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Arquitetura Sustentável

Construção saudável: a arquitetura e as pessoas

Construção saudável: a arquitetura e as pessoas

Recentemente um aluno do ensino médio me pediu para responder um questionário sobre a profissão de arquiteto e entre as perguntas estava: Qual a função do arquiteto? Isso me fez refletir e resumir em uma frase curta, não suficiente para explicar. Segundo o CAU – Conselho de Arquitetos e Urbanistas- as atribuições do arquiteto são: 

De acordo com a sua formação generalista, o arquiteto e urbanista está habilitado a atuar em diversas áreas concernentes ao planejamento e execução de edificações, paisagismo e urbanismo. A Lei nº. 12.378 estabelece genericamente 11 campos de atuação para arquitetos e urbanistas.

Mas o que me fez refletir depois dessa pergunta foi: Qual a verdadeira atribuição do arquiteto? Qual é a responsabilidade que ele carrega de entrega para a sociedade?

Bom, simplificada e tecnicamente falando, sua principal atribuição seria a Concepção e execução de projetos. Porém, gostaria de ir mais longe…

A atribuição do arquiteto não é simplesmente fazer um projeto ou construir uma edificação (essa palavra, vamos combinar, soa um tanto fria). Na minha humilde opinião, o que o arquiteto entrega são ambientes, espaços de viver que tem uma influência importante em nosso bem estar, em nossa rotina, na nossa vida.

Por que discutir isso é importante?

Estamos falando de uma geração que passa 90% do seu tempo entre 4 paredes em construções padronizadas. Mas onde tudo começou quando deixamos a natureza para trás? Enchemos nossas casas de coisas. Substituímos a luz natural pela artificial e construímos lugares de onde não queríamos mais sair.

Depois de um tempo, os cientistas descobriram que o ar que respiramos dentro de casa é cinco vezes mais poluído que o ar exterior e que a falta de luz natural pode prejudicar a aprendizagem das crianças e aumentar a tensão arterial.

Descobriram também que o quarto das crianças tem a maior concentração de substâncias tóxicas da casa e que viver em casas com humidade e bolor aumenta o risco de asma em 40%.

Muitas das doenças que sofremos são causadas por ambientes internos ruins e insalubres.

Por sorte, estamos vivendo um momento de reflexão forte sobre o modo de viver e usarmos os espaços, e o conceito da construção saudável tem sido apontado como tendência e ganhado espaço nos últimos anos no mercado da arquitetura sustentável.

A construção saudável

A construção saudável foca na saúde, no bem-estar e na qualidade de vida dos ocupantes, onde o principal foco são as pessoas e não a construção.

É uma tendência sem volta. Quando o ambiente construído prioriza as pessoas ele é capaz de proporcionar melhora no conforto e bem-estar e isso reflete na saúde dos seus usuários. Está comprovado o aumento de produtividade em escritórios, de aprendizado nas escolas e que este tipo de construção acelera a evasão dos leitos hospitalares. [Arquiteta Maíra Macedo, Gerente de Relações Institucionais e Governamentais do Greenbuilding Council Brasil]

O ”saudável” busca evitar que as edificações sejam causadoras de algum tipo de doença e, ao contrário, tornem-se razão de conforto, vitalidade e saúde plena.

No entanto, este não é um conceito novo, diversas culturas antigas e tradicionais utilizavam conhecimentos ancestrais, como o Feng Shui, radiestesia e a geobiologia, para a análise dos espaços e construção de edificações mais saudáveis.

Infelizmente, com o avanço da industrialização, as construções se tornaram mais padronizadas e a preocupação com saúde dos habitantes só diminuiu. Atualmente, este movimento já possui empresas trabalhando para tornar o conceito mais conhecido e com ações aplicáveis.

O HBC – Healthy Building Certificate é uma Organização internacional com sede nos Estados Unidos e operação no Brasil desde 2014 que tem como foco capacitar e orientar os profissionais para projetar, construir e manter ambientes, gerando espaços mais saudáveis e promotores de bem estar.

Construção saudável na prática

Separamos aqui 5 princípios básicos orientados pelo HBC para garantir projetos de interiores saudáveis:

1 – Qualidade do Ar Interno

Existem alguns compostos orgânicos voláteis considerados poluentes perigosos, sendo altamente tóxicos e cancerígenos. E quando os indivíduos são expostos a isso durante muito tempo, podem ter uma série de reações como problemas respiratórios.

Geralmente, esses poluentes estão presentes no acabamento dos espaços como pintura, verniz, revestimentos, carpetes e até mesmo nos móveis. Por isso, é necessário prestar atenção nesses detalhes, priorizando a ventilação natural, outro fator primordial para garantir o bem-estar.

2 – Iluminação Correta e Natural

Passamos mais de 90% do nosso tempo no interior de edificações, portanto melhorar a qualidade desses espaços é fundamental!

Mesmo a iluminação artificial mais forte não pode corresponder à luz do dia para nos manter saudáveis. Uma pesquisa científica provou as ligações entre a falta de luz do dia e uma variedade de problemas físicos e mentais. Na verdade, os especialistas estimam que 15% da população mundial sofre de diferentes níveis de TAS (Transtorno Afetivo Sazonal ou depressão de inverno), e essa tendência é maior com o aumento da latitude.

