onde a automação é mais utilizada. O sistema nos permite criar cenários para chegada e saída de casa, férias, verão e inverno, a imaginação é o limite. 

Ligar e desligar luzes em horários específicos pode gerar muita economia de energia e ainda facilitar o dia a dia, afinal, quem nunca esqueceu uma lâmpada acesa ao sair de casa?  

Persianas e Cortinas

Além de controlar a luminosidade, as cortinas e persianas protegem nosso mobiliário e nossa privacidade. Com a automação, podemos controlar a incidência solar em nossas casas, reduzindo até mesmo a carga térmica produzida pelo sol e o uso do ar condicionado no verão. 

Irrigação

Os sistemas de irrigação atendidos pela automação residencial podem molhar a sua grama apenas quando não chove. São controlados por centrais climáticas e sensores de umidade, economizando água e garantindo o melhor cuidado com o seu jardim. 

Segurança

Se você busca segurança, a casa inteligente poderá controlar fechaduras magnéticas, câmeras de segurança e alarme. 

Seja fechando toda a casa, apagando as luzes e ligando o alarme na sua saída, registrando ou até mesmo avisando quando há acessos na sua fechadura eletrônica. 

Outras funções

Além de tudo que já falamos, você ainda poderá: 

  • Ligar/desligar eletrodomésticos de forma remota 
  • Utilizar Assistentes de Voz como o Google e a Alexa 
  • Controlar sua casa pelo smartphone

 

BENEFÍCIOS

 

Além da sustentabilidade obtida através da redução do consumo de água, energia e outros combustíveis, você pode gerar muito conforto e bem estar através da automação. 

Segurança e economia de energia são os pontos altos da automação em nossa opinião, e a tecnologia já não é mais vista somente como supérflua ou luxo. 

Deixamos aqui um vídeo do canal do colega Ralph Dias, da Planarq eu ilustra um pouco de tudo que foi falado aqui no texto para você entender e se inspirar. 

Acreditamos no poder das escolhas, na informação de qualidade e nas decisões assertivas – aquelas que levam sua casa a ser um espaço extraordinário.

As casas inteligentes já são uma realidade aplicada a muitos de nossos projetos e acreditamos que não são apenas luxo ou uma novidade para poucos. Temos certeza que, dentro das suas necessidades e desejo de investimento, não é necessário fazer todos os sistemas citados aqui. Afinal, a sua decisão é sempre a melhor, pois é a que atende você e sua família.

Nosso papel é trazer o que há de mais inovador e ajudá-lo a fazer a sua casa ser o mais sustentável possível. E concluímos que sim, a automação residencial é um recurso de sustentabilidade. 

Esperamos ter ajudado!

Quer nos ajudar também? Compartilha esse texto com quem está pensando em construir, curte nossas redes sociais e escreve para nós sobre quais temas vocês gostaria de saber mais. 

 

Simone Fraga é Arquiteta e Urbanista, Especialista em Construções Sustentáveis e pós graduanda em Coordenação e Gestão de Projetos em BIM, atua na área de projetos desde 2008.

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