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Você já ouviu falar de Certificação para Construções Sustentáveis?

Há pouco anunciamos em nossas redes que nos tornamos membros do GCB Brasil, um órgão certificador para construções sustentáveis. Hoje, estamos aqui para explicar um pouco melhor o que isso significa e contar pra vocês sobre as certificações ambientais para a construção civil.

Para começar, vamos contextualizar lá, beeeem do início.

A adoção do termo desenvolvimento “sustentável” surgiu em 1972, quando foi criada a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. Anos depois, em 1987, sob a coordenação da Ministra da Noruega, Gro Harlem Brundtland, foi criado Relatório de Bruntland, um documento intitulado “Nosso Futuro Comun”, que disseminou o conceito de desenvolvimento sustentável.

O relatório faz parte de uma série de iniciativas, as quais questionam o modelo de desenvolvimento adotado pelos países industrializados e reproduzido pelas nações em desenvolvimento, e que ressaltam os riscos do uso excessivo dos recursos naturais sem considerar a capacidade de suporte dos ecossistemas.

O desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que encontra as necessidades atuais sem comprometer a habilidade das futuras gerações de atender suas próprias necessidades.(…) Muitos de nós vivemos além dos recursos ecológicos, por exemplo, em nossos padrões de consumo de energia(…) No mínimo, o desenvolvimento sustentável não deve pôr em risco os sistemas naturais que sustentam a vida na Terra: a atmosfera, as águas, os solos e os seres vivos.(…) Na sua essência, o desenvolvimento sustentável é um processo de mudança no qual a exploração dos recursos, o direcionamento dos investimentos, a orientação do desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional estão em harmonia e reforçam o atual e futuro potencial para satisfazer as aspirações e necessidades humanas.[1]

Nas décadas seguintes, grandes convenções internacionais passaram a ser realizadas e metas foram definidas para a desaceleração do consumo de recursos naturais, podendo-se citar a Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano (Estocolmo, 1972); a Convenção de Viena para Proteção da Camada de Ozônio (Viena, 1985); o Protocolo de Montreal (Montreal, 1987); a Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento – ECO’92 (Rio de Janeiro, 1992), a Conferência das Nações Unidas (Istambul, 1996) e o Protocolo de Kyoto (1997). Nessas reuniões, protocolos internacionais foram firmados, a fim de rever as metas e elaborar mecanismos para o desenvolvimento sustentável.

Desde então, este conceito tem sido usado (às vezes de forma banalizada) para representar ações em prol do uso consciente dos recursos naturais, nas esferas: ambiental, social, econômica e cultural.

A construção civil é historicamente um grande gerador de resíduos e consumidor de recursos naturais, desta forma o termo construções sustentáveis ganhou repercussão rapidamente no setor.

As construções sustentáveis representam uma necessidade diante do quadro ambiental vivido. Se considerarmos o impacto que a construção civil gera, poderemos entender a mitigação que ações sustentáveis e conscientes irão desencadear nas próximas décadas.

A construção é a atividade humana de maior impacto ambiental, consome 75% dos recursos naturais do planeta e representa:

Edificações sustentáveis otimizam o uso dos recursos de água e energia e não perdem em conforto e tecnologia. Além disso, proporcionam mais conforto e menor consumo, tornando a vida útil da construção mais barata.

Diante disso tudo, com a demanda crescente por construções mais sustentáveis e responsáveis, surgiram as Certificações Ambientais, como uma estratégia para estimular construções mais conscientes.

Elas comprovam que a construção utiliza técnicas e tecnologias visando a preservação dos recursos naturais e concedem uma valorização e diferenciação nas construções do mercado.

Felizmente, as certificações que avaliam as práticas sustentáveis para edifícios estão ficando cada vez mais conhecidas no mundo todo.

No Brasil, podemos citar os 5 principais selos de sustentabilidade:

– Selo Casa Azul da Caixa Econômica Federal;

– Certificação Leed | Leadership in Energy and Enviromental Design;

– Certificação AQUA-HQE | Alta Qualidade Ambiental;

– Selo Procel Edifica;

– FSC Brasil.

O Brasil é o quinto país com mais edificações buscando a certificação LEED, atrás apenas dos Estados Unidos, Canadá, China e Índia. A mesma ferramenta é usada em 143 países, o que permite a comparação do desempenho em consumo de energia, água ou qualidade do ar com um prédio nos Emirados Árabes, por exemplo.