Existem também muitos outros problemas de saúde relacionados com a falta de luz natural adequada. Por exemplo, a deficiência de vitamina D, que tem sido associada a problemas como cansaço, fadiga e maior vulnerabilidade a doenças. Além disso, a luz artificial pode atrapalhar nosso relógio biológico, o que pode levar a problemas de concentração, pressão alta – e muito mais.

Basicamente, a quantidade e a qualidade da luz natural implicam no funcionamento das nossas glândulas, hormônios e até mesmo no estado de humor. Por isso, projetos que valorizam a iluminação natural são mais saudáveis.

3. Design Ativo

O Design Ativo está ligado a uma série de fatores dentro das construções que incentivam a atividade física. Nele, há uma integração da prática de exercícios físicos na rotina das pessoas como, por exemplo, subir escadas. E ao se tratar de projetos saudáveis, incluir o design ativo significa pensar na saúde dos ocupantes, melhorando seus hábitos e evitando o sedentarismo.

4. Proteção contra Radiações Nocivas

Talvez você não saiba, mas as radiações eletromagnéticas, principalmente, as advindas de antenas e aparelhos celulares são extremamente prejudiciais à nossa saúde. A exemplo disto, um estudo da Academia Russa de Ciências comprovou que quando estamos próximos a aparelhos celulares na hora de dormir, as fases do sono são alteradas, podendo atrapalhar o momento do sono reparador.

5. Materiais Atóxicos

Na hora de escolher os materiais para a construção é preciso garantir que eles serão atóxicos (na medida do possível). Uma forma de observar isso é descobrir se eles têm metais pesados em suas composições, caso sim, deixe-os de lado. Enquanto as tintas, vernizes, e outros, o ideal é que não contenham formaldeído e não liberem os COV’s (compostos orgânicos voláteis). Sabe aquele cheirinho de carro novo? É um exemplo de COV’s. Quando você evita tudo isso, além de proteger a sua saúde, também assegura o bem do meio ambiente.

Por isso, quando pensamos nas construções saudáveis, devemos considerar afastar – ao máximo – o excesso de campos eletromagnéticos que já foram considerados como sendo o ”cigarro do século XXI.”

Benefícios dos ambientes responsáveis

Mesmo sabendo que a construção saudável tem se tornado um assunto mais abordado, ainda é comum encontrar construções irregulares que ocasionam certos desconfortos nas pessoas, como é o caso de alguns dos problemas como rinite alérgica, dores de cabeça e mal-estar

Os benefícios de uma construção saudável são muitos:

  • Ambientes saudáveis para uma sociedade de bem estar
  • Diminuição de doenças provocadas pela edificação e síndrome do edifício enfermo
  • Aumento da percepção de valor do imóvel
  • Aumento da satisfação e qualidade de vida

Sabemos que toda essa informação pode ser preocupante, mas o bom de tudo isso é que você pode escolher como essa história termina…

Então, o que eu posso fazer?

Além de novas rotinas diárias, também é importante aproveitar as chances de fazer mudanças fundamentais no clima interno de sua casa. Para isso, procure profissionais que se preocupem com o bem estar e estejam bem informados sobre assuntos como construções saudáveis, biofilia e sustentabilidade para consultoria ou projeto.

Além disso, ações relativamente simples como as listadas abaixo, podem trazer resultados mais imediatos.

1 – VENTILE com mais de uma janela aberta

O conteúdo do ar interior inclui gases, partículas, resíduos biológicos e vapor de água, que são todos perigos potenciais para a saúde. É recomendável arejar a casa três a quatro vezes por dia, por pelo menos 10 minutos de cada vez, com mais de uma janela aberta. Além disso, areje o quarto antes de ir para a cama e ao acordar pela manhã.

Cuide da sua casa, limpe, decore, mas tenha sempre consciência que o que tem disponível de graça é o que mais importa, e o que mais precisamos. Então, agora, tire um minuto e abra as janelas, deixe o sol e o vento entrar.

2 – Siga a luz natural

Mova sua mesa de jantar ou escrivaninha para mais perto da janela. A luz artificial não consegue reproduzir as qualidades da luz solar, que é um antidepressivo natural. Ilumine sua casa e local de trabalho com o máximo de luz natural possível. Existem muitas evidências científicas que associam a luz do dia a melhor saúde e qualidade de vida, como melhora do humor, menos cansaço e menor fadiga ocular.

3 – Entre no ritmo

Nossos corpos só podem se sincronizar com o chamado ritmo de 24 horas “dormir, trabalhar, viver” por meio da exposição correta à luz e à escuridão. Se possível, oriente seus quartos – principalmente aqueles para adolescentes e adultos jovens, que têm um relógio biológico atrasado e muitas vezes têm dificuldade para se levantar pela manhã – na direção leste em direção ao sol da manhã. Além disso, certifique-se de que suas cortinas evitem a entrada de tanta luz quanto possível no quarto à noite.

4- Dê um passeio

A maioria dos cientistas concorda que ser exposto a duas horas de luz do dia por dia é um grande impulso para o nosso bem-estar mental. Saia quando tiver oportunidade e tente esticar as pernas regularmente.

Para te inspirar

Separamos algumas imagens para te inspirar por uma vida mais saudável através da arquitetura. “Carpe Diem”.

Smith Residence

A primeira casa ativa nos Estados Unidos, é uma casa tradicional construída com os padrões mais modernos

Fonte: Velux.com

Uma casa moderna que oferece um clima interior saudável e uma eficiência energética excepcional – ao mesmo tempo que se harmoniza com a sua vizinhança tradicional. Essa é a primeira casa ativa nos Estados Unidos. Casa da família Smith de St. Louis, Missouri, que acha sua casa extremamente confortável.

Fonte: velux.com

PRÉ-ESCOLA COM LUZ DO DIA E AR FRESCO

A reconstrução de duas salas de aula pré-escolar na Endrup School ofereceu uma oportunidade de criar ambientes internos saudáveis para as crianças e implementar novas tecnologias de eficiência energética. Ao fazer isso, a equipe de design também esperava criar um espaço melhor para aprender e ensinar – e para se conectar com a natureza.

Fonte: velux.com
CASA DO JARDIM DE VÊNUS, ÁUSTRIA

Esta casa foi construída em cima de uma casa de fazenda histórica. O resultado é uma casa ativa brilhante e não convencional.

Fonte: velux.com
Fonte: velux.com

Deise De Conto é Arquiteta e Urbanista, Especialista em Reabilitação Ambiental Sustentável, atua na área de projetos desde 2000.

 

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Arquitetura de Interiores

4 razões para contratar um projeto de arquitetura de interiores agora

4 razões para contratar um projeto de arquitetura de interiores agora

Se você acredita que Arquitetura de Interiores e Decoração são a mesma coisa, este post vai te ajudar a mudar seus conceitos. 

Entenda como a arquitetura de interiores define o uso dos espaços, interfere na funcionalidade e rotina da sua vida, e até pode ser responsável por melhoras em seu sono e em sua saúde.

Além disso, há algum tempo defendemos que a arquitetura é para todos e que, com a ajuda de um profissional, você sempre economiza na realização dos seus sonhos. 

Arquitetura v.s. decoração

Antes de começar, vamos entender um pouquinho sobre essas diferenças?

As atribuições do profissional de Arquitetura e do Decorador de interiores são bastante diferentes. Embora o arquiteto possa fazer tudo que o decorador faz, a profissão de Decorador não é regulamentada ou regida por Lei, e ainda há a profissão de Designer de Interiores, regulamentada no Brasil pela Lei 13.369 de 2016 que determina:

Art. 2º Designer de interiores e ambientes é o profissional que planeja e projeta espaços internos, visando ao conforto, à estética, à saúde e à segurança dos usuários, respeitadas as atribuições privativas de outras profissões regulamentadas em lei.

 

O Arquiteto tem atribuições mais amplas, que permitem um aprofundamento maior da atividade, podendo exercer reformas e intervenções na estrutura física do imóvel, sob sua responsabilidade técnica ou com o auxílio de outros profissionais da Engenharia.

Em resumo, o Arquiteto é o profissional mais completo para projetar os seus ambientes, no entanto, seu projeto pode ficar ainda mais completo com um time formado por mais profissionais, combinado? 

Há muitas vantagens em contratar um projeto de Arquitetura de interiores:

  1. Gera mais valor ao seu imóvel
  2. Melhor aproveitamento do espaço
  3. Aumento no conforto e no bem estar
  4. Ambientes mais práticos e funcionais
  5. Adequação dos espaços às suas necessidades
  6. Economia sem abrir mão da qualidade

Selecionamos os 4 principais motivos, para nós aqui da Nesta, para contratar um profissional de Arquitetura de Interiores o mais cedo possível e te ajudar a investir melhor em seu projeto e, consequentemente, em sua obra. 

Para ter um espaço extraordinário, acreditamos numa palavra chave: planejamento

Por isso te encorajamos não só a contratar um profissional, mas a fazer isso ainda na fase inicial do seu projeto, para que você possa usufruir de ainda mais qualidade no seu espaço, economizar tempo e dinheiro, e evitar muita dor de cabeça e desperdício de materiais. 

Essa premissa vale tanto para projetos de casas, como de apartamentos. A maioria das construtoras dispõe de um departamento de personalizações e, quanto antes o seu Arquiteto iniciar o processo de projeto, mais elementos podem ser ajustados e mais personalizado o seu espaço poderá ficar.

Além disso, elementos especiais como ilhas, banheiras, automação residencial, sistemas de aquecimento, ou outros quaisquer podem ser previstos e o seu espaço preparado para recebê-los, sem quebra-quebra depois que a obra estiver pronta. 

 

4 razões para contratar um projeto de arquitetura de interiores o mais cedo possível

1- O projeto de arquitetura de interiores interfere na resolução do uso de cada espaço

Quando pensamos no projeto de interior, muitos elementos do projeto de arquitetura precisam ter sido pensados antes. Quer um exemplo? O sistema de ar condicionado deverá ser posicionado de forma que o equipamento não interfira no uso do espaço. Em um dormitório, o vento direto em relação à posição da cama, pode ser incômodo e até causar problemas respiratórios nos moradores. Ou seja, na etapa de projeto arquitetônico, seu espaço tem muito a ganhar com o planejamento integrado do projeto de interior. Isso gera economia para a adequação de instalações ou outras intervenções que se fazem necessárias caso o projeto de interiores fique para depois. 

 

Suíte do menino. Projeto Autoral Nesta, 2021.