O LEED (sigla para Leadership in Energy and Environmental Design) faz parte das certificações emitidas pelo GBC Brasil (Green Building Council Brasil) “uma entidade ligada à World Green Building Council e que tem como objetivo promover a capacitação de profissionais, informar a sociedade sobre as melhores práticas da construção civil, aplicar a certificação LEED e atuar junto a Organizações Não Governamentais (ONGs) no sentido de promover políticas públicas que incentivem os construtores a pensar na sustentabilidade dos seus empreendimentos.”

Além do LEED, o GBC atua também com outras certificações: GBC Casa, GBC Condomínio, GBC Life e GBC Zero Energy.

CERTIFICAÇÃO LEED

Aplicável a praticamente todos os tipos de projetos de edifícios, comunidades e cidades, o LEED fornece uma estrutura para criar edifícios sustentáveis, saudáveis, altamente eficientes e econômicos. A certificação LEED é um símbolo globalmente reconhecido de conquista de sustentabilidade. https://www.gbcbrasil.org.br/certificacao/certificacao-leed/

CERTIFICAÇÃO GBC BRASIL CASA

Aplicável a novas construções de unidades unifamiliares, o GBC Casa avalia as fases de projeto e obra reconhecendo residências mais eficientes e confortáveis, que promovem redução dos custos operacionais ao longo do ciclo de vida da edificação e conforto, saúde e bem estar para os ocupantes. https://www.gbcbrasil.org.br/certificacao/certificacao-casa/

CERTIFICAÇÃO GBC BRASIL CONDOMÍNIO

Aplicável a novas construções de condomínios multifamiliares, o GBC Condomínio avalia as fases de projeto e obra reconhecendo residências mais eficientes e confortáveis, que promovem redução dos custos operacionais ao longo do ciclo de vida da edificação e conforto, saúde e bem estar para os ocupantes. https://www.gbcbrasil.org.br/certificacao/certificacao-condominio/ 

GBC LIFE

Guia referencial para projetos de interiores residenciais com foco em conforto, saúde e bem-estar. https://www.gbcbrasil.org.br/certificacao/gbc-life/

GBC BRASIL ZERO ENERGY

A certificação GBC Brasil Zero Energy é uma ferramenta extremamente prática e eficiente para o desenvolvimento de construções, reformas ou operação, visando o equilíbrio entre o consumo e geração de energia por fontes renováveis nestas edificações. https://www.gbcbrasil.org.br/certificacao/zero-energy/

Cada modalidade de certificação avalia critérios específicos que são categorizados em áreas e pontuados. Para exemplificar, vamos aprofundar sobre a certificação Leed, a mais conhecida e utilizada internacionalmente.

LEED – O Leadership in Energy and Environmental Design ou LEED, é um sistema internacional de certificação e orientação ambiental para edificações utilizado em mais de 160 países, e possui o intuito de incentivar a transformação dos projetos, obra e operação das edificações, sempre com foco na sustentabilidade de suas atuações.

O LEED possui 4 tipologias, que consideram as diferentes necessidades para cada tipo de empreendimento

As tipologias analisam 8 áreas:

Os pré-requisitos são as ações obrigatórias em qualquer empreendimento que busca a certificação. Não cumprindo um dos diversos pré-requisitos, impossibilita o empreendimento receber a certificação.

Créditos são ações que o LEED sugere, sempre focadas em performance de desempenho. A medida que o empreendimento assume tal ação, recebe uma pontuação.

Total de 110 pontos possíveis em todas as tipologias. Os pontos são conquistados à medida que o empreendimento aplica os créditos sugeridos pelo LEED.

Os benefícios proporcionados pelas edificações sustentáveis e certificadas são muitos, entre eles:

Econômicos:

  • Diminuição dos custos operacionais
  • Diminuição dos riscos regulatórios
  • Valorização do imóvel para revenda ou arrendamento
  • Aumento na velocidade de ocupação
  • Aumento da retenção
  • Modernização e menor obsolescência da edificação

Ambientais:

  • Uso racional e redução da extração dos recursos naturais
  • Redução do consumo de água e energia
  • Implantação consciente e ordenada
  • Mitigação dos efeitos das mudanças climáticas
  • Uso de materiais e tecnologias de baixo impacto ambiental
  • Redução, tratamento e reuso dos resíduos da construção e operação.