2- Grande parte do investimento da sua obra está no que vai dentro dela

Ou seja, você não irá habitar espaço compostos por apenas 4 paredes, janelas e portas. Seu ambiente é composto de pisos, revestimentos de paredes, forros, iluminação, instalações, tudo isso é executado durante a obra civil, mas faz parte da arquitetura de interiores. Se esta conexão entre as duas etapas não for corretamente afinada na fase de projeto, poderá resultar em ambientes pouco funcionais, ou mesmo inadequados para a finalidade para a qual foram pensados.

Espaço Gourmet. Projeto Autoral Nesta, 2020.

3- Todas as instalações que passam pelas paredes precisam ser compatíveis com o seu projeto de interiores

Quando sua obra foi ou será construída, se não houver um projeto de interiores atrelado a ela, os pontos hidráulicos, sanitários, de gás, elétricos, de automação, entre outros, poderão precisar ser adequados para que sejam compatíveis com a disposição desejada de móveis, eletrodomésticos e iluminação. Com isso, alguns ajustes podem gerar um segundo gasto totalmente desnecessário caso tivessem sido pensados de forma antecipada

Muitas vezes a tão desejada ilha, pode ficar só nos sonhos…

Living. Projeto Autoral Nesta, 2021.

4- Saúde e Sustentabilidade

Se você tiver a assessoria de um Arquiteto de Interiores desde o início de seu projeto, as estratégias de sustentabilidade podem ser conectadas ao seu projeto de interior. Um exemplo é a economia de energia: se o seu projeto de iluminação levar em consideração a luz natural, estratégias de automação, combinados aos horários de uso de casa espaço, você pode ter uma grande economia de energia. E isso é apenas um exemplo, há muitas possibilidades. 

Além disso, os materiais utilizados em sua obra, desde tintas, colas, adesivos, pisos e outros podem ser mais saudáveis se forem corretamente selecionados, de preferência, se forem livres de COVs (Compostos Orgânicos Voláteis).

É possível aumentar o conforto e melhorar muito a experiência de viver no seu espaço extraordinário com essas estratégias. 

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Simone Fraga é Arquiteta e Urbanista, Especialista em Construções Sustentáveis e pós graduanda em Coordenação e Gestão de Projetos em BIM, atua na área de projetos desde 2008.

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Arquitetura de Interiores

Saiba tudo sobre gesso acartonado

Saiba tudo sobre gesso acartonado

Quando falamos em construções de secas em light steel frame, é inevitável lembrarmos de gesso acartonado. Este material, depois de muita história, ganhou espaço no mercado e hoje se apresenta como uma solução prática, para uma obra limpa e com ótimo custo-benefício.

Nas obras de light steel frame, ele é utilizado no emplacamento das paredes internas e apresenta alta resistência em composição com as placas de OSB, com resultado estético superior ao reboco. 

As paredes ficam retas (sim, isso é uma característica importante de ser mencionada, já que na construção de alvenaria é pouco comum) e lisas e a textura do gesso traz uma sensação de aconchego e conforto.

  1. PERFIL METÁLICO ESTRUTURAL COM ZINCAGEM DE ALTA RESISTÊNCIA
  2. ISOLANTE TÉRMICO E ACÚSTICO
  3. OSB
  4. MEMBRANA HIDRÓFUGA
  5. PLACA CIMENTÍCIA 10mm
  6. GESSO ACARTONADO
  7. ACABAMENTO

O que é Drywall?

Segundo a Associação Brasileira do Drywall, que é referência de conhecimento técnico, padrões de qualidade e desempenho, o Drywall combina estruturas de aço galvanizado com chapas de gesso de alta resistência mecânica e acústica, produzidas com rigoroso padrão de qualidade

Construção sustentável 5 razões para usar drywall na sua obra

Fonte: decorfácil

História do Drywall

O Drywall teve origem depois de dois grandes incêndios nas cidades de Chicago e Nova York, em 1871 e 1890. As construções eram de madeira, material altamente inflamável, o que tornou o evento devastador deixando muitos mortos e milhares de desabrigados.

Esses acontecimentos trouxeram a necessidade urgente de se pensar em materiais de construção. É nesse contexto que surge o drywall, material que viria a revolucionar a construção civil por ser tratar de um sistema de construção a seco, que não utiliza (ou utiliza em quantidades mínimas) água.

Fonte: vivadecora

A origem do Drywall é datada de 1888, em Rochester, Kent, Reino Unido, porém foi patenteado em 1894 nos Estados Unidos, pelo empresário americano Augustine Sackett, que registrou as chamadas placas Sackett, formadas por 4 camadas de gesso molhado dentro de quatro folhas de papel, lã e camurça.

Posteriormente, em 1910, surge então o “Gypsum Board” (Placa de Gesso) fabricado pela empresa Gypsum, que possuía bordas encapadas e substituía as duas camadas de papel camurça anteriores pelo suporte do papel acartonado e o gesso molhado pelo seco, ficando conhecido como “chapa drywall” ou “chapa parede seca”.

Drywall no Brasil

O sistema drywall chegou ao Brasil em 1970, por iniciativa do médico Roberto de Campos Guimarães, que fundou em Petrolina, PE, a Gypsum do Nordeste. A partir dos anos 90 se instalam no país grandes fabricantes mundiais com sede na Europa como BPB Placo, Knauf e Lafarge Gypsum.