Sociais:

  • Melhora na segurança e priorização da saúde dos trabalhadores e ocupantes
  • Inclusão social e aumento do senso de comunidade
  • Capacitação profissional
  • Conscientização de trabalhadores e usuários
  • Aumento da produtividade do funcionário; melhora na recuperação de pacientes (em Hospitais); melhora no desempenho de alunos (em Escolas); aumento no ímpeto de compra de consumidores (em Comércios).
  • Incentivo a fornecedores com maiores responsabilidades socioambientais
  • Aumento da satisfação e bem estar dos usuários
  • Estímulo a políticas públicas de fomento a Construção Sustentável

A Nesta acredita e apoia movimentos para um futuro mais sustentável, responsável, e por construções com mais tecnologia e conforto. Por isso nos tornamos membros do GBC e levantamos a bandeira das certificações e da capacitação de profissionais e consumidores, para avançarmos cada vez mais rumo a um futuro sustentável.

Deise De Conto é Arquiteta e Urbanista, Especialista em Reabilitação Ambiental Sustentável, atua na área de projetos desde 2000.

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A etapa de desenho do seu espaço extraordinário

A etapa de desenho do seu espaço extraordinário

Neste texto você vai entender porque esse é um momento crucial para a execução correta de tudo que vai em sua construção e porque a ordem dos fatores é tão importante. A etapa de desenho do seu espaço extraordinário é um momento fundamental para o sucesso da obra. 

Chamamos nossas fases de projeto de Definição, Desenho e Entrega

Caso você esteja chegando aqui agora, vamos recomendar que você faça uma leitura deste texto, que fala da etapa de Definição, antes de começarmos a falar da fase de Desenho da sua futura construção, pois esta etapa é uma etapa intermediária entre o projeto inicial e o projeto executivo (Entrega). 

Depois de passar pela nossa fase de Definição, entramos na fase que geraremos todos os desenhos técnicos da obra, ou seja, nesta etapa acontecem eventos muito importantes, que definem o futuro funcionamento da edificação.

Popularmente conhecida como ANTEPROJETO, podemos separar esta etapa em três grandes fases:

  • Projeto Legal
  • Projetos Complementares
  • Compatibilização de Projetos
É uma etapa com baixa participação do cliente, visto que as definições mais importantes e cruciais foram feitas na fase anterior.

O que é Anteprojeto ?

Segundo o Colégio de Arquitetos, o “Anteprojeto é a etapa intermediária do projeto arquitetônico que consiste em uma configuração definitiva da construção proposta. É formado por um conjunto de desenhos que representam o projeto com maior clareza e personalidade.

 

No anteprojeto são incorporados os dados necessários à sua aprovação pelo cliente e pela autoridade competente.

 

Situa-se entre o estudo preliminar e o projeto de execução, de modo que somente a partir do anteprojeto devem ser iniciadas as atividades dos projetos complementares (estrutura, elétrica e hidráulica)”.

A importância da experiência

Aqui começa o ponto chave do sucesso da obra: a experiência profissional. 

E é claro que você quer que tudo dê certo, afinal, não estamos falando apenas de obras, mas de sonhos. 

Então, nesta etapa, a experiência conta muito.

Acredito que você, ou alguém muito próximo de você, passou por uma situação assim 👇

Fonte: Desconhecida

Está bem, não vamos exagerar… mas, que obras tem a péssima fama de serem geradoras de problemas e de casos inusitados durante sua execução, isso precisamos concordar. Esta percepção das pessoas não é nada agradável, e diz muito a respeito de quem somos como sociedade, pois aceitamos isso como algo normal. 

Não ficamos nada satisfeitas com esta má fama das obras.

Para nós, obra não é projeto em andamento, projeto é projeto e obra é obra. Por isso criamos um método de trabalho, para atuar nesses pontos onde o processo precisa de mais atenção.

E vamos te explicar isso passo-a-passo, na ordem em que as atividades acontecem em cada etapa: 

1- Projeto Legal: etapa que consiste em legalizar e licenciar a construção. É preciso entender quando devemos iniciar etapas complementares, por exemplo, realizar projetos complementares antes de aprovar o projeto, pode gerar transtornos desnecessários com ajustes de projetos, por isso, aprovar antes de fazer qualquer tipo de projeto complementar é fundamental.  

2- Projetos Complementares: para que tudo esteja funcionando em harmonia com a arquitetura, na etapa anterior tudo é escolhido, e nesta etapa de desenho, os projetos de estruturas, sistemas, equipamentos e outros são feitos para atender à arquitetura da edificação, já aprovada pelo órgão responsável, ou seja, em sua forma legal. São exemplos de projetos complementares:

  • Hidráulico
  • Redes de Esgoto
  • Redes Pluviais
  • Drenagens
  • Elétrico 
  • Lógico
  • Geração de energia
  • Climatização 
  • Automação
  • Rede de aspiração central
  • Piscinas e tanques 
  • Paisagismo
  • Estruturais: concreto, aço, madeira e/ou alvenarias

3- Compatibilização de projetos: após os projetos lançados, em conjunto com as Engenharias, fazemos o que chamamos de análise de “clashes” ou conflitos. Assim, inconsistências entre as disciplinas de arquitetura e sistemas podem ser detectadas de forma antecipada, evitando ou minimizando retrabalho, atrasos e custos inesperados durante a obra.

Porque o fluxo importa?

Mais uma vez, ressaltamos a importância de ter uma metodologia: o fluxo correto de processos, baseado em metodologias BPM – Business Process Management, garante que nenhuma atividade fuja da ordem, pulando etapas que possam causar perda de informações, ou mesmo sendo produzidas sem que haja uma etapa anterior de aprovação. 

Abaixo um trecho do projeto na metodologia Nesta, desenhada com exclusividade para nossa equipe e parceiros, deixando o caminho claro para cada etapa e onde estão os pontos chave do processo, e onde tudo deve ser aprovado antes de seguir adiante. 

FLUXO DE PROJETOS BIM. Fonte: Nesta Projetos

Acreditamos na cultura do projeto de qualidade, nas informações organizadas e em projetos capazes de mudar o mundo.

 

Por isso nos dedicamos com paixão a projetos cada dia mais especializados, sustentáveis e eficientes. 

Simone Fraga é Arquiteta e Urbanista, Especialista em Construções Sustentáveis e pós graduanda em Coordenação e Gestão de Projetos em BIM, atua na área de projetos desde 2008.

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Reforma sustentável – o valor das edificações existentes

Reforma sustentável – o valor das edificações existentes

O tempo passa e, em cada período, a arquitetura apresenta características diferentes. As demandas dos moradores não são mais as mesmas. É preciso que a casa se adapte e se transforme.

Dentro da bandeira das construções sustentáveis e responsáveis, existe uma abordagem que não é muito reconhecida, porém que possui alta demanda e grande potencial: as reformas. É um ponto de vista diferente, que ganha força no movimento por construções que causem menos impacto. 

Ouso dizer que uma reforma pode ser mais sustentável do que uma obra nova, principalmente porque aproveita algo existente. Quando reformamos, “pulamos” uma boa parte do processo construtivo. É como se fossemos direto para a etapa dos acabamentos e instalações, porque tudo o que vem antes já está pronto. 

Isso por si só já economiza muitos recursos e evita todo o desperdício de materiais que envolve esta etapa em uma construção convencional (digo convencional, pois nos sistemas construtivos a seco o desperdício é bem menor). 

 
“Em um mundo onde o lixo é um problema grave, é urgente que a arquitetura se adapte.”

Nossa proposta

Dentro dos serviços que prestamos, a reforma tem ganhado espaço e é, de certa forma, uma queridinha. 🙂 Quem nunca assistiu os episódios de Irmãos a obra? É maravilhoso poder ver espaços antigos e que não atendem mais às necessidades da família se transformarem em espaços lindos, renovados e funcionais!

Porém nossa proposta vai além da reforma em si – avançamos, propondo reformas mais sustentáveis, que valorizam as características originais e as qualidades da edificação, com menor impacto e foco na saúde e bem estar do usuário.

O retrofit

Nesse caso, o Retrofit, é o que representa melhor essa abordagem. Porém, “o termo retrofit não deve ser confundido com restauração — que devolve o edifício ao seu estado original — nem com reforma — que não se compromete com as características originais do prédio. Modernização é a palavra que tem o significado conceitual mais próximo da técnica — já que, além de restaurar o edifício, o retrofit renova as estruturas com novos materiais e soluções.