Hoje, as principais reservas no Brasil encontram-se nas regiões Norte (Pará), Centro Oeste e Nordeste, sendo esta última a maior jazida brasileira na Chapada do Araripe, responsável por 85% da produção nacional, entre os Estados de Pernambuco e Ceará. 

Tipos de gesso

Atualmente, existem quatro tipos de gesso bastante encontrados no mercado: acartonado, em pó, placas e blocos. O gesso acartonado é um dos tipos mais requisitados na construção civil. 

 
 
Gesso acartonado
 
Para o acartonado, existem 3 tipos que, no Brasil, são diferenciadas por cores e indicadas para os diferentes usos, com produto apropriado para áreas úmidas ou com necessidade de maior resistência ao fogo, por exemplo.
 
 

(Fonte: decorfacil)

 
  • Verde (RU): possui silicone e aditivos fungicidas misturados ao gesso, pois assim se torna mais adequado para a aplicação em áreas úmidas como banheiro, cozinha e lavanderia.
  • Rosa (RF): resiste mais ao fogo por causa da presença de fibra de vidro na fórmula. Por isso, é indicado ao redor de lareiras e na bancada do cooktop.
  • Branco (ST): é a variedade mais básica (Standard), amplamente empregada em forros e paredes de ambientes secos. 
Vantagens
  • Precisão orçamentária – A quantidade de placas, parafusos, perfis e isolamento, pode ser levantada e orçada com precisão. 
  • Alto rendimento e produtividade – Dois instaladores são capazes de produzir cerca de 30m² de drywall em apenas um dia. Em duas horas a parede está pronta para receber o acabamento. 
  • Isolamento térmico e acústico – Graças ao preenchimento interno com gesso, o drywall isola naturalmente mais do que a alvenaria. Porém é possível aumentar a eficiência utilizando materiais isolantes como a lã de pet ou de rocha.

 

Fonte: acervo. Isolamento com lã de pet

 
  • Versatilidade – Mudar um projeto do meio da obra ou fazer uma reforma é bem mais fácil com drywall. Diferente da alvenaria, a mudança é realizada de modo rápido, econômico, sem gerar entulho e reciclando boa parte dos materiais.
  • Praticidade e rapidez – A instalação do gesso acartonado é rápida, prática, não gera desperdício e quase não produz sujeira ou resíduos.
  • Leveza – o gesso acartonado é um material muito leve, o que o torna ideal para quem deseja reduzir o peso estrutural das fundações.
  • Instalações embutidas  as instalações podem ser feitas com as paredes abertas, sem necessidade de quebrar as paredes para abrir as canaletas.

 

Fonte: acervo. Instalações elétricas e hidráulicas nas paredes de steel frame antes de receber o emplacamento com gesso acartonado 

 

  • Acabamentos e revestimentos – As paredes de gesso acartonado podem receber qualquer tipo de revestimento, como madeira, cerâmica, papel de parede, pintura, entre outros. 

Fonte: acervo. Lavabo com paredes de gesso acartonado revestidas com cerâmica e papel de parede.

  • Pouco consumo de água – o sistema é caracterizado como “construção seca”, que significa que, por utilizar placas e estruturas metálicas em sua instalação, o gasto com água é muito pequeno. 
O gesso acartonado e a sustentabilidade

Essa bandeira a gente levanta e tem grande relevância para nossos projetos e obras, e está presente em todas as escolhas que fazemos. (Leia até o final para ver o uso desse material em nossas obras!)A sustentabilidade do gesso se apresenta na possibilidade de reciclagem e no correto descarte dos resíduos. 

No entanto, há necessidade de realizar a gestão destes resíduos assim como de muitos outros materiais empregados no canteiro de obra. buscando acompanhar as exigências da legislação ambiental brasileira, redução dos custos de produção, de destinação de resíduos e, o mais importante, o menor uso de recursos ambientais.

 

Os resíduos de gesso são constituídos basicamente sulfato de cálcio di-hidratado (CaSO3.2H2O) mais aditivos incorporados durante seu processo produtivo. A deposição em aterros sanitários comuns não é recomendada, portanto, as possibilidades de minimizar o impacto ambiental ocasionado pelos resíduos de gesso são a redução, a reutilização e a reciclagem do material.

Conforme a Associação Brasileira do Drywall, o sistema é sustentável nas quatro dimensões que definem esse conceito:

  • Drywall é ambientalmente adequado: consome relativamente pouca energia para sua fabricação e na montagem gera menos resíduos totalmente recicláveis;
  • Drywall é socialmente justo: a tecnologia drywall valoriza a mão de obra envolvida em todas as fases de sua utilização, notadamente na sua montagem, elevando o padrão de renda dos profissionais envolvidos e reduzindo seu esforço físico em comparação com os métodos construtivos tradicionais;
  • Drywall é economicamente viável: as principais qualidades do drywall – leveza, rapidez de execução, precisão dimensional e geométrica e geração de resíduos mínima – proporcionam economias em todas as etapas das obras;
  • Drywall é culturalmente aceitável: drywall representa um avanço na forma de construir, pois sua execução é mais racional e inteligente e permite projetos com maior liberdade de criação.
Drywall v.s. outros sistemas

Ainda segundo a ABD, a tecnologia drywall, causa baixíssimo impacto no meio ambiente, em comparação com os sistemas construtivos tradicionais, notadamente a alvenaria. 