Dentre as principais vantagens que o retrofit proporciona às obras de arquitetura, destaca-se o potencial sustentável — uma vez que a adequação torna a fachada mais eficiente e introduz sistemas hidráulicos, de eletricidade, iluminação e ventilação que atendem exigências ambientais.

Em suma, além de uma grande intervenção no edifício, o retrofit determina a forma como o prédio irá funcionar para reduzir gastos energéticos e custos com manutenções.” – AECWEB

Na prática

Vamos ver como isso funciona na prática? Listamos abaixo algumas iniciativas que adotamos para ter uma de reforma sustentável:

1 – Reaproveitar itens 

Antes de sair descartando tudo na caliça de coleta de resíduos, é importante fazer uma avaliação do que pode ser reaproveitado ou doado. Alguns materiais como torneiras, esquadrias e móveis, por exemplo, podem ser relocados ou doados. A prática de vender ou doar itens é muito sustentável. Ela permite que outras pessoas possam comprar produtos usados com valores acessíveis, evitando que eles virem lixo.

 
2 – Flexibilidade

Além das necessidades atuais da reforma, é importante pensar em como o espaço pode se adequar a novos usos que possam surgir. Principalmente nos projetos corporativos, é comum que as empresas contratem novos funcionários ou incorporem novos setores à estrutura e precisem adequar o espaço às novas demandas. 

Neste caso, divisórias que podem ser reposicionadas e plantas livres que permitam novas compartimentações são importantes de serem consideradas. Estruturas metálicas que são recicláveis também podem ser desmontadas e reaproveitadas, além de chegarem prontas para serem instaladas.

 
3 – Projeto executivo

Sabemos que qualquer reforma não está livre de surpresas e, mesmo que seja bem planejada, requer ajustes e adaptações. Porém, quando existe um projeto bem resolvido e pensado para ser executado, esses ajustes reduzem drasticamente. 

Uma equipe com qualidade técnica e que faça um levantamento detalhado e um projeto compatibilizado é item importante para a sustentabilidade da obra. 

4 – Eficiência energética

Renovar as instalações elétricas pode representar boa economia na nova conta: para isso, tenha projeto elétrico elaborado por um profissional capacitado. Substituir a iluminação por lâmpadas de led e dimensionar a necessidade de iluminação artificial, por exemplo, complementam e contribuem para um melhor desempenho energético.

 
5 – Valorização da iluminação e ventilação natural 

Foi-se o tempo em que os funcionários eram considerados quase parte do mobiliário. Hoje, a produtividade é sinônimo de bem-estar e é comprovado que proporcionar ambientes bem iluminados e ventilados aumenta a produtividade e reduz as chances de problemas de saúde e consequentemente se ausentar com frequência. 

 
6 – Biofilia e vegetação

Estar dentro dos ambientes significa se afastar da natureza, certo? Não mais. Conceitos como Biofilia e Urban Jungle estão cada vez mais presentes nos projetos de interiores. Trazer a natureza para dentro é mais que uma tendência, é uma necessidade que proporciona aconchego e bem estar.

 
7 – Torneiras e descargas ecológicas

A reforma é uma ótima oportunidade de optar por produtos que economizam recursos e, consequentemente, dinheiro. Torneiras com temporizador podem reduzir o consumo de água em até 80% se comparadas às torneiras de banheiro tradicionais. As descargas com duplo acionamento também reduzem o consumo de água quando apresentam litragem diferente para líquidos (3 litros) e sólidos (6 litros). 

Além destes itens, as empresas do ramo já apresentam outras soluções para diminuir o consumo tanto de água quanto de energia. A Deca, por exemplo criou o sistema Deca Comfort, que está presente em toda a linha de torneiras e misturadores Deca e proporciona economia de até 60% de água.

Já a cuba L. 737, com solução Plug&Play, é sinônimo de Reforma Fácil e foi desenvolvida para auxiliar as pessoas que desejam substituir a cuba de embutir oval (L.37) por uma de apoio, sem precisar fazer a troca ou quebrar a bancada, pois seu tamanho é capaz de cobrir o corte universal de tampos já existentes, além de auxiliar no aproveitamento da furação do tampo para a instalação dos metais. 

 

Existem diversas outras ações que podem ser adotadas para fazer da reforma uma obra sustentável. Valorizar o que já existe é uma virtude na construção civil e já temos muitos edifícios construídos no mundo, talvez seja a hora de parar de construir e começar a reformar. #ficaadica

 

Deise De Conto é Arquiteta e Urbanista, Especialista em Reabilitação Ambiental Sustentável, atua na área de projetos desde 2000.

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Feng Shui e Sustentabilidade

Feng Shui e Sustentabilidade

Desde que começamos a trabalhar com arquitetura, estamos sempre em busca de algo mais: casas mais confortáveis, construções mais inteligentes, materiais mais sustentáveis e por aí vai… Iniciamos em 2010 com a construção seca e desde então não paramos mais. Nesta busca, iniciamos em 2012 os estudos de um conhecimento milenar sobre o meio ambiente e sua influência ao homem, o Feng Shui

Inicialmente, confesso, estava em busca de algo a mais para minha vida pessoal, o que de fato encontrei. Porém, compreendi depois, que no pessoal também estava a arquitetura, afinal, ela faz parte da minha vida.

O Feng Shui é uma arte, um conhecimento profundo e encantador sobre vida, natureza, homem e arquitetura. 

Hoje, em nosso trabalho, projetos, relacionamento com os clientes, escolha de parceiros e em nossas obras, aplicamos todo conhecimento que adquirimos durante a vida, mas dois conceitos são muito fortes em nossa assinatura e atendem ao nosso propósito através da arquitetura: sustentabilidade e Feng Shui. A relação entre esses dois conhecimentos é íntima e muito alinhada. 

Agir em fluxo consciente no nosso espaço está intimamente conectado com a sustentabilidade do nosso planeta. Acreditamos que tudo que é natural tem uma assinatura energética, constante e forte. Portanto, quanto mais natural for a nossa casa, mais saudável ela será

Fatores que influenciam

Se permitirmos que a nossa casa respire com materiais e produtos mais naturais, também nos beneficiaremos de uma maior clareza e leveza todos os dias.

Cuidar das escolhas que fazemos sobre o que vai “morar” com a gente, passa a ser algo além do “comprar”. Isso vale desde o material de construção, do mobiliário, e até que produtos de higiene e limpeza usamos, que tipo de comida comemos ou como tratamos o nosso lixo.

Existem estudos em várias áreas que demonstram que os cheiros, texturas, cores e principalmente o que não vemos, influenciam nosso humor, nossa saúde, nosso sono. 

De forma mais científica podemos citar os COVs (Compostos Orgânicos Voláteis), os metais pesados, os fungos e as bactérias presentes no ar. Uma pesquisa da Agência de proteção ambiental americana (EPA) mostrou que o ar interno pode ser 100 vezes mais tóxico do que o ar externo.

Na linha mais holística (conheça o significado desta palavra), temos a influência do “Qi” – energia intrínseca a tudo que existe que é utilizada nas aplicações do Feng Shui – as radiações, o magnetismo, a radiestesia e a geobiologia, dentre outros.

Tudo isso considera que as coisas que convivemos e que estão à nossa volta, nos afetam de alguma forma

Vale lembrar…

Gastar abundantemente os recursos disponíveis não é sinal de prosperidade mas sinal de não saber gerir a energia disponível, interna (emoções) e externa (corpo). Apagar as luzes quando não são necessárias, ter filtros nas torneiras para que gastem menos água e ventilar os espaços naturalmente são apenas algumas ideias para uma melhor gestão dos recursos disponíveis.

Por isso, Feng Shui e sustentabilidade estão diretamente relacionados. Seja na escolha dos materiais, nos estudos de iluminação e mobiliário, ou na posição correta da cama, tudo influencia de forma positiva ou não, nas pessoas.

Casas não devem ser projetadas para vender, elas devem ser para o usuário. E se isso for feito com uma visão abrangente, holística (sem misticismos) e sustentável, teremos cada vez mais qualidade de vida, bem estar e construções saudáveis. 

Em um próximo texto iremos falar de como aplicamos esses conceitos em nossos projetos. Nos acompanhe! 

Deise De Conto é Arquiteta e Urbanista, Especialista em Reabilitação Ambiental Sustentável, atua na área de projetos desde 2000.

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Sustentabilidade é para mim?

Sustentabilidade é para mim?