Em primeiro lugar, gera uma quantidade de entulho muito menor, de cerca de 5% de seu peso (contra 30% da alvenaria convencional), o que facilita sua coleta e seu transporte. Além disso, seus resíduos, notadamente os restos de chapas e de perfis estruturais de aço, podem ser totalmente reciclados.

Os restos de perfis de aço galvanizado já têm soluções de reciclagem consagradas no mercado, a exemplo do que ocorre com a maioria dos metais, que podem ser facilmente reaproveitados pela indústria metalúrgica. Por outro lado, no caso específico das chapas para drywall, que são produzidas à base de gesso, podem ser reaproveitadas em três frentes: indústria de cimento, agricultura e o próprio setor de transformação de gesso.

Fazendo a sua parte

As informações de como realizar a gestão de resíduos do gesso podem ser encontradas no manual técnico de “Resíduos de Gesso na Construção Civil – Coleta, armazenagem e reciclagem” disponibilizado para download pela Associação Brasileira do Drywall. 

Buscar por materiais alternativos, mas tecnológicos, responsáveis com o meio ambiente e que possibilitem construções mais racionais e industrializadas são responsabilidade dos profissionais da construção civil, mas a demanda também pode surgir do cliente. Nossa dica para você que nos segue é: mantenha-se informado e seja curioso com relação às possibilidades de construir diferente e melhor.

Confira abaixo alguns resultados do gesso acartonado em nossas obras!


 

Deise De Conto é Arquiteta e Urbanista, Especialista em Reabilitação Ambiental Sustentável, atua na área de projetos desde 2000.

 

Fontes de pesquisa: Vivadecora | Wikipédia | Evento Anap | Drywall | Decorfácil | Drywall

SANTOS, Alex Ferreira dos. A história e origem do drywall: Drywall no mundo e no Brasil. 2018. Disponível em: <https://brasildrywall.blogspot.com>. Consultado em 15 de agosto de 2021

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Arquitetura de Interiores

7 tendências na arquitetura pós pandemia

7 tendências na arquitetura pós pandemia

Há alguns anos estamos percebendo uma mudança no uso dos espaços e na configuração das casas. Nas últimas décadas, o conceito aberto foi tendência na arquitetura de interiores, com espaços integrados voltados para a convivência e socialização

Porém, a pandemia mudou a rotina e, consequentemente, o uso dos espaços. A integração passou a não fazer mais sentido quando as pessoas precisam de privacidade para trabalhar e as crianças para terem aulas on-line. O hall de entrada passou a ser mais valorizado, deixando de ser um espaço apenas decorativo e de transição para se tornar uma área de descontaminação e higienização.

Neste post, vamos conversar com você sobre as principais tendências na arquitetura pós pandemia, atualizar seus conceitos para a compra ou locação do seu próximo imóvel, para a construção ou reforma da sua casa, ou mesmo para decidir sobre as próximas compras para a sua casa, ajudando no consumo consciente nesse nosso novo mundo. 

Compras on-line

Não é a toa que, durante os primeiros meses de quarentena, as compras on-line de produtos para cama, mesa e banho, aumentaram 165,9% e, de iluminação para paredes e tetos, 52% (Fonte). 

No caso dos produtos destinados à decoração, um estudo aponta crescimento de 28% para vendas on-line. Com a permanência constante dentro de casa, houve um movimento para adaptar o lar às necessidades e deixá-lo mais bonito e confortável. Isso acarretou um aumento de 188% nas vendas de itens para a sala de jantar, bem como 161% em prateleiras e 59% em mesas de cabeceira (Fonte).

Tendências

É fato que muita coisa está mudando definitivamente, e estudos apontam algumas tendências para as próximas décadas que irão transformar a arquitetura e configurar o “Novo Morar”. Convidamos você a refletir sobre tudo que está por vir e a conhecer algumas dessas mudanças que irão impactar na arquitetura e na vida:

Home Office

Segundo a revista The Economist, os humanos querem se socializar novamente no pós pandemia, mas o trabalho remoto basicamente permanecerá o mesmo. Vamos continuar a trabalhar online a partir de nossas casas cada vez mais adaptadas e com reuniões em lugares diferentes todos os meses para socializar e conectar. 

O espaço para trabalhar terá cadeira cativa no layout da casa, por isso espaços físicos mais privativos, cadeiras com melhor ergonomia, iluminação adequada e, claro, um background atrativo para as chamadas de vídeo, terão mais importância no projeto.

Fonte – Pinterest
Automação 

As casas irão se tornar mais tecnológicas e adaptadas ao trabalho diário. A automação residencial está em expansão e soluções inovadoras vão se tornar mais frequentes como a interconexão entre diferentes dispositivos por meio da Internet das Coisas (IoT).

Fonte – Vipdoor
Privacidade

As plantas das casas estão mudando, a compartimentação dos espaços tende a aumentar e ambientes como escritório, varandas e hall de entrada entrarão no programa de necessidades básico. Porém, é possível criar soluções flexíveis com divisórias móveis que permitem a integração ou não dos ambientes. 

Os arquitetos, ao projetar, passam a considerar as atividades e não o nome do ambiente, por exemplo estudar, trabalhar, descansar, dormir em vez de escritório, sala de estar e quarto. 

De acordo com uma pesquisa realizada pela Zillow and The Harris Poll, 27% dos entrevistados disseram considerar se mudar para uma casa com mais cômodos. Sendo o principal motivo: o fato de ter passado mais tempo em casa durante a pandemia.

Bem estar e cuidados com a saúde

Estando mais em casa, as pessoas precisarão de alguns minutos no dia para relaxar, se exercitar e cuidar da saúde. Por isso, salas de ginástica e meditação serão comuns. 

“Buscaremos nos acalmar das formas mais alternativas possíveis. Portanto, teremos que reservar um espaço para ser o nosso santuário. Onde poderemos encontrar o silêncio. O banheiro pode ser o nosso spa, com acabamentos mais escuros, para deixarmos a mente acalmar. Teremos menos objetos, acumularemos menos, porém, os objetos que acumularmos terão um valor maior.” – Lili Tedde, trend forecaster

Fonte – Casa Vogue
Áreas abertas

Além das salas de lazer e descompressão, espaços abertos serão necessários para aquele momento de contato com a natureza

A integração entre área interna e externa da residência é outra tendência que ganhou ainda mais força durante a pandemia. A conexão entre os dois espaços aumenta a amplitude do ambiente como um todo, além de possibilitar maior contato com o exterior da casa e com a natureza.

“Vai mudar a relação da casa com o jardim. Os ambientes terão mais iluminação natural e serão mais ventilados. A combinação reduz o uso do ar-condicionado e melhora da qualidade do ar: bom para a saúde! Os ambientes serão mais integrados com a área externa. E o jardim ganha status de espaço para as família curtir. Com redário, fogo de chão e  pergolados.” – Catê Poli, paisagista

Plantas e hortas

A natureza também entra em casa e a presença de plantas e pequenas hortas dentro de casa complementa a decoração e o paisagismo interno de destaca com jardins e hortas verticais.

Fonte – Casa Vogue

A urban jungle deixa de ser tendência e passa a ser realidade quando a presença das plantas dentro de casa determina a escolha dos móveis e as paredes ganham tons de verde e azul.

Texturas

A casa passa a ser sinônimo de refúgio e aconchego e os materiais mais naturais como algodão e linho ganham destaque. 

“Há tempos que nos nossos livros de tendências explicamos que quanto mais virtuais nos tornarmos, mais iremos buscar a experiência sensitiva. A textura, em forma de tecidos em alto relevo como jacquard, as fibras naturais, a cerâmica, todas com relevos nos trazem de volta à realidade e proporciona conforto. Já os revestimentos em áreas como banheiro e cozinha, terão que ser de fácil limpeza. Mas não descarto tapetes e tecidos com muita textura e que tragam o conforto de se sentir protegido e abraçado.” – Lili Tedde, trend forecaster

A vida, a rotina, a casa, as pessoas, tudo está mudando em um ritmo veloz. Estarmos atentos ao presente é necessário e saudável, porém ao mesmo tempo precisamos estar conectados com o que está por vir para nos adaptarmos aos poucos às novas e significativas mudanças. 

Estamos juntos nessa aventura, sempre em busca por espaços cada vez mais extraordinários.

Fontes de pesquisa: Vipdoor | Líder Interiores | Vobi | Casa Vogue | Jornal Opção | Casa Vogue

Deise De Conto é Arquiteta e Urbanista, Especialista em Reabilitação Ambiental Sustentável, atua na área de projetos desde 2000.

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Os 4 principais benefícios de construir em Light Steel Frame

Os 4 principais benefícios de construir em Light Steel Frame

Já imaginou executar sua casa em até 1/3 do tempo, ter uma obra tranquila e ainda ter um espaço extraordinário para morar, mais quentinho no inverno, eficiente e sem patologias como infiltrações e mofo, tão comuns em nossa região?

Então vem com a gente nesse post sobre os 4 principais benefícios de construir em Light Steel Frame que identificamos ao longo de nossa trajetória de mais de 10 anos desde que começamos a estudar e trazer esse sistema para a nossa querida Serra Gaúcha.

Sabemos que ainda há muito a melhorar na construção civil, mas alguns problemas vão além do simples fato de tornar uma obra melhor ou pior. O que nos surpreende desde os tempos da faculdade até hoje é que os problemas mais comuns às obras convencionais são considerados normais!

Por mais incrível que possa parecer, problemas das obras convencionais como os listados abaixo são considerados NORMAIS pela grande maioria das pessoas:

  • Obra artesanal: além de estarem sujeitas à grande margem de erro, ficam expostas à vulnerabilidade do conhecimento do pedreiro, do servente e de outros profissionais de mão de obra, alguns com pouca ou nenhuma especialização.
  • Desperdício: a alta geração de resíduos é decorrente da mão de obra pouco especializada e também da falta de padronização dos materiais.
  • Materiais sem padronização: com exceção do concreto usinado, algumas estruturas pré-moldadas e do aço, os materiais empregados na construção civil convencional não são padronizados. Tijolos, blocos cerâmicos, telhas possuem grande variação de tamanho, resistência e qualidade.
  • Obra úmida: toda a construção é feita à base d’água, o que faz com que a obra seja úmida desde a construção, facilitando o aparecimento de patologias.
  • Prazo e orçamento incertos: ao orçar uma obra convencional, não é possível prever distorções no orçamento como alteração do preço de insumos ao longo do prazo da obra, desperdício, alterações introduzidas no projeto durante a execução, entre outras.