Sustentabilidade na prática: 12 ideias para aplicar hoje mesmo

Você pode acreditar que faz muito pouco para ser sustentável. Temos certeza que você, caro leitor, já pensou nisso, certo? Se não pensou ainda, temos certeza que depois de ler este conteúdo vai pensar 🙂 Acreditamos no poder do [um]: cada um de nós é único e faz diferença em todas as boas iniciativas para tornar nosso pequeno planeta um lugar melhor para viver. Escrevemos para quem ainda pensava que este tema não era para você, mas acredite, a sustentabilidade pode ser aplicada na prática e trouxemos 12 ideias para você começar hoje mesmo. 

 

“Queremos tornar a sustentabilidade prática e acessível, para que todos possam fazer a sua parte.”

 

No dia-a-dia, muitas vezes nem paramos para pensar nisso.

Mas quando pensamos em construir, podemos querer uma casa mais sustentável e saudável, especialmente quando começamos a pensar em materiais de construção, sistemas para aquecer a casa, a água de banho, o sistema de ar condicionado e tantas outras escolhas que serão feitas antes de iniciar a obra. 

Mas antes, sugerimos começar pela sua casa.

Na sua casa

Existem diversas formas simples e práticas de aplicar princípios de sustentabilidade na sua casa [e você talvez já aplique alguns], confere aí: 

  1. Separar seu lixo: a correta destinação de materiais orgânicos e recicláveis já é uma atitude nota 10! 
  2. Usar menos descartáveis: copos, talheres, embalagens, o que for possível evitar já está ajudando o planeta.
  3. Reduzir o uso de água: manter a torneira fechada para escovar os dentes e lavar a louça, tomar um banho mais curto, lavar o carro a seco e utilizar menos água potável na limpeza. 
  4. Evitar excessos: de móveis, utensílios, roupas, menos consumo = vida mais consciente e mais sustentável.

Na sua [futura] obra

Já na sua construção, você pode pensar que residências e pequenas reformas podem contribuir pouco para o impacto ambiental, mas é importante saber que, no Brasil, a maior parte dos entulhos, algo em torno de 70%, é gerada nas obras de pequeno porte. A construção civil brasileira é responsável por 50% dos resíduos do país 

Então aqui vai uma série de ideias sustentáveis, que também são estratégias que usamos em nossos projetos, para você usar no seu projeto também. 

Para deixar bem prático, dividimos em 3 partes: 

  • Sistemas – é tudo aquilo que é instalado, ou seja, redes elétricas, hidráulicas, e outras.
  1. Captação de água da chuva: simples e barata, não há nenhuma razão para deixar de fora de seu projeto. 
  2. Sistema de ar condicionado SPLIT Inverter: o sistema inverter é muito mais eficiente e economiza energia.
  3. Solar térmico: aquelas placas ou tubos que ficam no telhado, esquentam a água do banho por até 10 meses por ano, sem usar outras fontes de energia.
  • Materiais: você pode escolher melhor!
  1. Materiais secos: obras de steel framewood frame e outros sistemas secos, utilizam menos água e resultam em obras mais eficientes (se não conhece os sistemas, e ficou curioso(a) comenta aqui no post que traremos um conteúdo para explicar eles para você!).
  2. Eficiência energética: produtos certificados, eletrodomésticos com selo Procel A, janelas que vedam melhor, isolamento térmico para paredes, telhados e forros garantem contas mais leves de energia ao longo de toda a vida da sua construção.
  • Atitudes em obras: formas de fazer que mudam o resultado
  1. Menor desperdício de materiais: sempre que investimos o tempo necessário em projeto, fazemos escolhas mais acertadas e gastamos menos materiais
  2. Madeira legalizada e certificada: todo produto certificado tem maior garantia de uma extração justa e um manejo sustentável  
  3. Disposição correta dos resíduos: o que você gera também é sua responsabilidade, se certifique que você esteja contratando empresas sérias para cuidar dos seus resíduos de construção.

Esta lista poderia continuar por muitos itens mais. Afinal, podemos sempre fazer melhor. Acreditamos na diferença que você pode fazer! 😉

Aqui na Nesta, nós utilizamos estas 12 iniciativas e muitas outras em nossos projetos e obras, sempre pensando no meio ambiente e no custo de construir, afinal, para que SEU espaço seja extraordinário, sustentabilidade é apenas um dos NOSSOS requisitos.

Se quiser construir seu espaço extraordinário e sustentável junto com a gente, é só agendar uma consulta 😉 

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