Nós já passamos pela experiência pessoal e também junto com alguns clientes que optaram por fazer uma obra convencional e podemos dizer que não é nada fácil! O stress que uma obra envolve, seja com a mão de obra, com os investimentos, com as decisões a serem tomadas ao longo do caminho e o resultado muitas vezes abaixo da expectativa geram muitos conflitos.

Em nossa opinião, praticamente nenhuma família está preparada para o fator EMOCIONAL que uma obra envolve.

Recentemente, os sistemas secos surgiram como uma alternativa viável em um momento de crise de sustentabilidade e custo na construção. No Brasil, já são utilizados há mais de 15 anos. O que diferencia o momento atual é que os sistemas secos foram incorporados ao nosso mercado e não são mais apenas meras inovações.

A norma que regulamenta o sistema já está em processo de consulta pública e isso traz muitas vantagens para o crescimento desta forma de construir no Brasil. A NBR 16970-1 – Light steel framing — Sistemas construtivos estruturados em perfis leves de aço conformados a frio, com fechamentos em chapas delgadas vem para colocar um fim ao fator inovação no sistema.

Apenas para termos ideia da importância desta norma, ela deve minimizar e até eliminar alguns empecilhos para o financiamento imobiliário de obras no sistema light steel frame.

Porque viramos Nesta

Iniciamos nossa trajetória em 2006, quando buscávamos fazer a melhor arquitetura possível, com o menor impacto ao meio ambiente. Em 2013, a partir do momento em que entendemos a redução do impacto ambiental e os benefícios proporcionados pelos sistemas à seco em relação às obras convencionais, resolvemos abraçar essa mudança e iniciamos a reformulação da nossa marca. Criamos então a Tuti Arquitetura + Verde, que agora evoluiu e se tornou a Nesta Espaços Extraordinários.

Relançamos nossa marca para entregar uma solução completa para obras residenciais e comerciais de pequenos e médio porte. Isso só foi possível pois desde então temos fornecedores para toda a cadeia da construção, desde o projeto estrutural, os complementares, materiais e insumos e mão de obra para execução.

Motivadas pela sustentabilidade, ainda em 2013, escolhemos o sistema Light Steel Frame para dirigir uma fase da nossa empresa.

Hoje, com a Nesta, esperamos entregar obras extraordinárias nesse sistema que é líder em diversos países na construção de residências, lojas e edifícios de até 4 pavimentos.

E agora, é claro, os 4 principais benefícios de construir nesse sistema:

  1. Emprega mão de obra especializada: reduzindo distorções de projeto, desperdícios e aumenta a certeza de resultado e custos.
  2. Sua produção é industrializada: isso reduz de forma drástica a produção de resíduos. Além disso, reduz a margem de erros no canteiro. A padronização de materiais, como placas cimentícias e de gesso, permite uma paginação regular dos materiais, impactando do resultado estético e financeiro da obra, pois reduz o desperdício.
  3. A obra é seca: o baixo emprego da água faz com que a obra tenha muito menos patologias e ainda seja mais confortável e seca no inverno.
  4. O orçamento e o prazo são mais precisos: com a industrialização, o preço dos componentes do sistema é exato e o prazo de execução tem mais controle e precisão.

O Light Steel Frame se tornou um “produto de linha” em nosso escritório em 2013, quando passamos a contar com 

  • Projeto de arquitetura especializado para o sistema
  • Fornecedor do projeto de engenharia + cálculo estrutural + aço
  • Fornecedores de materiais para a obra a seco como um todo (emplacamentos industrializados, sistemas de fixação, tratamentos de juntas, etc.)
  • Mão de obra treinada e supervisionada pela fábrica

Isso sempre foi uma preocupação para nós, porque sustentabilidade também tem a ver com a cadeia de produção de um bem e com a segurança com que ele pode ser oferecido.

Em 2021, a Nesta veio com ainda mais inovações para entregar obras de maior qualidade e precisão:

  • Criamos nosso método de projetos DEFINIÇÃO >> DESENHO >> ENTREGA que garante alta resolução do projeto desde o início para validar o Estudo de Viabilidade Financeira antes de qualquer aprovação legal ou contratação de serviços
  • Adotamos a filosofia BIM de projetos, que consiste num processo colaborativo que resulta em uma modelagem de projetos voltados para previsibilidade e exatidão na execução
  • Estamos em constante busca por soluções a seco de materiais e sistemas construtivos para cada dia entregar um maior número de opções e obras ainda melhores.

Os benefícios que vemos em fazer obras melhores vão além do que se pode enxergar.

Pensamos que cada detalhe faz a diferença, não apenas para nós, mas para você e para o nosso planeta.

Desde a nossa primeira obra, em 2013, realizamos vários projetos de clientes que compraram a ideia de morar de forma mais sustentável apostando num sistema que é amplamente empregado em países como Estados Unidos, Canadá, Chile e Alemanha. Já são quase 50 obras executadas, que nos orgulham muito das escolhas que fizemos desde 2010, quando começamos a sonhar com este modelo de negócio inovador para a construção e para as pessoas.

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Simone Fraga é Arquiteta e Urbanista, Especialista em Construções Sustentáveis e pós graduanda em Coordenação e Gestão de Projetos em BIM, atua na área de projetos desde 2008.

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